Segunda, 20 De Maio De 2024
       
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A importância da estabilidade financeira


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Publicado em 05 de agosto de 2023
Por Jornal Do Dia Se


Do ponto de vista teórico e real, um sistema financeiro é considerado estável quando bancos, outros credores e mercados financeiros são capazes de fornecer às famílias, comunidades e empresas o financiamento de que precisam para investir, crescer e participar de uma economia em bom funcionamento e sem comprometer o sistema às recessões bruscas.
Se não tivermos estabilidade financeira, ou sA importância da estabilidade financeira e ja, se o sistema estiver instável, é provável que um choque econômico tenha efeitos muito maiores, interrompendo o fluxo de crédito e levando a quedas maiores do que o esperado no emprego e na atividade econômica.
Um sistema financeiro padrão é aquele em que os recursos e serviços fornecidos incluem: empréstimos e linhas de crédito para empresas e famílias, como hipotecas e cartões de crédito; contas correntes, contas de poupança e contas de aposentadoria, entre muitos outros produtos de poupança; e subscrição de valores mobiliários, serviços de corretagem, gerenciamento de caixa e outras ofertas críticas de um sistema financeiro sofisticado.
No sistema financeiro global inclui os financiadores e poupadores que se relacionam com tomadores de empréstimos e gastadores por meio de vários mercados e intermediários.
Cabe às autoridades monetárias de cada país na busca de um sistema financeiro sólido, monitorar e avaliar as interações entre os participantes do sistema e as vulnerabilidades financeiras que podem estar se desenvolvendo como resultado. Também faz parte do trabalho das autoridades monetárias o monitoramento dos riscos à estabilidade financeira e realizar esforços de supervisão e regulamentação para mitigar os riscos e consequências da instabilidade financeira.
Avaliar regularmente e sistematicamente um conjunto padrão de vulnerabilidades como parte da revisão periódica da estabilidade financeira é fundamental para a garantia da estabilidade financeira de um país.
Alguns riscos que devem ser avaliados são os seguintes:
– pressões de valorização – isto pode ocorrer quando preços de ativos que são altos em relação aos fundamentos econômicos ou normas históricas, são muitas vezes impulsionados por uma maior disposição dos investidores em assumir riscos. Assim, pressões de valorização elevadas implicam em maior possibilidade de quedas significativas nos preços dos ativos.
– endividamento excessivo de empresas e famílias – isto faz deixá-los vulneráveis a problemas se seus rendimentos diminuírem ou os ativos que possuem perderem valor. Caso ocorram choques econômicos, as empresas e as famílias com elevados níveis de endividamentos podem precisar cortar drasticamente os gastos, afetando o nível geral da atividade econômica. Além disso, quando as empresas e as famílias não conseguem pagar seus empréstimos e/ou financiamentos, as instituições financeiras e os investidores incorrem em perdas.
– alavancagem excessiva no setor financeiro possibilita o aumento do risco de que as instituições financeiras não tenham capacidade suficiente para absorver perdas quando atingidas por choques econômicos adversos. Nessas situações, as instituições serão forçadas a reduzir os empréstimos e financiamentos, vender seus ativos ou, em casos extremos, fechar. Tais possibilidades podem prejudicar de forma efetiva o acesso ao crédito para famílias e empresas.
– riscos elevados de financiamento podem ocorrer quando as instituições financeiras levantam fundos do público com o compromisso de devolver o dinheiro do investidor em curto prazo, mas essas instituições investem grande parte dos fundos em ativos ilíquidos que são difíceis de vender rapidamente ou em ativos que têm uma longa maturidade. Essa transformação de liquidez e maturidade pode criar um incentivo para que os investidores retirem fundos rapidamente em situações adversas, são as conhecidas “corridas bancárias”. Caso tenham que enfrentar uma corrida bancária, as instituições financeiras podem precisar vender ativos rapidamente a preços de liquidação, incorrendo assim em perdas substanciais e até mesmo se tornando insolventes.
As possibilidades exemplificadas anteriormente estão no campo das vulnerabilidades do sistema financeiro de qualquer país e que estão no escopo do trabalho de supervisão e regulamentação da autoridade monetária dos países.
Cabe registrar que um dos principais benefícios proporcionados pelo sistema financeiro é agregar passivos de curto prazo para que possam ser usados para financiar ativos de longo prazo. Essa função tem ocorrido historicamente principalmente no sistema bancário tradicional ou em outras instituições depositárias, que usam depósitos de consumidores como parte do financiamento para fornecer empréstimos multianuais para automóveis ou em financiamento garantidos por hipotecas.
Além disso, existe um fenômeno que vem ocorrendo nos últimos anos: as instituições financeiras não bancárias cresceram substancialmente. Por exemplo, fundos mútuos oferecem a seus investidores a conveniência de saques diários, mesmo que eles invistam em instrumentos de dívida de prazo mais longo. Diante do cenário atual, o ponto que trago é para a reflexão sobre a importância de cuidarmos da estabilidade financeira, pois sempre estaremos sujeitos a ocorrência de crises financeiras, que podem ser suportadas se tivermos um sistema financeiro seguro e estável.

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