Quinta, 26 De Dezembro De 2024
       
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Acusados de tráfico são presos com R$ 50 mil em dinheiro


Publicado em 07 de maio de 2015
Por Jornal Do Dia


Drogas que teriam sido apreendidas com a quadrilha

Gabriel Damásio
gabrieldamasio@jornaldodiase.com.br

Sete pessoas foram presas por agentes do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), acusadas de revender cocaína e crack trazidas de São Paulo para Aracaju. A investigação, que durou cerca de dois meses e começou a partir de uma denúncia anônima, resultou na prisão dos envolvidos e na apreensão de R$ 50 mil em dinheiro, além de quase seis quilos de crack e cocaína, 11 trouxas da droga, dois carros de passeio (um Ford Ka e um Hyundai Elantra) e duas balanças de precisão. A ação do Cope aconteceu na semana passada, mas só foi divulgada ontem.

Quatro dos acusados foram detidos no estacionamento do Shopping Jardins, no bairro Jardins (zona sul da capital): José Francisco dos Santos, o "Paulista", 48 anos, Johnny Ferreira de Andrade, o "Thiago", 29, Cleide Jane da Conceição, 37, e Ana Célia Santos Dantas, 41, a primeira a ser investigada pelos policiais. Os outros três foram presos em suas casas no bairro América (zona oeste): Max Francisco Silva Santos, o "Max", 27, Bripy Sueli de Souza Santos, 37, e Jailson Gomes Santos, conhecido como "Nego" ou "Neguinho", 33 anos.

O diretor do Cope, delegado Jonathas Evangelista, explica que "Paulista", "Thiago" e suas respectivas companheiras foram flagrados enquanto pagavam uma encomenda de cocaína. "Nós já vínhamos acompanhando a Ana Célia, que já é conhecida da polícia por envolvimento com o tráfico. Fomos informados na semana passada que a Ana e um suposto namorado, o ‘Thiago’, iriam pagar um carregamento de aproximadamente 10 quilos de drogas que havia chegado de São Paulo. Organizamos uma vigilância no estacionamento e assim que o carro da Ana chegou ao shopping, e encontrou com outro carro com placas de São Paulo, fizemos a abordagem e conseguimos fazer as prisões. Naquele momento a Ana tinha pagado R$ 42 mil pela droga que recebeu dias atrás", explica.

A prisão dos casais se desdobrou em outras buscas realizado em um condomínio de luxo no Jardins, perto do shopping, no qual Ana Célia tinha um apartamento e morava desde que se mudou do Bairro América, onde vivia anteriormente. No local, os policiais apreenderam mais R$ 8 mil em espécie. A grande quantidade de dinheiro chamou a atenção da polícia. "O dinheiro é proveniente do lucro ilegal com a venda de entorpecentes. É feita uma encomenda, os traficantes geralmente dão um prazo para o pagamento, as revendas da droga para os outros traficantes são rápidas, e o pagamento é feito assim que o dinheiro é arrecadado", disse o delegado, indicando também que a acusada também teria comprado bens com o que ganhava no esquema. "Quem ostentava um padrão de vida alto era a Ana, em decorrência do tráfico de drogas", frisa Jonathas.

A polícia afirma também que Ana e "Thiago" comandavam a venda das drogas que eram trazidas de São Paulo, além de manter empregados incumbidos de armazenar e repassar as encomendas aos clientes. Na casa de Sueli e "Neguinho", os agentes do Cope encontraram dois tabletes de crack e cocaína, as 11 trouxas da droga e as balanças. Os outros três tabletes da droga estavam na casa de Max. "[Ana e Thiago] tinham feito a encomenda ao ‘Paulista’, que desta vez veio de São Paulo com a esposa pra trazer a droga. Temos informações de que isso não aconteceu pela primeira vez. E após a chegada desta droga, ela a distribuía entre os revendedores e a essas pessoas que eram empregadas dela no armazenamento e na revenda, principalmente em Aracaju", afirma o delegado.

A polícia apurou também que Ana Célia é ex-esposa de José Aragão Filho, o ‘Júnior Aragão’, 38. Condenado por crimes como tráfico, homicídio e violência doméstica, ele está preso há quase cinco anos e já foi um dos principais traficantes da Grande Aracaju, tendo também como base de atuação o Bairro América. De acordo com o diretor do Cope, Ana Célia assumiu os negócios de Aragão após a prisão dele. Agora, será investigado o envolvimento de outras pessoas com a atuação da quadrilha, principalmente na revenda e no fornecimento das drogas vendidas.

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