O advogado paranaense Marcos Ivan Silva foi preso com documentos falso. Foto: Divulgação
Advogado condenado por homicídio no MS é preso em Aracaju
Publicado em 26 de janeiro de 2018
Por Jornal Do Dia
O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) apresentou ontem os detalhes da investigação realizada com o apoio de Papiloscopistas do Instituto de Identificação e Peritos do Instituto Médico Legal (IML). O trabalho resultou na prisão do advogado paranaense Marcos Ivan Silva, 53 anos, suspeito de comercializar móveis e veículos com o uso de documentação falsa, além de ter um mandado de prisão em aberto pela participação em um assassinato na cidade de Campo Grande (MS).
As investigações foram iniciadas em novembro de 2017, quando os policiais receberam a informação de que o suspeito estaria no estado realizando a prática de uso de documentação falsa, adquirida pelo valor de 8 mil reais. Marcos Ivan foi abordado quando saía de um cartório no Centro Comercial de Aracaju, onde havia acabado de transferir a posse de um apartamento. O suspeito utilizou documentos em nome de Marcus Gilvan Silva, trocando e inserindo apenas algumas letras, com o qual realizava a comercialização de móveis, compra e venda de automóveis de luxo, tentando até agenciar bandas de outros estados.
"Aprofundamos as investigações e descobrimos que ele se chamava Marcos Ivam, e não Marcos Gilvan e que era foragido do Estado do Mato Grosso do Sul. Ele é nascido no Paraná, mas no Mato Grosso do Sul ele foi condenado por participação em um crime de homicídio pelo 2º Tribunal do Júri de Campo Grande a uma pena de 14 anos em regime fechado por esse homicídio qualificado", disse o delegado Hugo Leonardo Melo, do Cope.
O delegado ainda esclarece que devido à condenação definitiva aberta em Campo Grande onde não cabia mais recurso, o suspeito optou por mudar sua identidade. "A partir da expedição do mandado de prisão em 2015, ele começou a fugir da justiça. Marcos Ivan veio a se estabelecer em Sergipe, adquiriu o documento falso aqui no estado. Desta forma, solicitamos ao Instituto de Criminalística a comparação das digitais desses documentos tirados aqui com os documentos dos estados por onde ele passou. Peritos do IML realizaram um exame pericial de comparação de face dessas fotos e constatou que se tratava do mesmo indivíduo pelas características da faciais dessas fotos, assim comprovamos que se tratava da mesma pessoa", declarou.
Os policiais solicitaram a realização de Exame Pericial de Confronto Papiloscópico, executado por papiloscopistas do Instituto de Identificação, no qual foi constatado que a impressão digital do documento falsificado era a mesma que constava na identificação de Marcos Ivan.Foi feito também Exame Pericial de Identificação Facial Forense, realizado por peritos do Instituto Médico Legal, que compararam as fotos dos documentos concluindo que era inegável que os documentos faziam referência à mesma pessoa.