Sexta, 14 De Fevereiro De 2025
       
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Afronta pouca é bobagem


Publicado em 22 de maio de 2019
Por Jornal Do Dia


A performance do trio é como uma erupção

 

Rian Santos
riansantos@jornaldodiase.com.br
Quando eu soube de 
Igor Gnomo, ele já 
era um gigante, com disco lançado e menções entusiasmadas em publicações especializadas de circulação nacional. Restava a mim bater palmas, igual a todo mundo. O seu trabalho já ganhara a notoriedade possível a um músico instrumentista situado à beira, fora do eixo, ecoava límpido, em alto e bom som.
Ninguém imaginava, então, que um guitarrista tão competente, justamente satisfeito com os próprios feitos, ainda tivesse cartas escondidas na manga. O descanso é a recompensa natural da conquista. Para o ente criativo, no entanto, não há trono de ouro onde aquietar o arremate impossível de sua ambição.
A criação é um movimento perpétuo. E a guinada observada na discografia de Gnomo atesta uma inquietação genuína. Depois de alcançar o Everest, por assim dizer, dispondo dos acentos e timbres mais caros ao jazz, ele admitiu que o céu era o limite. Desde então, a sua guitarra ganhou em calor e pegada. A inflexão brazuca, adotada a seu modo, deu à música de Gnomo uma qualidade difícil de apreender em palavras, que vai ser traduzida aqui como uma espécie de vibração.
O show ‘Afrontar’ atesta a maturidade do músico, que evoluiu do cafona Smooth Jazz para uma fusão muito interessante com a música brasileira. Aqui, o Igor Gnomo Group, formado também pelo percussionista Gildo Madeira e o baixista André Jumper, desfia um repertório de composições autorais as mais quentes. Tudo berra, exala e atira. A performance do trio é como uma erupção.
Sempre vou me admirar de um artista que, uma vez tocado pela sombra de um gesto, a luz nova de uma cor, a insinuação de uma melodia, esquece tudo em volta e dedica a vida inteira à perseguição de tal vulto. Este é um jogo de erros e acertos. E, aparentemente, Gnomo o sabe bem.

Quando eu soube de  Igor Gnomo, ele já  era um gigante, com disco lançado e menções entusiasmadas em publicações especializadas de circulação nacional. Restava a mim bater palmas, igual a todo mundo. O seu trabalho já ganhara a notoriedade possível a um músico instrumentista situado à beira, fora do eixo, ecoava límpido, em alto e bom som.
Ninguém imaginava, então, que um guitarrista tão competente, justamente satisfeito com os próprios feitos, ainda tivesse cartas escondidas na manga. O descanso é a recompensa natural da conquista. Para o ente criativo, no entanto, não há trono de ouro onde aquietar o arremate impossível de sua ambição.
A criação é um movimento perpétuo. E a guinada observada na discografia de Gnomo atesta uma inquietação genuína. Depois de alcançar o Everest, por assim dizer, dispondo dos acentos e timbres mais caros ao jazz, ele admitiu que o céu era o limite. Desde então, a sua guitarra ganhou em calor e pegada. A inflexão brazuca, adotada a seu modo, deu à música de Gnomo uma qualidade difícil de apreender em palavras, que vai ser traduzida aqui como uma espécie de vibração.
O show ‘Afrontar’ atesta a maturidade do músico, que evoluiu do cafona Smooth Jazz para uma fusão muito interessante com a música brasileira. Aqui, o Igor Gnomo Group, formado também pelo percussionista Gildo Madeira e o baixista André Jumper, desfia um repertório de composições autorais as mais quentes. Tudo berra, exala e atira. A performance do trio é como uma erupção.
Sempre vou me admirar de um artista que, uma vez tocado pela sombra de um gesto, a luz nova de uma cor, a insinuação de uma melodia, esquece tudo em volta e dedica a vida inteira à perseguição de tal vulto. Este é um jogo de erros e acertos. E, aparentemente, Gnomo o sabe bem.

 

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