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A OPERAÇÃO CONDOR ESTÁ DE VOLTA?
Publicado em 13 de fevereiro de 2020
Por Jornal Do Dia
* Rômulo Rodrigues
A Operação Condor, também chamada de Carcará, foi uma conjunção feita entre as ditaduras militares da América do Sul entre os anos de 1968 a 1989, que coordenava todas as torturas aos segmentos democráticos, progressistas, socialistas e comunistas sob a obediência do DEA, através do braço de inteligência, a CIA.
O rastro de sangue deixado foi muito grande e milhares de pessoas, a maioria jovens, foram presas, torturadas e mortas. Calcula-se em 50 mil.
Com as quedas das ditaduras, todas por agravamento das crises econômicas e pelo aumento da corrupção, a bactéria reacionária, golpista e entreguista, como todas, fez suas mutações e dá mostras de que saiu dos Quartéis e se enfurnou no Judiciário.
Pode parecer disparate, mas não é. A morte do juiz argentino Claudio Bonadio, no último dia 04, coloca na ordem do dia a desconfiança de que uma nova Operação Condor esteja em andamento na América do Sul, começando pela Argentina esse estendendo até o Brasil.
Claudio Bonadio chegou ao posto de Juiz Federal nomeado por Carlos Menen que governou a Argentina de 1989 a 1999, depois de ter sido Secretário Adjunto de Assuntos Jurídicos e Técnicos do chefe de gabinete de Menen.
As digitais da nova Operação estão sendo detectadas nas ações semelhantes de Moro e Bonadio. O semelhante do argentino por aqui surgiu no período que se pensava que a Constituição de 1988 ia ser respeitada e, seguindo orientações e métodos dele, foi muito além, destruindo a democracia brasileira, quebrando a indústria pesada, esquartejando a Petrobrás, desempregando 13 milhões de Pessoas, prendendo o melhor Presidente da República para que um Lugar Tenente dos EUA assumisse o comando da Nação e com isso, sendo recompensado com o pomposo cargo de Ministro da Justiça e fazer dele uma Delegacia do Crime Organizado da Milícia de Rio das Pedras.
A grande incógnita na nova operação é saber se os Bolsonaros já deram ordem a Moro para construir o algorítmo que dê cabo dos problemas gerados com as rachadinhas, com as mortes de Marielle e Anderson, com os 39 Kg de Cocaína e agora, com a morte do Capitão Adriano.
Da forma como aconteceu a eliminação do Arquivo Vivo na Bahia, sugere que o grupo quer adotar um novo perfil, deixando pegadas visíveis de suas ações, como forma de se impor pelo terror.
Na sequência das ações executáveis, podem estar o Queiroz, o Adélio, o Porteiro do Condomínio, o Sargento dos 39 Kg e quem sabe, aquele Porteiro do Guarujá.
Não é pura imaginação, mas, por qual motivo, poucos dias antes da execução, o Ministro da Justiça, guardião da família imperial, mandou tirar o nome do miliciano da lista de procurados e não tirou da lista de executáveis?
Tão suscetível aos holofotes do Sistema Globo e segundo a Folha de São Paulo, sabendo da operação para capturar o foragido, Moro tirou o corpo fora e deixou o encargo para a Polícia Civil da Bahia, governada pelo PT?
Claro que o desfecho como o que envolveu a morte de Adriano vai render muitas especulações e muitas versões serão inventadas mas, o que é certo é que tudo que envolve a família Bolsonaro e a cobertura dada a eles, por moro, sempre estará contaminada de suspeitas.
A mais grave é a levantada por José Claudio Souza Alves, Sociólogo e estudioso das Milícias, na Folha de São Paulo em 10\01.
"Ele não estava em Rio das Pedras, zona oeste do Rio, armado até os dentes e cercado de outros Milicianos de seu grupo. Ele estava numa residência em um espaço Rural no interior da Bahia.
Como o fator surpresa estava nas mãos dos investigadores, se o objetivo fosse prendê-lo, os policiais poderiam eleger o momento ideal para isso e fazer o cerco. Não há plausibilidade na situação descrita de que ele teria reagido, se ferido e acabado morto.
* Rômulo Rodrigues é militante político