Acidente com Jet Sky deixa morta e ferida

Gabriel Damásio

A Polícia Civil e a Capitania dos Portos de Sergipe instauraram investigações para apurar as causas do acidente ocorrido na tarde deste domingo em um píer flutuante no Rio Vaza-Barris, altura da Orla Pôr-do-Sol, no Mosqueiro (zona de expansão de Aracaju). Um Jet ski que transportava duas mulheres perdeu o controle e bateu forte contra a estrutura do píer. Uma das vítimas, a assistente administrativa Lavínia de Jesus dos Santos, 22 anos, morreu a caminho do Hospital de Urgência João Alves Filho (Huse).
A outra mulher, Stefanie Braz, 27 anos, também foi levada ao Huse e deu entrada com vários ferimentos pelo corpo. De acordo com a assessoria da unidade, a paciente foi avaliada pela equipe da cirurgia geral e ortopedia, passando por operação para corrigir uma fratura de patela. Até o fechamento desta edição, ela estava na sala de recuperação pós-anestésica, encontrando-se consciente e orientada. Não houve outros feridos no acidente.
Segundo as primeiras informações, as duas jovens estavam participando de uma festa de confraternização com amigos e decidiram fazer um passeio com o jet-ski emprestado por um amigo em comum. No meio do passeio, a moto aquática ganhou uma velocidade muito alta e a condutora não conseguiu controlá-la. Imagens da câmera de segurança de uma marina da Orla Pôr-do-Sol mostram o exato momento em que o jet-ski bateu forte contra a estrutura de madeira do píer, fazendo com que ela fosse praticamente atravessada pelo veículo.
Após o choque, a moto e as vítimas afundam por alguns minutos e submergem depois. As vítimas foram logo resgatadas por banhistas e socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Lavínia estava com os ferimentos mais graves e não resistiu a uma sequência de três paradas cardíacas. O corpo dela foi sepultado ontem à tarde na capital.
A Capitania dos Portos informou que apreendeu o jet-ski envolvido no acidente e o recolheu para perícia. Equipes da Marinha estiveram no local junto com peritos do Instituto de Criminalística e policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Um procedimento administrativo foi instaurado pela Capitania, mas ele será agregado ao inquérito da Polícia Civil, já que o acidente resultou em morte. Por sua parte, a coordenadora de Delegacias da Capital, Rosana Freitas, confirmou que a Delegacia Especial de Turismo (Detur) assumiu o caso e já começou a ouvir depoimentos, além de requisitar os laudos da Criminalística e da Marinha.
Os responsáveis pelo jet-ski e pelo píer flutuante estão entre os que podem ser chamados para depor. A estrutura pertence ao bar Prainha e, segundo documentos da Autoridade Marítima Brasileira, divulgados pelos proprietários do bar, ela estava em situação regular, com autorização de funcionamento válida até 2027. A situação da moto aquática ainda será apurada, assim como se a condutora dela estava ou não habilitada para pilotar. A Capitania esclareceu que a legislação marítima proíbe a condução de jet skis por pessoas sem a devida habilitação, as que ingeriram bebidas alcoólicas ou as que usam os veículos durante o período noturno.