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Ainda as chuvas
Publicado em 12 de julho de 2019
Por Jornal Do Dia
Os aracajuanos estão sofrendo com as chuvas que caem em Aracaju desde o início da semana. Os mais afetados com as alagações e transtornos são os residentes na Jabotiana, Santa Lúcia e na zona norte da cidade.
Esses transtornos são naturais em qualquer cidade que em apenas uns dias chove três vezes mais que o previsto em um mês. Somente nos últimos três dias o acumulo de águas pluviais chegou a 230 milímetros, um volume considerado alto e que dificulta o escoamento da água em alguns locais da cidade.
Para piorar a situação, sem barragem, o rio Poxim Mirim transbordou, provocando inundações na Jabotiana, deixando a população completamente ilhada.
O governador Belivaldo Chagas (PSD) e o prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) agiram para evitar transtorno maior à população e reverter os danos provocados pelas chuvas. Várias reuniões foram realizadas com os órgãos que atuam diretamente no auxílio â população, como Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Emsurb, Emurb e SMTT.
A força tarefa atuou para reverter os danos provados pelas chuvas, com trabalho de limpeza dos canais, desobstrução de bocas de lobo e limpeza de ruas. Agentes da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) ficaram durante toda a madrugada nos pontos críticos da capital e os bombeiros foram às áreas mais afetadas auxiliar a população.
Mais de 60 famílias, cerca de 180 pessoas, estão acolhidas no Centro de Referência e Assistência Social (Cras) Madre Tereza e na Escola Municipal José Airton de Andrade, onde recebem alimentação, colchões e cobertores. Profissionais de saúde estão atuando para atender a essas famílias, entre médicos, enfermeiros e técnicos. Também estão sendo disponibilizados medicamentos no ponto de apoio, além de insumos necessários para curativos.
Como o próximo ano é de eleição municipal, os transtornos das chuvas que estão caindo em Aracaju estão sendo um prato cheio para a oposição ao prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB), que disputará a reeleição.
O deputado estadual Rodrigo Valadares (PTB), que tem pretensões de disputar a Prefeitura de Aracaju em 2020, por exemplo, chegou a publicar em suas redes sociais um episódio ocorrido em Santa Rosa de Lima como se tivesse sido em Aracaju. No vídeo, o parlamentar exibe o drama de uma senhora idosa que teve a casa invadida pelas águas das inundações e cobra providências de Edvaldo.
A prefeitura reagiu e saiu com nota lamentando que um jovem ainda no início de sua carreira tenha escolhido o pior caminho para trilhar na política, baseado em mentiras, baixarias e agressões. "Infelizmente, além de mostrar que sua juventude não é de ideias nem de projetos, a trajetória do deputado Rodrigo Valadares só tem revelado um político inconsequente, falastrão e mentiroso", finalizou a nota.
Que as chuvas, que como a neve e a seca são fenômenos da natureza, voltem a ocorrer logo dentro da normalidade, para diminuir os transtornos da população.
Valha-me, São Overland 1
De Sílvio Santos, dirigente petista e vice-prefeito no mandato anterior do prefeito Edvaldo Nogueira, nas redes sociais: "A julgar pela repercussão nas mídias sociais sobre as enchentes causadas pelas últimas chuvas em Aracaju o jogo que decide de quem é a culpa está duro e tende a terminar com os dois times derrotados. Os contra o prefeito o culpam pelo estrago. O prefeito e os que o defende culpam Deus, São Pedro e São Overland. O que me causa espécie é que ninguém, mas ninguém mesmo, nem oposição, nem prefeitura, nem imprensa falam do óbvio: a especulação imobiliária".
Valha-me, São Overland 2
Prossegue Sílvio: "É só olhar para a região mais atingida e veremos que se tivéssemos um Plano Diretor compatível com uma cidade ‘moderna, criativa e inteligente’, aquela região as margens do rio Poxim seria de preservação ambiental. Mas não temos. O que temos é uma cidade privatizada, comandada pelas construtoras do ramo imobiliário e ao gosto tanto do governo municipal quanto da oposição. Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano é um tema que parece proibido em Aracaju. A gestão municipal não trata do assunto. A oposição, nem na câmara nem fora dela toca na questão. Não entra na pauta de nenhuma entrevista realizada pelo nosso jornalismo nativo. Ainda há tempo de aprender a rezar e apelar para São Overland".
Codevasf 1
A grande maioria da bancada federal de Sergipe assinou um documento pedindo a permanência de César Mandarino na superintendência da Codevasf em Sergipe. O documento já foi entregue ao ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, que disse que respeitaria a vontade da maioria dos parlamentares. Dos 13 membros da bancada apenas dois não assinaram: o senador Alessandro Vieira (Cidadania) e Gustinho Ribeiro (Solidariedade).
Codevasf 2
Alessandro, que declarou não ter interesse na indicação de cargos no governo federal em Sergipe, chegou a indicar para a Codevasf o ex-candidato a governador, o empresário Milton Andrade (Novo). Boa parte da bancada se rebelou, não contra Milton, mas pelo entendimento que o nome para a companhia seria de consenso dos deputados e senadores.
Agora só em agosto
Nesta semana, deputados federais trabalharam até por volta das 2h da madrugada para aprovar o texto da reforma da Previdência, só conseguindo aprovar em primeiro turno, mediante as discussões sobre os vários destaques apresentados. Com isso, os deputados de Sergipe só retornam hoje a Sergipe e já de recesso parlamentar do meio do ano, que inicia no próximo dia 18, uma vez que a votação do segundo turno ficou para agosto.
Caminho pelo Senado 1
Os estados e municípios devem ficar mesmo de fora do texto da reforma da Previdência, que será aprovada pela Câmara dos Deputados. Mas os governadores não desistiram de serem incluídos na reforma e estão trabalhando via Senado Federal, por entenderem que deve haver um regramento único para o modelo de Previdência geral, até o limite do teto do INSS, e um regramento para o sistema complementar, acima do teto das aposentadorias e pensões.
Caminho pelo Senado 2
Durante debate na comissão especial do Senado que acompanha a reforma da Previdência da Câmara, na última quarta-feira, os governadores Wellington Dias (Piauí), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Carlos Massa Ratinho Júnior (Paraná) declararam que se a inclusão dos estados e municípios não ocorrer na Câmara, poderia ser feita durante a votação do texto da reforma no Senado ou por meio de uma proposta paralela de emenda à Constituição (PEC).
Alguns apoios 1
No Senado, os governadores já tem o apoio de alguns senadores à inclusão dos estados e municípios no texto da reforma. O relator da comissão especial, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), defende a inclusão. "Tenho a convicção de que a grande batalha em que vamos ter que nos envolver a partir do projeto que chegar da Câmara é a inclusão ou não de estados e municípios. Parece-me que essa é também a posição da maioria dos senadores, embora haja focos de resistência", afirmou Tasso, citando ainda demandas de professores, policiais e bombeiros como "questões que estão a rondar".
Alguns apoios 2
O senador Esperidião Amin (PP-SC) considerou "insensato" não incluir estados e municípios no texto da reforma da Previdência. "A marcha da insensatez é uma coisa psicopática no Brasil e no mundo. Há duas tentativas que vislumbro se a Câmara não aprovar a inclusão. Na primeira, incluímos estados e municípios no texto. Na segunda, é facultada a estados e municípios a adesão à reforma em um prazo de 180 dias mediante lei complementar", sugeriu.
Alguns apoios 3
A inclusão dos estados e municípios na reforma da Previdência também foi defendida pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) e pelos senadores Roberto Rocha (PSDB-MA), Luis Carlos Heinze (PP-RS) e Major Olímpio (PSL-SP).
Mais apoio
O novo diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI), Josué Pellegrini, avalia que, de acordo com os estudos feitos pelo órgão do Senado sobre a Previdência nos estados, seria ideal incluir estados e municípios na reforma do setor, que está em discussão no Congresso. "Realmente o déficit da Previdência estadual é bastante elevado na grande maioria dos estados e tende a crescer, pressionando e dificultando o cumprimento das outras atribuições dos estados, como saúde, educação e segurança ", afirmou o diretor, em entrevista à Rádio Senado.
Demissão de servidor
Os membros da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovaram na última quinta-feira projeto de lei de autoria da senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE), que estabelece regras para avaliação e demissão de servidor público que obtiver mau desempenho. Agora o projeto, que iria a outras comissões, vai direto para análise do Plenário.
Convenção PCdoB
Acontece nesse domingo a convenção para homologação do nome de Simone Andrade (PCdoB) para prefeita de Riachão do Dantas, durante eleição suplementar que ocorrerá no dia 1º de setembro mediante cassação da prefeita Gerana Costa e do seu vice Luciano Gois. Haverá ainda a homologação do nome do vereador Galego da Samba (PSD) como candidato a vice.
Aliados
Simone terá o apoio do agrupamento político do governador Belivaldo Chagas (PSD). O ex-governador Jackson Barreto (MDB) já declarou apoio a ela, que em 2016 disputou a Prefeitura de Riachão do Dantas perdendo a eleição para Gerana Costa por uma diferença de pouco mais de 330 votos.
Adversários
A pré-candidata a prefeita do PCdoB deve ter como adversária Manuela Costa (PSC), ex-secretária municipal de Assistência Social e nora da prefeita cassada Gerana Costa, e o prefeito interino de Riachão, Pedro da Lagoa (PT), que é vereador e presidente licenciado da Câmara Municipal.
Outras convenções
Acontecerá também neste domingo a convenção do PSC para homologação do nome de Manuela Costa como candidata a prefeita, devendo ser homologado como vice a ex-vereadora Netinha (PL), que é irmã do vereador Edson de Euripedes (PL). O PT também fará sua convenção para homologar Pedro da Lagoa como candidato a prefeito e o vereador Genário de Bodó (PSB) como vice. Vence na segunda-feira, 15, o prazo para realização das convenções.
Homenagem
O ex-governador Jackson Barreto (MDB) continua fazendo a defesa dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff. Durante solenidade de formatura da primeira turma de Agroindústria do campus do Sertão, em Nossa Senhora da Glória, lembrou que antes do governo dos dois petistas, só existia um campus da UFS [São Cristovão] em Sergipe e oito mil alunos matriculados e que hoje são cinco campi [Laranjeiras, Lagarto, Itabaiana, Glória e São Cristovão] e 30 mil alunos matriculados.