Os postos da rede Eko vendiam combustíveis adulterados com metanol. Foto: Diógenes Di
Adulteração de combustíveis interdita quatro postos da rede Eko em Aracaju
Publicado em 15 de junho de 2023
Por Jornal Do Dia Se
No início da tarde desta quarta-feira (14), uma ação conjunta do Procon Sergipe; Ministério Público; Polícia Civil, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e auditores da Secretaria de Estado da Fazenda interditou oposto de combustíveis EKO, localizado na avenida Tancredo Neves, em Aracaju. Amostras dos combustíveis foram coletadas durante fiscalização realizada no dia anterior, e os resultados de laboratório indicaram a presença de metanol, substância altamente tóxica, em níveis muito elevados.
Por determinação da ANP, os demais estabelecimentos da rede na Grande Aracaju – nas avenidas Augusto Franco e Ivo do Prado, em Aracaju, e no Conjunto Eduardo Gomes, em são Cristóvão – também foram ladrados.
“Coletamos amostras de gasolina comum e aditivada e as levamos a um laboratório autorizado da ANP. Foi confirmada a presença de metanol, produto proibido na comercialização de combustíveis. Esse produto causa muito perigo, principalmente para os frentistas que aqui trabalham. Pode causar cegueira, entre outros problemas de saúde, com uma pequena ingestão, apenas”, disse o representante da ANP, Augusto Reis.
Durante a interdição, uma consumidora lesada pelo combustível adulterado estava no posto. A nutricionista Rebeca Lima disse que teve o carro danificado depois do abastecimento. “Logo depois que enchi o tanque, o carro começou a falhar. Depois, veio um consumo excessivo de combustível, e parou. Estou aqui para tentar resolver meu prejuízo com a gerência”, destacou a consumidora.
A preocupação com a qualidade dos combustíveis deflagrou a fiscalização em postos de Aracaju. “O Ministério Público, junto com os órgãos de defesa do consumidor, está atuando para garantir a qualidade dos combustíveis. Assim que soubemos da irregularidade, para livrar o consumidor de prejuízos e incidentes, tomamos a decisão de fazer a interdição”, enfatizou a promotora Euza Missano. Também participou da interdição do posto de combustíveis o delegado da Delegacia de Direito do Consumidor, André Baronto.
A advogada da rede, Gislaine Lucena, nega que houve adulteração no combustível e que os donos do estabelecimento são vítimas, uma vez que adquiriram o produto em desconformidade com a legislação da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Segundo a advogada, não tem como o posto verificar a ‘olho nu’ a existência de teor de metanol diferente do exigido.