Adutora rompe e moradores de Aruana ficam sem água
Publicado em 28 de janeiro de 2020
Por Jornal Do Dia
Pela quarta vez em menos de um ano, a adutora situados no bairro Aruana rompeu e deixou milhares de aracajuanos sem abastecimento de água nas residências por mais de 24h. O fato ocorreu na avenida José Vicente de Almeida, zona Sul da capital sergipana, onde dessa vez a cratera aberta na pista atingiu um ônibus que diariamente realiza o transporte de trabalhadores. De acordo com a Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO), trabalhos operacionais estão sendo realizados de forma gradativa para melhorar a tubulação da rede que abastece os bairros de Atalaia, Aruana e Zona de Expansão. A Deso reconhece o problema e não possui previsão de quando o problema deve ser solucionado.
"Das últimas três vezes carros foram atingidos, e, em um desses casos, duas pessoas ficaram feridas porque o carro foi engolido pelo buraco. O pior disso tudo é que a gente paga caro por um serviço que sempre está falhando e ainda por cima acaba causando esse tipo de acidente. Isso é porque não foi ninguém grande que passou por esse susto. Se fosse um deputado, governador ou filhos de um deles, certamente a gente não estaria vendo o mesmo problema acontecer. Isso se chama descaso público", criticou Reginaldo Silva, morador da Aruana. Ainda de acordo com o manifestante, é preciso que os parlamentares e gestores estaduais se preocupem mais com os interesses da população.
O mais recente rompimento da adutora ocorreu na madrugada de domingo. Para dar início ao serviço de reparo o abastecimento foi fechado às 5h. No início da noite o trabalho operacional foi concluído, e, por volta das 22h a água voltou a chegar na casa dos contribuintes. Apenas no início da manhã de ontem o fornecimento havia sido normalizado. A Companhia de Saneamento de Sergipe reforçou que as equipes técnicas seguem monitorando as regiões onde as tubulações são antigas. A proposta é minimizar a recorrência desses rompimentos e, consequentemente, a falta de água nas torneiras e acidente envolvendo veículos. Para quem precisa passar diariamente pela via a sensação de medo é predominante.
Ao JORNAL DO DIA a comerciante Luzimara Ferreira alega que tem mudado a rota. "Eu sempre vou por ruas paralelas por causa do medo que tenho de passar por esse lugar. A gente nunca sabe o que vai acontecer quando a gente passar a pé ou de carro por esse lugar. Eu mesmo tenho medo. Quando estou atrasada é preciso passar pela avenida para ganhar tempo, fico com o coração não mão. Se isso acontece comigo, imagina para os moradores que moram na frente dessa adutora e não têm outra alternativa. No dia que resolverem isso, acho que nós moradores deveríamos até fazer uma festa. É lamentável o abandono", protestou. (Milton Alves Júnior)