Sexta, 17 De Janeiro De 2025
       
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A melhor vacina é aquela disponível!


Publicado em 19 de maio de 2021
Por Jornal Do Dia


 

* Dra. Mariela Cometki
Em meio a tanta informação sobre eficácia das vacinas da COVID19, muita gente que, só agora resolveu "entender" de vacina, precisa saber de alguns pontos: 
Vacina é uma forma de imunização ativa (quando o próprio corpo produz os anticorpos). Vacinas têm  eventos adversos calculáveis e expressos em bula (se os efeitos superassem os benefícios, nunca seriam liberadas pelos órgãos reguladores). Vacinas erradicaram diversas doenças no mundo. Vacinas não protegem 100%. Vacinas oferecem muito menos riscos do que a doença em si.
Apesar de que mesmo nos tempos atuais –  de tanta informação  – muita gente não acredita nas verdades acima; essa "desconfiança" e politização da vacina não é de hoje.
Em 1904, o Brasil e , principalmente,  o Rio de Janeiro sofriam com a falta de saneamento básico, que desencadeou uma série de epidemias locais, inclusive a varíola. Nesse contexto preocupante , o então presidente da República, Francisco de Paula Rodrigues, instituiu orientado por Dr. Oswaldo Cruz (médico sanitarista), uma série de medidas para reduzir o número de pessoas doentes: uma delas foi a lei da vacina obrigatória. 
Entretanto, a falta de informações sobre a eficácia e segurança das vacinas causou grande descontentamento na população. Foi iniciado, então,  um dos maiores motins da história do RJ, a REVOLTA DA VACINA. Foram 30 mortos, 110 feridos e 945 presos. Uma grande semelhança com o que vivemos hoje, sem nenhuma dúvida.
Hoje, 117 anos após, sabemos da grande eficácia da vacinação contra varíola e ao alcançarmos uma boa cobertura vacinal, conseguimos a erradicação dessa doença há mais de 40 anos.
Embora seja difícil para muitos entender, nós, médicos e cientistas,  não levantamos bandeira política (ou pelo menos não deveríamos), nós, realmente , estudamos e acreditamos na ciência. 
Sem dúvidas,  as verdades científicas vão mudando com cada publicação acerca do assunto, através de bons trabalhos científicos com níveis de confiabilidade e não apenas com experiência clínica e opinião de especialistas (que é a pior evidência científica).
A grande ânsia de muitas pessoas – e com tanto acesso às notícias –  e tanta gente causando desinformação sobre o assunto, escolher qual vacina seria a melhor para mim ou para meu caso virou assunto de rede social.  Vale lembrar que nós, médicos,  não somos "sommelier" de vacinas, que aconselhamos o que melhor harmoniza com cada prato escolhido. O momento é crítico, estamos correndo contra o tempo para tentar controlar uma doença traiçoeira e letal. Brincadeiras à parte, precisamos que a população "brigue" pela vacina e não ao contrário. 
Só quem vive a realidade diária de sofrimento nos serviços de saúde sabe que nossa luta é para voltarmos  à medicina diversificada e diminuir a tragédia em que vivemos com a COVID19.
Sobre outro ponto polêmico – "kit precoce", só tenho uma colocação a fazer: o melhor protocolo de tratamento precoce foi e sempre será a IMUNUPREVENÇÂO, ou seja, VACINAÇÃO, que aliada às boas práticas não tem erro.
Enfim, sem a menor sombra de dúvidas,  a melhor vacina nesse momento é aquela que está disponível!!
* Dra. Mariela Cometki, médica Infectologista

* Dra. Mariela Cometki

Em meio a tanta informação sobre eficácia das vacinas da COVID19, muita gente que, só agora resolveu "entender" de vacina, precisa saber de alguns pontos: 
Vacina é uma forma de imunização ativa (quando o próprio corpo produz os anticorpos). Vacinas têm  eventos adversos calculáveis e expressos em bula (se os efeitos superassem os benefícios, nunca seriam liberadas pelos órgãos reguladores). Vacinas erradicaram diversas doenças no mundo. Vacinas não protegem 100%. Vacinas oferecem muito menos riscos do que a doença em si.
Apesar de que mesmo nos tempos atuais –  de tanta informação  – muita gente não acredita nas verdades acima; essa "desconfiança" e politização da vacina não é de hoje.
Em 1904, o Brasil e , principalmente,  o Rio de Janeiro sofriam com a falta de saneamento básico, que desencadeou uma série de epidemias locais, inclusive a varíola. Nesse contexto preocupante , o então presidente da República, Francisco de Paula Rodrigues, instituiu orientado por Dr. Oswaldo Cruz (médico sanitarista), uma série de medidas para reduzir o número de pessoas doentes: uma delas foi a lei da vacina obrigatória. 
Entretanto, a falta de informações sobre a eficácia e segurança das vacinas causou grande descontentamento na população. Foi iniciado, então,  um dos maiores motins da história do RJ, a REVOLTA DA VACINA. Foram 30 mortos, 110 feridos e 945 presos. Uma grande semelhança com o que vivemos hoje, sem nenhuma dúvida.
Hoje, 117 anos após, sabemos da grande eficácia da vacinação contra varíola e ao alcançarmos uma boa cobertura vacinal, conseguimos a erradicação dessa doença há mais de 40 anos.
Embora seja difícil para muitos entender, nós, médicos e cientistas,  não levantamos bandeira política (ou pelo menos não deveríamos), nós, realmente , estudamos e acreditamos na ciência. 
Sem dúvidas,  as verdades científicas vão mudando com cada publicação acerca do assunto, através de bons trabalhos científicos com níveis de confiabilidade e não apenas com experiência clínica e opinião de especialistas (que é a pior evidência científica).
A grande ânsia de muitas pessoas – e com tanto acesso às notícias –  e tanta gente causando desinformação sobre o assunto, escolher qual vacina seria a melhor para mim ou para meu caso virou assunto de rede social.  Vale lembrar que nós, médicos,  não somos "sommelier" de vacinas, que aconselhamos o que melhor harmoniza com cada prato escolhido. O momento é crítico, estamos correndo contra o tempo para tentar controlar uma doença traiçoeira e letal. Brincadeiras à parte, precisamos que a população "brigue" pela vacina e não ao contrário. 
Só quem vive a realidade diária de sofrimento nos serviços de saúde sabe que nossa luta é para voltarmos  à medicina diversificada e diminuir a tragédia em que vivemos com a COVID19.
Sobre outro ponto polêmico – "kit precoce", só tenho uma colocação a fazer: o melhor protocolo de tratamento precoce foi e sempre será a IMUNUPREVENÇÂO, ou seja, VACINAÇÃO, que aliada às boas práticas não tem erro.
Enfim, sem a menor sombra de dúvidas,  a melhor vacina nesse momento é aquela que está disponível!!

* Dra. Mariela Cometki, médica Infectologista

 

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