Óleo atingiu o Rio Pitanga, afluente do Rio Sergipe em São Cristóvão
Acidente com caminhão provoca vazamento de óleo
Publicado em 20 de abril de 2021
Por Jornal Do Dia
Um acidente de trânsito, registrado na noite do último sábado (17), no trevo da BR 101, em São Cristóvão, pode ter sido a principal causa do registro de manchas de óleo encontradas por peritos da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), no Rio Pitanga, afluente do Rio Sergipe. Em vistoria técnica realizada na manhã de ontem, os especialistas decidiram solicitar junto à Polícia Rodoviária Federal (PRF) imagens – fotos e/ou vídeos – registradas pelos agentes federais que acompanharam a colisão de uma carreta-baú com o "guarda-rodas" da cabeceira da ponte. Com o impacto, foi identificado um vazamento de óleo diesel do tranque de combustível na pista e no leito do Rio Pitanga.
Confirmada a existência de produtos químicos responsáveis por provocar danos ao meio ambiente, o trabalho realizado por profissionais conta ainda com o apoio de especialistas da Petrobras e voluntários da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Na tentativa de minimizar os riscos de abrangência perante aos prejuízos já provocados à vida natural, a presidência da Adema revelou ainda no final da manhã de ontem que barreiras de contenção do óleo, e, análises mais detalhadas quanto aos danos ambientais já contabilizados, foram instaladas. Para o presidente do órgão, Gilvan Dias, pelo menos até a próxima sexta-feira, 23, estudos in loco serão realizados para analisar impactos, por exemplo, provocados ao solo. O gestor acredita que as imagens da PRF devem ajudar de forma significativa.
"Recebemos informações sobre a existência de manchas no rio, e, desde as primeiras horas de hoje [ontem] as equipes estão no local, inclusive remediando possíveis estados de mitigação para o polígono do rio Pitanga, observando se houve maior contaminação no solo. As equipes manterão durante toda essa semana algumas inspeções in loco, faremos a análise da água para que possamos atestar o grau de admissão da possível contaminação desse incidente, e estamos apurando a responsabilidade", disse. Apesar de os trabalhos periciais já apresentarem fluxo considerado versátil em todas as esferas dos estudos sobre esse caso, a Adema esclarece que ainda é cedo para definir possível data de apresentação dos dados. As barreiras seguem instaladas por tempo indeterminado.
"Assim como as demais ações técnicas, os nossos especialistas estão focados nas medidas de proteção ao meio ambiente, e, por isso, as barreiras foram instaladas e vão permanecer até o momento ideal; quando não houver mais riscos de extensão desse óleo que pode, de fato, ter saído do caminhão após o acidente. As análises nas margens da rodovia federal seguem até o final dessa semana. Se for preciso, esse trabalho in loco permanecerá por mais tempo; sem pressa, e com o máximo de rigor nas análises", completou Gilvan Dias.