Sexta, 26 De Abril De 2024
       
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A OLIMPÍADA NÃO ACABOU, FICARAM OS REFLEXOS


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Publicado em 12 de agosto de 2021
Por Jornal Do Dia


 

* Rômulo Rodrigues
Os reflexos mais indecorosos das Olimpíadas ficam por parte do narrador Galvão Bueno que nem fez questão de esconder o fanatismo pelos Estados Unidos da América, como ficava evidente quando falava da ginasta Simone Biles, sua heroína que, por vontade dele ganharia todas as medalhas de ouro dos jogos.
Até o penúltimo dia, se referia a ela como a insuperável diva, rainha do atletismo, sem concorrentes no mundo.
Não vinha ao caso, o comportamento corajoso de Simone Biles ao denunciar com suas atitudes o que a máquina de fabricar super-heróis, da potência capitalista faz, na trituração de seres humanos, para manter sua hegemonia ideológica em países como o Brasil, com a subordinação do partido midiático, sendo incapaz de noticiar que durante o período de 23 de julho a 8 de agosto, a fadinha do Skate, medalha de prata, Rayssa Leal, 13 anos, de Imperatriz no Maranhão, foi a mais mencionada em todo o mundo, no twitter, durante os jogos olímpicos, superando a estrela Simone Biles, no ranking de comentários nas redes sociais.
Ao longo das disputas, a China liderou o quadro de medalhas até o penúltimo dia, quando foi superada pelos EUA, cujo placar ficou em 39 medalhas de ouro e 113 no total, contra 38 de ouro e 88 no total.
A disputa de atletas mais comentados no mundo teve em primeiro lugar Rayssa Leal (Brasil), no Skate, seguida de Simone Biles (EUA), ginástica artística; Neeraj Chopra (Índia), atletismo; Kim Yeon-Kung (Coréia do Sul) no vôley e Greysiapolii (Indonésia) no badminton.
Outro destaque para Rayssa foi que ele se negou a apertar as mãos de políticos em sua chegada à sua cidade Imperatriz no Maranhão; o que é uma verdade distorcida.
Rayssa, desde o momento posterior à conquista, se posicionou contra aglomerações e em defesa do uso da máscara. Quanto aos políticos é preciso dizer que existem políticos e políticos como, por exemplo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que criou o Projeto Atletas de Alto Rendimento (PAAR) que patrocinava atletas individuais em competições nacionais e internacionais, que continha o Bolsa Atleta, dentro da estruturado Ministério do Esporte, criado por ele.
Há, também, políticos como Jair Bolsonaro que acabou com o Ministério do Esporte e com o Bolsa Atleta.
Há também, político egresso do partido militar como o general Mourão que disse que filho de mãe solteira é fábrica de desajustados e levou dois bufetes na cara dados por Rebeca Andrade, com uma medalha de ouro e outra de prata, como também uma remada direta de Izaquias Queiroz, filho de uma mãe que criou 9 filhos sozinhas.
Ainda sobre a Fadinha, sua cidade é governada por políticos de direita e o atual prefeito é Assis, do DEM que foi eleito com 34.253 votos, num eleitorado de 131.553 votos válidos.
Votou em Bolsonaro para presidente em 2018 e, portanto, tem responsabilidade na extinção do ministério do Esporte e nos cortes do Bolsa Atleta. Ponto para Rayssa.
Quanto ao resultado geral do Brasil na olimpíada de Tóquio, foi o 12º colocado com o melhor resultado histórico, ficando atrás dos EUA e Canadá e à frente de Cuba, nasaméricas, entre os 206 países que disputaram os jogos.
O Brasil competiu com 309 e Cuba com 70 atletas. O Brasil conquistou 7 medalhas de ouro e 21 no total; Cuba conquistou 7 medalhas de ouro e 15 no total. 20 atletas cubanos competiram por outros países, inclusive o Brasil.
Nos 309 atletas brasileiros que foram a Tóquio 42% não tinham nenhum patrocínio; 19% vivem com menos de R$ 2 mil mensais de auxílio; 13% fizeram vaquinha para ir aos jogos; 10% sequer vivem do esporte que praticam e 15% destes são motoristas de aplicativos.
A delegação era composta por 47 atletas do Nordeste, sendo 29 mulheres e 18 homens; conquistou 4 medalhas de ouro, tendo mais medalhas de ouro do que Espanha, Argentina e Portugal.
Ana Marcela Cunha, nadadora de maratona aquática, nadou 10Km, nordestina, mulher, homossexual, negra e pobre, conquistou ouro.
Ítalo Ferreira no Surf, nordestino, pobre, aprendeu a surfar em tampa de caixa de isopor; conquistou ouro.
Herbert Conceição no Boxe e Izaquías Queiroz na Canoagem, nordestinos e baianos arretados, assim como Daniel Alves e os paraibanos Santos e Mateus Cunha e o pernambucano Nino no futebol masculino.
Destaques negativos para dois bolsonaristas negacionistas do voleibol masculino que não ganhou nem o que o gato enterra: Maurício Souza que pediu desculpas a Bolsonaro nas redes sociais por não trazer uma medalha e Wallace que começou a carreira muito pobre recebendo Bolsa Atleta, é patrocinado pelo Banco do Brasil e culpou a esquerda, aquela que saiu em sua defesa quando foi chamado de macaco por torcedores, notadamente identificados com a direita, pelo fracasso.
* Rômulo Rodrigues é militante político

* Rômulo Rodrigues

Os reflexos mais indecorosos das Olimpíadas ficam por parte do narrador Galvão Bueno que nem fez questão de esconder o fanatismo pelos Estados Unidos da América, como ficava evidente quando falava da ginasta Simone Biles, sua heroína que, por vontade dele ganharia todas as medalhas de ouro dos jogos.
Até o penúltimo dia, se referia a ela como a insuperável diva, rainha do atletismo, sem concorrentes no mundo.
Não vinha ao caso, o comportamento corajoso de Simone Biles ao denunciar com suas atitudes o que a máquina de fabricar super-heróis, da potência capitalista faz, na trituração de seres humanos, para manter sua hegemonia ideológica em países como o Brasil, com a subordinação do partido midiático, sendo incapaz de noticiar que durante o período de 23 de julho a 8 de agosto, a fadinha do Skate, medalha de prata, Rayssa Leal, 13 anos, de Imperatriz no Maranhão, foi a mais mencionada em todo o mundo, no twitter, durante os jogos olímpicos, superando a estrela Simone Biles, no ranking de comentários nas redes sociais.
Ao longo das disputas, a China liderou o quadro de medalhas até o penúltimo dia, quando foi superada pelos EUA, cujo placar ficou em 39 medalhas de ouro e 113 no total, contra 38 de ouro e 88 no total.
A disputa de atletas mais comentados no mundo teve em primeiro lugar Rayssa Leal (Brasil), no Skate, seguida de Simone Biles (EUA), ginástica artística; Neeraj Chopra (Índia), atletismo; Kim Yeon-Kung (Coréia do Sul) no vôley e Greysiapolii (Indonésia) no badminton.
Outro destaque para Rayssa foi que ele se negou a apertar as mãos de políticos em sua chegada à sua cidade Imperatriz no Maranhão; o que é uma verdade distorcida.
Rayssa, desde o momento posterior à conquista, se posicionou contra aglomerações e em defesa do uso da máscara. Quanto aos políticos é preciso dizer que existem políticos e políticos como, por exemplo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que criou o Projeto Atletas de Alto Rendimento (PAAR) que patrocinava atletas individuais em competições nacionais e internacionais, que continha o Bolsa Atleta, dentro da estruturado Ministério do Esporte, criado por ele.
Há, também, políticos como Jair Bolsonaro que acabou com o Ministério do Esporte e com o Bolsa Atleta.
Há também, político egresso do partido militar como o general Mourão que disse que filho de mãe solteira é fábrica de desajustados e levou dois bufetes na cara dados por Rebeca Andrade, com uma medalha de ouro e outra de prata, como também uma remada direta de Izaquias Queiroz, filho de uma mãe que criou 9 filhos sozinhas.
Ainda sobre a Fadinha, sua cidade é governada por políticos de direita e o atual prefeito é Assis, do DEM que foi eleito com 34.253 votos, num eleitorado de 131.553 votos válidos.
Votou em Bolsonaro para presidente em 2018 e, portanto, tem responsabilidade na extinção do ministério do Esporte e nos cortes do Bolsa Atleta. Ponto para Rayssa.
Quanto ao resultado geral do Brasil na olimpíada de Tóquio, foi o 12º colocado com o melhor resultado histórico, ficando atrás dos EUA e Canadá e à frente de Cuba, nasaméricas, entre os 206 países que disputaram os jogos.
O Brasil competiu com 309 e Cuba com 70 atletas. O Brasil conquistou 7 medalhas de ouro e 21 no total; Cuba conquistou 7 medalhas de ouro e 15 no total. 20 atletas cubanos competiram por outros países, inclusive o Brasil.
Nos 309 atletas brasileiros que foram a Tóquio 42% não tinham nenhum patrocínio; 19% vivem com menos de R$ 2 mil mensais de auxílio; 13% fizeram vaquinha para ir aos jogos; 10% sequer vivem do esporte que praticam e 15% destes são motoristas de aplicativos.
A delegação era composta por 47 atletas do Nordeste, sendo 29 mulheres e 18 homens; conquistou 4 medalhas de ouro, tendo mais medalhas de ouro do que Espanha, Argentina e Portugal.
Ana Marcela Cunha, nadadora de maratona aquática, nadou 10Km, nordestina, mulher, homossexual, negra e pobre, conquistou ouro.
Ítalo Ferreira no Surf, nordestino, pobre, aprendeu a surfar em tampa de caixa de isopor; conquistou ouro.
Herbert Conceição no Boxe e Izaquías Queiroz na Canoagem, nordestinos e baianos arretados, assim como Daniel Alves e os paraibanos Santos e Mateus Cunha e o pernambucano Nino no futebol masculino.
Destaques negativos para dois bolsonaristas negacionistas do voleibol masculino que não ganhou nem o que o gato enterra: Maurício Souza que pediu desculpas a Bolsonaro nas redes sociais por não trazer uma medalha e Wallace que começou a carreira muito pobre recebendo Bolsa Atleta, é patrocinado pelo Banco do Brasil e culpou a esquerda, aquela que saiu em sua defesa quando foi chamado de macaco por torcedores, notadamente identificados com a direita, pelo fracasso.

* Rômulo Rodrigues é militante político

 

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