Quarta, 22 De Janeiro De 2025
       
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A mulher em Sergipe


Publicado em 24 de novembro de 2018
Por Jornal Do Dia


 

Não é fácil ser mulher em Sergipe. 
Esta é a única conclusão possí-
vel ante os dados fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública. Ano passado, foram registradas 2.900 ocorrências de violência de gênero em âmbito estadual. O número é escandaloso, mas, segundo todas as autoridades, é provável que ainda esteja muito aquém do terror ardendo na pele de sabe-se lá quantas sergipanas, humilhadas entre quatro paredes.
O medo e a vergonha da vítima são os principais obstáculos à imputação de culpa aos criminosos agressores de mulheres no Brasil. Impossível projetar qualquer estimativa em relação ao número de crimes impunes. A subnotificação, fato presumido, perfeitamente razoável, é um efeito perverso do machismo, uma cultura que ainda vigora, apesar de todos os avanços, também em esfera institucional.
Tapas, murros e pontapés. Assédio, abuso, violência sexual. Embora a maior parte dos casos de violência  não chegue à flor dos números, os episódios registrados em queixa crime bastam para impressionar os desavisados. Somente este ano, na capital sergipana, 31 agressores de mulheres foram presos em flagrante. No estado inteiro, foram abertos 900 inquéritos policiais.
O feminicídio não é "mi, mi, mi". No Brasil, as mulheres ainda são arremessadas pelas janelas. Embora alguns casos ganhem repercussão razoável, com grande cobertura da mídia – rádio, jornal e televisão -, a triste verdade é que a violência contra a mulher não tem nada de excepcional, é crime ordinário, cometido todos os dias.

Não é fácil ser mulher em Sergipe.  Esta é a única conclusão possí- vel ante os dados fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública. Ano passado, foram registradas 2.900 ocorrências de violência de gênero em âmbito estadual. O número é escandaloso, mas, segundo todas as autoridades, é provável que ainda esteja muito aquém do terror ardendo na pele de sabe-se lá quantas sergipanas, humilhadas entre quatro paredes.
O medo e a vergonha da vítima são os principais obstáculos à imputação de culpa aos criminosos agressores de mulheres no Brasil. Impossível projetar qualquer estimativa em relação ao número de crimes impunes. A subnotificação, fato presumido, perfeitamente razoável, é um efeito perverso do machismo, uma cultura que ainda vigora, apesar de todos os avanços, também em esfera institucional.
Tapas, murros e pontapés. Assédio, abuso, violência sexual. Embora a maior parte dos casos de violência  não chegue à flor dos números, os episódios registrados em queixa crime bastam para impressionar os desavisados. Somente este ano, na capital sergipana, 31 agressores de mulheres foram presos em flagrante. No estado inteiro, foram abertos 900 inquéritos policiais.
O feminicídio não é "mi, mi, mi". No Brasil, as mulheres ainda são arremessadas pelas janelas. Embora alguns casos ganhem repercussão razoável, com grande cobertura da mídia – rádio, jornal e televisão -, a triste verdade é que a violência contra a mulher não tem nada de excepcional, é crime ordinário, cometido todos os dias.

 

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