Abram alas para o rei

Nascido na  Favela do índio, em Belo Horizonte (MG), o rapper Djonga é uma das grandes referências do hip hop no Brasil. Com letras marcadas por fortes críticas sociais, milhares de jovens do país inteiro se vêem representados nas poesias do artista. Com essa trajetória de sucesso, o cantor era um dos nomes mais desejados pelo público do Festival de Artes de São Cristóvão (FASC). 

Para a alegria dos fãs, Djonga vai se apresentar no Festival que vai acontecer entre os dias 01 e 03 de dezembro. Será a primeira vez do rapper na Cidade Mãe de Sergipe. 

Djongadeu os primeiros passos no mundo artístico em 2012, ano em que começou a compor. O reconhecimento em território nacional começou em 2016, quando formou o grupo DV Tribo, e foi coroado com o álbum solo de estreia, em 2017. De lá para cá, foram nada menos que seis discos lançados, número que ele atribui a uma “inquietude”.

O cantor se diz fortemente influenciado pelo funk e pelo samba, desde a infância. O rap só veio mais tarde e foi apresentado a Djonga por uma ex-namorada. O artista cita como influências em sua lista Racionais MC’s, Marcelo D2, Cazuza, Mano Brown e Elza Soares. Todas essas referências moldaram um rapper com características inovadoras, capaz de, com seus versos, retratar a realidade social do Brasil, denunciando as desigualdades que afetam principalmente o público jovem, preto e periférico. 

Entre os maiores sucessos do artista estão canções como “Hat Trick”, “Leal”, “Solto”, “Valeu a Batalha” e “Depois da Meia Noite”. 

Em função da discografia de sucesso, Djonga já venceu o Troféu da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), na categoria Melhor Artista, em 2019. Além de conquistar o primeiro lugar  do MTV Millennial Awards, na categoria Beat BR, consecutivamente, em 2019 e 2020. O rapper também foi indicado ao BET Hip Hop Awards, na categoria Artista Internacional. 

 

O FASC – O Festival de Artes de São Cristóvão é uma realização da Prefeitura, por meio da Fundação Municipal de Cultura e Turismo João Bebe Água (Fumctur), e do Governo Federal, através do Ministério da Cultura. O patrocínio fica por conta da Maratá, RR Conect, Vitória Transportes e SE –  Sistema Engenharia. O evento também possui habilitação pela Lei Rouanet, uma Lei Federal de Incentivo à Cultura que concede isenção às empresas que patrocinam eventos culturais.

Com mais de 51 anos de história, o FASC é um dos maiores eventos do Nordeste. A última edição, no ano passado, registrou recorde de público, com a presença diária de aproximadamente 50 mil pessoas circulando pelas ruas da cidade. O Festival contará com apresentações musicais, teatrais, dança, literatura, feiras gastronômicas, artesanato, palestras, oficinas e exposições. O evento terá uma programação que será distribuída em locais públicos, organizados de forma a garantir acessibilidade e sustentabilidade gratuitamente em todo o Centro Histórico e outros pontos da cidade.