Quinta, 16 De Janeiro De 2025
       
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A CPI, finalmente


Publicado em 28 de abril de 2021
Por Jornal Do Dia


 

A Comissão Parlamentar de Inquérito instaura
da a fim de apurar a omissão do governo fe
deral no combate à pandemia finalmente saiu da gaveta. Ontem, com a eleição do senador Omar Aziz para presidir e a indicação do senador Renan Calheiros para a relatoria, eventuais responsabilidades devem ser apuradas, para desespero do presidente Jair Bolsonaro.
O presidente, convém lembrar, fez de tudo para mudar o objeto da CPI. Flagrado em conversa telefônica, em conluio com a base do governo, mexeu os pauzinhos com o objetivo de transformar a Comissão em um instrumento de perseguição a governadores e prefeitos. Mas a sua influência fora do próprio séquito de bajuladores é quase nula. Assim, Bolsonaro deu com os burros n’água.
A própria instauração da CPI é uma derrota para o governo. O seu potencial de repercutir no tabuleiro político, no entanto, ainda está em vias de ser estimado. Por certo, há indícios substantivos de omissões criminosas. Resta saber se a investigação sob a guarda dos senadores será levada às últimas consequências.
Há muito o que investigar, como uma famosa lista elaborada sob o teto do Palácio do Planalto deixa claro. O ministro Luiz Eduardo Ramos listou 23 episódios nos quais o governo federal buscou o amparo de um negacionismo ferrenho, para se opor às medidas de isolamento social, além de se omitir e até promover ataques à ciência por meio de uma campanha robusta de desinformação, chegando a ponto de empurrar medicamentos sem qualquer eficácia nas veias das vítimas do coronavírus. O presidente pintou e bordou, dançou sobre a cova de 400 mil mortos. Agora terá de se explicar.

A Comissão Parlamentar de Inquérito instaura da a fim de apurar a omissão do governo fe deral no combate à pandemia finalmente saiu da gaveta. Ontem, com a eleição do senador Omar Aziz para presidir e a indicação do senador Renan Calheiros para a relatoria, eventuais responsabilidades devem ser apuradas, para desespero do presidente Jair Bolsonaro.
O presidente, convém lembrar, fez de tudo para mudar o objeto da CPI. Flagrado em conversa telefônica, em conluio com a base do governo, mexeu os pauzinhos com o objetivo de transformar a Comissão em um instrumento de perseguição a governadores e prefeitos. Mas a sua influência fora do próprio séquito de bajuladores é quase nula. Assim, Bolsonaro deu com os burros n’água.
A própria instauração da CPI é uma derrota para o governo. O seu potencial de repercutir no tabuleiro político, no entanto, ainda está em vias de ser estimado. Por certo, há indícios substantivos de omissões criminosas. Resta saber se a investigação sob a guarda dos senadores será levada às últimas consequências.
Há muito o que investigar, como uma famosa lista elaborada sob o teto do Palácio do Planalto deixa claro. O ministro Luiz Eduardo Ramos listou 23 episódios nos quais o governo federal buscou o amparo de um negacionismo ferrenho, para se opor às medidas de isolamento social, além de se omitir e até promover ataques à ciência por meio de uma campanha robusta de desinformação, chegando a ponto de empurrar medicamentos sem qualquer eficácia nas veias das vítimas do coronavírus. O presidente pintou e bordou, dançou sobre a cova de 400 mil mortos. Agora terá de se explicar.

 

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