Terça, 21 De Janeiro De 2025
       
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A maior banda de reggae do Brasil


Publicado em 17 de maio de 2018
Por Jornal Do Dia


Beliscando falcões, mundo afora.

 

Rian Santos
riansantos@jornaldodiase.com.br
A mim, Marcelo Falcão 
não disse novidade 
nenhuma. Entrevistado pelo jornalista Pedro Bial, o vocalista do conjunto O Rappa declarou em alto e bom som, com todas as letras, para quem quisesse ouvir: A Reação é a maior banda de reggae do Brasil.
Os desavisados mal puderam acreditar. Criada há 18 anos, no morro da Reação, conjunto Santos Dumont, a banda citada em rede nacional de televisão, com a maior deferência, jamais ocupou espaço nobre na mídia Serigy. Sempre à margem, na batalha, os seus músicos tiveram de dar muito murro em ponta de faca para extrapolar os círculos estritos do gênero. Se hoje a música da Reação reverbera assim tão longe de casa é por mérito próprio. A acanhada imprensa local, cega e surda para os tambores nativos, jamais acrescentou uma única vírgula ao assunto.
De todo modo, a Reação emociona. O Jornal do Dia procurou alguns dos principais artistas da constelação Serigy, sob o pretexto de celebrar a maioridade dos guerreiros. Moral da história: Nas madrugadas da aldeia, todo mundo já sabia.
Thiago Ruas ainda lembra o espanto de que foi tomado ao conhecer a banda, logo no início de sua trajetória. "É um reggae muito legítimo e original. Eles foram um exemplo para mim, quando eu estava começando no reggae, uma referência de música e conduta".
Julio Andrade (The Baggios), prova viva de que o som da Reação ultrapassou a arbitrariedade de qualquer limite, sublinha o seu caráter ecumênico. "A minha escola foi sempre muito ligada ao rock e o blues, além da música brasileira de 70, que sempre explorou essas vertentes. Quando eu ouvi ‘Na força da Fé’ fiquei encantado com o discurso e a verdade daquela música. Eu sou doido pra colocar a minha guitarra roqueira num disco novo da Reação".
Na opinião de Alex Sant’Anna, a força tantas vezes mencionada aqui carece de explicação racional. "É difícil sair ileso de um show da Reação. Para mim, é sempre um impacto muito grande ver os caras no palco. Bons discos e boas canções não dão conta de explicar o fenômeno. Eles conseguem tirar qualquer um do chão".
Deilson Pessoa, por sua vez, lamenta que a lembrança chegue a reboque de um olhar estrangeiro. "Aqui, para ter algum valor, as coisas têm de acontecer de fora pra dentro. A Reação faz música de preto pobre para preto pobre. Não é reggae de branco, não tem o mesmo apelo comercial. Daí o relativo silêncio".
Para Marcelo Rangel, ex secretário adjunto de Cultura do Governo de Sergipe, a música da Reação é hoje mais necessária do que nunca. "Em sua música, a livre manifestação contra um pensamento conservador e socialmente egoísta que há no Brasil, cada vez mais visível".
Os depoimentos se repetem, mencionando a verdade da música e o orgulho derivado de sua projeção, sempre na mesma pisada. Nas palavras de Henrique Teles, a quem coube o resumo da ópera: "A Reação faz música para o mundo real, sem se negar a esticar o cordão umbilical e beliscar falcões, mundo afora".
Reação comemora 18 anos de reggae no Tequila Café:
Sábado, 19 de maio, 22 horas.

A mim, Marcelo Falcão  não disse novidade  nenhuma. Entrevistado pelo jornalista Pedro Bial, o vocalista do conjunto O Rappa declarou em alto e bom som, com todas as letras, para quem quisesse ouvir: A Reação é a maior banda de reggae do Brasil.
Os desavisados mal puderam acreditar. Criada há 18 anos, no morro da Reação, conjunto Santos Dumont, a banda citada em rede nacional de televisão, com a maior deferência, jamais ocupou espaço nobre na mídia Serigy. Sempre à margem, na batalha, os seus músicos tiveram de dar muito murro em ponta de faca para extrapolar os círculos estritos do gênero. Se hoje a música da Reação reverbera assim tão longe de casa é por mérito próprio. A acanhada imprensa local, cega e surda para os tambores nativos, jamais acrescentou uma única vírgula ao assunto.
De todo modo, a Reação emociona. O Jornal do Dia procurou alguns dos principais artistas da constelação Serigy, sob o pretexto de celebrar a maioridade dos guerreiros. Moral da história: Nas madrugadas da aldeia, todo mundo já sabia.
Thiago Ruas ainda lembra o espanto de que foi tomado ao conhecer a banda, logo no início de sua trajetória. "É um reggae muito legítimo e original. Eles foram um exemplo para mim, quando eu estava começando no reggae, uma referência de música e conduta".
Julio Andrade (The Baggios), prova viva de que o som da Reação ultrapassou a arbitrariedade de qualquer limite, sublinha o seu caráter ecumênico. "A minha escola foi sempre muito ligada ao rock e o blues, além da música brasileira de 70, que sempre explorou essas vertentes. Quando eu ouvi ‘Na força da Fé’ fiquei encantado com o discurso e a verdade daquela música. Eu sou doido pra colocar a minha guitarra roqueira num disco novo da Reação".
Na opinião de Alex Sant’Anna, a força tantas vezes mencionada aqui carece de explicação racional. "É difícil sair ileso de um show da Reação. Para mim, é sempre um impacto muito grande ver os caras no palco. Bons discos e boas canções não dão conta de explicar o fenômeno. Eles conseguem tirar qualquer um do chão".
Deilson Pessoa, por sua vez, lamenta que a lembrança chegue a reboque de um olhar estrangeiro. "Aqui, para ter algum valor, as coisas têm de acontecer de fora pra dentro. A Reação faz música de preto pobre para preto pobre. Não é reggae de branco, não tem o mesmo apelo comercial. Daí o relativo silêncio".
Para Marcelo Rangel, ex secretário adjunto de Cultura do Governo de Sergipe, a música da Reação é hoje mais necessária do que nunca. "Em sua música, a livre manifestação contra um pensamento conservador e socialmente egoísta que há no Brasil, cada vez mais visível".
Os depoimentos se repetem, mencionando a verdade da música e o orgulho derivado de sua projeção, sempre na mesma pisada. Nas palavras de Henrique Teles, a quem coube o resumo da ópera: "A Reação faz música para o mundo real, sem se negar a esticar o cordão umbilical e beliscar falcões, mundo afora".Reação comemora 18 anos de reggae no Tequila Café:
Sábado, 19 de maio, 22 horas.

 

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