EM PETRÓPOLIS (RJ) JÁ SÃO QUASE 100 MORTOS (Tânia Rêgo/ABr)
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A fúria do tempo por todo o Brasil
Publicado em 17 de fevereiro de 2022
Por Jornal Do Dia Se
Enxurradas súbitas, chuvas inesperadas, a instabilidade climática produz vítimas, Brasil afora. Somente este ano, tragédias derivadas do volume atípico de precipitações já abateram Bahia e Rio de Janeiro. Nada impede que amanhã, sem aviso prévio, evento parecido alcance Sergipe.
Em Petrópolis (RJ), o número de mortos já se aproxima de uma centena. Segundo o governador Claudio Castro, o cenário é o mesmo de uma guerra.
Há que se desenvolver programas capazes de lidar com o imprevisto. Nos Estados Unidos, por exemplo, tornados costumam deixar um grande rastro de destruições por onde passam. Preparada para lidar com o risco, no entanto, a população conhece o caminho dos abrigos onde pode se proteger até a fúria do tempo amainar.
No dia anterior aos temporais, a Defesa Civil do Rio de Janeiro recebeu um alerta de possibilidade de “chuvas isoladas ao longo do dia, podendo deflagrar deslizamentos pontuais, especialmente nas regiões de serra e/ou densamente urbanizadas”. O aviso do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais deveria ter convencido as autoridades a retirarem os moradores das áreas de risco. Mas nada foi feito.
Em Sergipe, a Defesa Civil costuma emitir alertas a respeito de intempéries por meio da imprensa, além de enviar uma advertência para telefones cadastrados. Ainda é pouco. Sem um plano de evacuação e contingência de tragédias ambientais, o prejuízo pode ser mensurado em número de mortos.