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A PANDEMIA E A HISTÓRIA
Publicado em 09 de abril de 2020
Por Jornal Do Dia
* Rômulo Rodrigues
Logo após o Carnaval, todos nós fomos sacudidos, num freio de arrumação, para que fosse prestada a devida atenção em algo que poderia por em risco a própria existência humana no planeta Terra.
Lugares importantes negligenciaram com suas autoridades menosprezando o perigo e dizendo que as pessoas continuassem suas vidas normais, como em Milão, Itália, onde o Prefeito afirmou que tudo não passava de uma ilusão passageira, que com o tempo se vai.
Não foi, e hoje a Itália vive um dos piores momentos de sua História. Justo ela, berço do Império Romano que em 190 D.C chegou a dominar 25% do território do mundo.
Império que ruiu e hoje é dominado por outro Império que a obriga a apoiar o embargo econômico contra uma pequena Ilha que está atenuando seu sofrimento com o envio de Médicos e Remédios.
Vejo coincidências da época daquele Império com os dias de hoje, lá e cá. Lá estava decidido que com a morte de Cezar, o comando do Império passaria para o General Máximo, que o faria ser uma República com o comando entregue ao Senado.
Então, o ambicioso Cômodo assassinou o próprio pai, deu um golpe e impediu a ascensão de Máximo, mandou prendê-lo e assassiná-lo, a esposa e filho.
Cá, uma República que consolidava uma das Democracias mais respeitadas do mundo e um Juiz a assassina para entregar o comando a um Cômodo piorado.
Sem qualquer capacidade de comando, Cômodo, renegando a Filosofia e a História, decidiu oferecer ao povo o que seu pai havia proibido; a Morte, Morte, Morte e Sangue, Sangue, Sangue.
Foi nesse contexto que o Senador Graco disse ao colega Gaio: "O coração pulsante de Roma não é o mármore do Senado; é a areia do Coliseu".
O Império a quem Roma serve hoje, o americano, já apresenta grandes sinais de decadência dentro do que disse um dos seus mais famosos Secretários de Estado; quem dominar o dinheiro dominará o mundo. É aqui que aparece a China como a futura dona do dinheiro do mundo, justo após ser insultada constantemente pelo clã Bolsonaro, tomando decisões, no marco do capitalismo, da Lei da oferta e da procura, passando a vender equipamentos e remédios para seu principal concorrente, os EUA, e comprar Soja deles.
Em contrapartida aos insultos o Brasil se humilha e tem que pagar adiantado e esperar as sobras da China.
O Império Americano dá amplos sinais de decadência econômica. Vem sendo o dono do dinheiro por muito tempo e o protegeu muito bem pelo grande arsenal bélico e por fazer com que os povos de Países periféricos acreditassem que teria as salvaguardas para protegê-los.
Após transformar a Indústria Cinematográfica na maior fonte de dominação ideológica, criou dezenas de super-heróis que estariam prontos, ante qualquer ameaça, para defender o mundo.
Assim criaram o Capitão América, o Capitão Marvel, o Homem Aranha, o Super-Homem, a Mulher Maravilha, o Marinheiro Popeye e tantos heróis para nos salvar.
Criaram o Tio Patinhas como sinônimo de segurança para o dinheiro e o mundo maravilhoso da Disney, como fonte de transferência de milhões de poupanças dos que gostam de sonhar com um mundo de riqueza e reforçar a ideia de que o sucesso individual é só uma questão de competência; muitos dos incautos vão negar, porque o subliminar acaba não deixando pegadas visíveis.
Aí, veio o Covid-19, um bicho tão feroz que, mesmo invisível a olho nu, botou no chão todos os Super-Heróis citados e os esquecidos. E o Tio patinhas? Deve estar escondido dentro do cofre gritando "o dinheiro é meu, fruto da minha moedinha mágica e chinês nenhum vai botar a mão!"
E o Império Americano está morto? Não, não está, apenas agoniza diante de um Vírus que o atinge mortalmente com verdades que estavam guardadas no subconsciente do princípio físico da energia potencial e o perigoso inimigo injetou o da energia cinética para por a realidade em movimento e vencer a o efeito do entorpecente e assim, quatro coisas que eles escondiam, apareceram: 1) é a classe trabalhadora quem produz riqueza; 2) os pastores não produzem cura alguma; 3) os EUA não protegem nem a si próprio e 4) o futebol não faz a menor falta.
O Brasil estaria no topo do mundo não fosse o golpe arquitetado desde 2013, baixado o cutelo em 2016, consumado com a fraude eleitoral de 2018 e aprofundado com o golpe dentro do golpe de 2020.
O País estaria com a manutenção do pleno emprego, o maior salto do PIB per capita, livre do Covid-19 devido ao SUS e os royaltes do Pré-sal e as reservas internacionais superiores a UU$ 500 bilhões.
Estaria no comando do BRICS, maior bloco econômico mundial e no centro das decisões do dinheiro global. Em vez disso, a vergonha: o STF está prestes a proibir Bolsonaro de falar e a China negocia por fora, transações comerciais com Mandetta.
* Rômulo Rodrigues é militante político