Ainda estamos aqui

Os articuladores e financiadores do plano golpista precisam ser punidos com todo o rigor da Lei

“A Democracia venceu e ainda estamos aqui”. A fala do presidente Lula, durante evento alusivo à intentona golpista do dia 08 de janeiro, pega carona no enorme sucesso do filme dirigido por Walter Salles, reverberando o compromisso íntimo entre arte, política e memória.

Ainda Estou Aqui, todo mundo sabe, inspirou-se numa obra biográfica de Marcelo Rubens Paiva, cuja família foi destroçada nos porões da ditadura militar instaurada com o golpe de 64.

“Estamos aqui para lembrar que, se estamos aqui, é porque a democracia venceu. Caso contrário, muitos de nós talvez estivéssemos presos, exilados ou mortos, como aconteceu no passado. E não permitiremos que aconteça outra vez”, prosseguiu Lula.

O discurso de Lula não poderia ser mais exato e feliz. Há quem prefira minimizar as intenções e potenciais efeitos do golpe frustrado há dois anos.

As investigações, no entanto, apontam uma trama para assassinar o presidente Lula, assassinar o vice-presidente Geraldo Alckmin e assassinar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Os articuladores e financiadores do plano golpista precisam ser punidos com todo o rigor da Lei. Os golpistas precisam responder pelos próprios atos. Quem está contra a Democracia e o Estado de Direito precisa pagar.