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A HORA É DA MARCHA DOS DIVERGENTES


Publicado em 17 de outubro de 2024
Por Jornal Do Dia Se


* Rômulo Rodrigues

 

Ganhará a posição mais alta no Pódio político quem tiver a brilhante iniciativa e sair na frente de todo mundo, do mais besta ao mais sabido, para decifrar o enigma do que se passa com Aracaju.
Conhecedor dos meus limites e sabedor da quantidade de gênios que está por trás da pedra filosofal que contém o segredo do desafio de vencer a insensatez ouso dar palpites para ousar vencer.
E digo mais, a pedra iluminadora é a da Ciência Política, porque a Arte está no título.
Então vamos lá, que a provocação é: O que está prestes a acontecer com Aracaju?
O razoável é destacar o que aconteceu nos movimentos estudantil, acadêmico e principalmente operário, em seu seio e entorno.
Construção da Central Única dos Trabalhadores e do Partido dos Trabalhadores no início da década de 1980, tirando as pautas dos DCE’S e trazendo a luta de classes para as ruas e praças de Ará, foi o começo.
Não se espantem, não façam beicinho; está ali o fenômeno que poderá ser identificado como o surgimento da Sociedade da Disciplina, onde os operários da NITROFÉRTIL e da PETROMISA puxaram para o mesmo caldeirão os que viviam isolados no Pólo do Sertão em Nossa Senhora da Glória e Poço Redondo, como embriões de um Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, que a Santa Madre Igreja fez MST de caráter nacional.
O grande salto para fixar o caráter de Sociedade da Disciplina se deu quando o movimento camponês-sindical formatou um líder, na pessoa de Marcelo Déda e a junção se deu para amalgamar anseios individuais com anseios coletivos.
Naqueles tempos onde, antes mesmos do cometa, já se olhava para cima e predominava a análise da política com visões maravilhosa de que a Utopia seria alcançável, nada nos detinha.
Mas, no meio desse caminho teve uma pedra chamada Dr. João Alves para alertar aos que comandavam a Sociedade da Disciplina, que já dava sinais de cansaço, que tinha chegado através de um líder renovado, a sociedade do desempenho que, afinal, pouco durou.
Porém, parece que os que deveriam entender, pouco entenderam e, as vitórias de 2016 e 2020, não trouxeram de volta a Sociedade da Disciplina, errando todos como errou o americano Francis Fukuyama ao prognosticar o fim da história e que espero que erre o coreano Byung-ChuiHan com sua sociedade do cansaço.
E chegou a Aracaju o Covid-22 da pandemia política que já se espalha pelo país desde 2018, deixando rastros de ódio, violência e muitas mortes.
E, está no meio de nós, a terrível Sociedade do Cansaço e precisa ser enfrentada por todos que entendem a responsabilidade de defender a capital da qualidade de vida como a trincheira que fez barricada e gritou, alto lá, para trás: não passarão!
Bateu o cansaço? Coisa nenhuma, sigamos João Guimarães Rosa: o que a vida quer da gente é coragem. É aqui que voltemos ao chamado inicial, não como uma convocação ao voto útil. Nada disso, a hora é de fazer valer o voto necessário, sem autocrítica, sem lavagem de roupa, sem conversa mole, com o voto do presente!
No próximo dia 27, o perigo não estará na vitória da candidata Emília Correa, enquanto pessoa, mulher lutadora e talvez, inocente útil; está no que ela representa, nas pessoas que a cercam, no ideário que carrega e que temos que barrar porque já foi longe demais.
Senhoras e senhores guardiães e guardiões da história de nossa terra querida, mexam nos seus baús e retirem aquela fotografia da “passeata dos 100 mil” onde estão mulheres e homens de vanguarda ousando enfrentar uma ditadura militar sangrenta, cujas ideias estão de volta. Voltem àqueles tempos, tirem os ciscos dos olhos e enxuguem as lágrimas e digam a vocês mesmos: Não Passarão!
No meio dos muitos; há de surgir um homem ou uma mulher para lembrara Sociedade dos Poetas Mortos, subir na mesa e dizer, com toda a dramaticidade do momento: “Carpem Die”.

* Rômulo Rodrigues, sindicalista aposentado, é militante político

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