Sábado, 19 De Abril De 2025
       
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ABC, UM HOMEM E UMA ALCUNHA PARA A HISTÓRIA ESTANCIANA!


Publicado em 12 de abril de 2025
Por Jornal Do Dia Se


* Myria Zafira Santos Silva

 

E a voz dele ainda ecoa nas lembranças da minha memória: “ABC É MEU AMIGO QUE EM RIACHUELO CRIO-SE, FOI CRACK DA SANTA CRUZ E É MEU CANDIDATO A VEREADOR, VOU SENTIR MUITO PRAZER EM VOTAR EM ABC”.
ABC: Há alcunhas que se fazem mais marcantes que os nomes. Eis aqui um desses casos, se porventura alguém falasse em Alcides José dos Santos, um ou outro poderia associar o nome à alcunha. Esse estanciano de coração titulado em 1976 levou esse apelido pela latinização do nome de um famoso jogador de futebol do estrangeiro. Há quem diga também que o fato de andar com uma cartilha educando por aí, foi o que lhe alcunhou de verdade.
Entre uma versão e outra, fiquemos com as duas. A ideia neste dia é falar do homem que veio de Riachuelo onde uma cadeira na Academia de Letras daquela cidade serve de assento para notáveis. A lenda urbana que se desenvolveu nos Jardins de Sergipe se deu pelo fato de um dia, jogador do esporte bretão, defendendo o primeiro pentacampeão estadual.
Por outro lado, há de se falar do político. Tudo se inicia em 1950 convidado a ser cabo eleitoral e em 1954 pelo partido republicano venceu sua primeira eleição e assim decorreram nove mandatos como vereador que impactam o imaginário de qualquer um e dentre suas realizações temos que ressaltar os 33 projetos lei todos aprovados (dentre eles solicitação ao governador João Alves pela duplicação da BR 101, trecho ponte da cachoeira e participou da primeira Lei Orgânica do Município), 21 requerimentos e 9 indicações dentre eles o título de cidadão estanciano ao cantor Luiz Gonzaga.
Verdade também o lado operário padrão, trabalhador pilar da fábrica Santa Cruz, e ainda o sambista da Mangueira, que nada tem a ver com aquela outra mais famosa só por onde está. Era aquele que tomava à frente da Escola e pela Avenida, descia com todo o entusiasmo da Festa de Momo parecendo arquitetura em movimento.
Assim se fala do desportista pentacampeão e treinador do Santa Cruz, do político e sambista, não doente do pé, porque louco não era, mas sim amante das artes e do trabalho. Não se pode deixar também de falar do homem da família, talvez de óculos escuros sempre, vestido no terno engomado por D. Caçula e cortejado pela filha, netos, bisnetos, sobrinhos – filhos, agregados, afilhados que o número remete a um oito deitado, compadres, amigos e toda a Estância que hoje, 01/04/2025, homenageiam esse estanciano de coração.
Nascido no Riachuelo num primeiro de abril de 1925, ano em que Artur Bernardes era o Presidente do Brasil, ocorria a Revolta Paulista, a Comuna de Manaus, os Jogos Olímpicos de Paris, a Revolta Armada em Aracaju, e a Estância vivia ainda as lufadas da Belle Époque que a marcaria até os dias atuais, mas, ABC: Alvanel, arrimo, desportista, político, sambista, operário e sobretudo aquele homem da família que não se esquece. A obra vive e assim não se olvida a pessoa.

 

* Dra. Myria Zafira Santos Silva, neta de ABC

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