Sábado, 18 De Janeiro De 2025
       
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Agosto, mês das Vocações


Publicado em 21 de agosto de 2018
Por Jornal Do Dia


 

* Raymundo Mello
(publicação de Raymundinho Mello, seu filho)
 
O mês de agosto a Igreja Católica de
dica aos trabalhos vocacionais, es
pecialmente àqueles mais intimamente a ela ligados, por obediência à Fé que comunga e promove. É um mês rico em celebrações destacadas por exemplos de vidas e obras, quer no campo espiritual, quer no campo moral e material.
Objetivamente, a cada domingo um destaque vocacional especial: 05 – dia do Padre (vocação sacerdotal), 12 – dia dos pais (vocação matrimonial), 19 – Assunção de Nossa Senhora (vocação religiosa), 26 – vocação laical. Tudo bem distribuído, com registros especiais para cada vocação, como citamos – Sacerdotal, Matrimonial, Religiosa e Laical.
Valeria a pena que aqueles que se sentem pouco esclarecidos sobre a importância de cada vocação procurassem bem conhecê-las à luz dos Evangelhos, através de seus movimentos e agremiações religiosas, leituras sadias e testemunhos vocacionais – ‘Por que optei por essa ou aquela vocação?’ – e jamais tentem impedir que alguém se dedique a cada área. É fundamental o conhecimento e a liberdade de escolher a que dedicar o seu carisma ou também não fazer opções sem escolha, sem perguntar "o que Deus quer de mim?" ou o que Fulano ou Beltrano insinua ao me incentivar quase ostensivamente a optar ou não por determinada área vocacional.
A Igreja, pelo documento de Puebla, nos diz que "a vocação é a resposta de Deus à comunidade orante". Portanto, ouçamos atentamente qual é essa resposta. O que devo seguir como pessoa que quer abraçar, assumir uma vocação ou aderir, com atitudes e gestos, apoiando a quem quer ser padre, religioso/a (irmão ou freira) ou fiel cristão/ã leigo/a, casado/a ou não, opções que devem ser sempre bem abastecidas por muitas orações e estudos.
Vê-se, assim, que o mês vocacional é algo de grande importância para a vida da Igreja como um todo ou para o ‘ser Igreja’.
Bem jovem, assisti, encenada por uma companhia de teatro – bem modesta, em um circo daqueles que costumeiramente faziam temporada armados na ‘Praça da Catinga’ (hoje, praça da Bandeira) -, a peça intitulada "O cura da aldeia". Anunciavam a peça dizendo tratar-se de uma homenagem a um padre que, tardiamente ordenado, fora nomeado cura (pároco) na cidade de Ars, na França, onde permaneceu, modestamente, desempenhando suas funções por cerca de 40 anos.
A cidade não tinha ligações religiosas com qualquer igreja – ali existia, sem apoio religioso há muitos anos, um templo abandonado, ocupado por animais, sem qualquer assistência. A presença do sacerdote, a princípio mal acolhido pela população, transformou a cidadezinha de Ars num grande e importante centro de divulgação da Igreja Católica, e o padre que ali desempenhou com simplicidade e muita fé o seu ministério passou a gozar da confiança do povo da cidade, através de uma pregação vivencial, coerente com o Cristo crucificado, alma da fé cristã católica do povo.
No princípio da peça teatral, um garoto de rua atendia a uma pergunta do padre que chegava, e o diálogo era mais ou menos assim:
– Filho, onde fica a igreja? E o garoto:
– Oxente! Um padre que não sabe onde fica a igreja? Vou ensinar o caminho. Ao que o padre respondeu:
– Hoje, você me ensina o caminho da igreja, amanhã, lhe ensino o caminho do céu.
Tempos depois, lendo em obra traduzida do Francês um livro sobre o ‘Cura d’Ars’, narrando os 40 anos do ‘Padre João Maria Vianney’ – hoje, santo da Igreja Católica – naquela cidade, entendi a história daquele homem de Fé autêntica que transformou sua cidade/paróquia em centro de evangelização e grandes peregrinações religiosas, até hoje, pelo exemplo e santidade de João Vianney, ele que é o padroeiro dos párocos e presbíteros.
Quando, em 1977, o senhor Arcebispo ‘Dom Luciano Cabral Duarte’ e seu então Bispo Auxiliar, ‘Dom Edvaldo Gonçalves Amaral’ convidaram a mim e outros católicos para a instalação em Aracaju do ‘Serra Club’, hoje ‘Movimento Vocacional Serra’ – Leigos a serviço das Vocações Sacerdotais e Religiosas -, um dos primeiros exemplos citados era o do Padre João Vianney, mostrando que, com fé, muita oração e apoio vocacional aos jovens interessados, a Igreja voltaria a povoar seus Seminários com candidatos realmente fiéis ao chamamento do ‘Senhor da Messe’.
O Movimento Vocacional Serra (ex Serra Club) é uma das pastorais vocacionais mais atuantes e, no silêncio dos que servem ao Senhor, já comemora, em 2018, os seus 41 anos de atividades.
O padroeiro do movimento, ‘Frei Junípero Serra’, hoje é santo da Igreja Católica e o CS (Companheiro Serra) ‘José Ginaldo de Jesus’ é o principal dirigente do movimento em toda a região Norte-Nordeste do Brasil.
Oportunamente, toda a vida do Serra, seus componentes, trabalhos e obras serão registrados para que a memória possa ser objeto de estudo, futuramente. (Texto adaptado a partir do artigo publicado por meu pai, o ‘Memorialista Raymundo Mello, na edição de 2 de agosto de 2016 do ‘Jornal do Dia’).
* Raymundo Mello é Memorialista
raymundopmello@yahoo.com.br

* Raymundo Mello

(publicação de Raymundinho Mello, seu filho)

O mês de agosto a Igreja Católica de dica aos trabalhos vocacionais, es pecialmente àqueles mais intimamente a ela ligados, por obediência à Fé que comunga e promove. É um mês rico em celebrações destacadas por exemplos de vidas e obras, quer no campo espiritual, quer no campo moral e material.Objetivamente, a cada domingo um destaque vocacional especial: 05 – dia do Padre (vocação sacerdotal), 12 – dia dos pais (vocação matrimonial), 19 – Assunção de Nossa Senhora (vocação religiosa), 26 – vocação laical. Tudo bem distribuído, com registros especiais para cada vocação, como citamos – Sacerdotal, Matrimonial, Religiosa e Laical.
Valeria a pena que aqueles que se sentem pouco esclarecidos sobre a importância de cada vocação procurassem bem conhecê-las à luz dos Evangelhos, através de seus movimentos e agremiações religiosas, leituras sadias e testemunhos vocacionais – ‘Por que optei por essa ou aquela vocação?’ – e jamais tentem impedir que alguém se dedique a cada área. É fundamental o conhecimento e a liberdade de escolher a que dedicar o seu carisma ou também não fazer opções sem escolha, sem perguntar "o que Deus quer de mim?" ou o que Fulano ou Beltrano insinua ao me incentivar quase ostensivamente a optar ou não por determinada área vocacional.
A Igreja, pelo documento de Puebla, nos diz que "a vocação é a resposta de Deus à comunidade orante". Portanto, ouçamos atentamente qual é essa resposta. O que devo seguir como pessoa que quer abraçar, assumir uma vocação ou aderir, com atitudes e gestos, apoiando a quem quer ser padre, religioso/a (irmão ou freira) ou fiel cristão/ã leigo/a, casado/a ou não, opções que devem ser sempre bem abastecidas por muitas orações e estudos.
Vê-se, assim, que o mês vocacional é algo de grande importância para a vida da Igreja como um todo ou para o ‘ser Igreja’.
Bem jovem, assisti, encenada por uma companhia de teatro – bem modesta, em um circo daqueles que costumeiramente faziam temporada armados na ‘Praça da Catinga’ (hoje, praça da Bandeira) -, a peça intitulada "O cura da aldeia". Anunciavam a peça dizendo tratar-se de uma homenagem a um padre que, tardiamente ordenado, fora nomeado cura (pároco) na cidade de Ars, na França, onde permaneceu, modestamente, desempenhando suas funções por cerca de 40 anos.
A cidade não tinha ligações religiosas com qualquer igreja – ali existia, sem apoio religioso há muitos anos, um templo abandonado, ocupado por animais, sem qualquer assistência. A presença do sacerdote, a princípio mal acolhido pela população, transformou a cidadezinha de Ars num grande e importante centro de divulgação da Igreja Católica, e o padre que ali desempenhou com simplicidade e muita fé o seu ministério passou a gozar da confiança do povo da cidade, através de uma pregação vivencial, coerente com o Cristo crucificado, alma da fé cristã católica do povo.
No princípio da peça teatral, um garoto de rua atendia a uma pergunta do padre que chegava, e o diálogo era mais ou menos assim:
– Filho, onde fica a igreja? E o garoto:
– Oxente! Um padre que não sabe onde fica a igreja? Vou ensinar o caminho. Ao que o padre respondeu:
– Hoje, você me ensina o caminho da igreja, amanhã, lhe ensino o caminho do céu.Tempos depois, lendo em obra traduzida do Francês um livro sobre o ‘Cura d’Ars’, narrando os 40 anos do ‘Padre João Maria Vianney’ – hoje, santo da Igreja Católica – naquela cidade, entendi a história daquele homem de Fé autêntica que transformou sua cidade/paróquia em centro de evangelização e grandes peregrinações religiosas, até hoje, pelo exemplo e santidade de João Vianney, ele que é o padroeiro dos párocos e presbíteros.
Quando, em 1977, o senhor Arcebispo ‘Dom Luciano Cabral Duarte’ e seu então Bispo Auxiliar, ‘Dom Edvaldo Gonçalves Amaral’ convidaram a mim e outros católicos para a instalação em Aracaju do ‘Serra Club’, hoje ‘Movimento Vocacional Serra’ – Leigos a serviço das Vocações Sacerdotais e Religiosas -, um dos primeiros exemplos citados era o do Padre João Vianney, mostrando que, com fé, muita oração e apoio vocacional aos jovens interessados, a Igreja voltaria a povoar seus Seminários com candidatos realmente fiéis ao chamamento do ‘Senhor da Messe’.
O Movimento Vocacional Serra (ex Serra Club) é uma das pastorais vocacionais mais atuantes e, no silêncio dos que servem ao Senhor, já comemora, em 2018, os seus 41 anos de atividades.
O padroeiro do movimento, ‘Frei Junípero Serra’, hoje é santo da Igreja Católica e o CS (Companheiro Serra) ‘José Ginaldo de Jesus’ é o principal dirigente do movimento em toda a região Norte-Nordeste do Brasil.
Oportunamente, toda a vida do Serra, seus componentes, trabalhos e obras serão registrados para que a memória possa ser objeto de estudo, futuramente. (Texto adaptado a partir do artigo publicado por meu pai, o ‘Memorialista Raymundo Mello, na edição de 2 de agosto de 2016 do ‘Jornal do Dia’).

* Raymundo Mello é Memorialistaraymundopmello@yahoo.com.br

 

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