Segunda, 06 De Janeiro De 2025
       
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Animais silvestres aparecem com mais freqüência nas ruas


Publicado em 28 de abril de 2020
Por Jornal Do Dia


Jiboia capturada pela equipe ambiental no Parque dos Cajueiros

 

Biólogos da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Universidade Tiradentes (Unit), e de institutos de preservação aos animais reconhecem que a redução da atividade humana ao longo dos últimos 30 dias no estado de Sergipe tem contribuído diretamente para que animais silvestres sintam-se mais confortáveis para explorar em maior escala os ambientes urbanos. Essa mudança de cenário tem chamado a atenção, sobretudo, de moradores da capital sergipana, Aracaju. Paralelo às duas cobras jiboias que foram encontradas por pedestres nas imediações do Parque dos Cajueiros na semana passada, durante o final de semana outro animal da mesma espécie foi vista na rota de fuga, próximo ao Aeroporto Santa Maria.
Não muito distante desse ponto, um jacaré de papo amarelo foi encontrado percorrendo a calçada que dá acesso à reserva do Tecarmo, pertencente à Petrobrás. No interior, agentes da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) foram acionados para capturar um jacaré que atravessava ruas da Atalaia Nova, município da Barra dos Coqueiros; outro animal da mesma espécie foi capturado no município de Amparo do São Francisco, região Leste de Sergipe. De acordo com os especialistas, este cenário é chamado, em ecologia, de paisagem do medo. É ele que faz um animal mudar seu comportamento e evitar um local apenas por sentir o cheiro ou ouvir o som de um predador.
Ao JORNAL DO DIA, o biólogo Everton Paixão destacou que, a partir do momento em que esse fluxo de humanos e veículos é notoriamente reduzido, os animais passam a explorar mais a área urbana geralmente em busca de alimentos. Essa ação natural costuma ocorrer nos finais de tarde, a partir das 17h, ou durante a noite. O especialista enaltece que, caso o animal se sinta ameaçado, ele tem como defesa o próprio ataque. "Quando diminuímos nossa atividade, também diminui o som, o cheiro, e toda a confusão de movimento de pessoas e veículos. Ao se deparar com um animal dessa natureza, o ideal é acionar os profissionais da Adema a fim de evitar prováveis acidentes", disse.
Compartilhando com as informações apresentadas pelo colega de profissão, a bióloga Edjane Nascimento reforçou que alguns animais, mesmo presentes na categoria silvestres, ao longo dos anos passaram a se tornar mais tímidos diante do avanço populacional dos humanos. 
 "Ao observar um movimento maior de carros, buzinas, pedestres conversando, logo essa estatística de animais silvestres em locais atípicos será reduzida. A quarentena provocada pelo coronavírus mostrou uma mudança de postura por parte desses animais, não apenas em pontos como o Tecarmo, onde já vimos aparições semelhantes, mas também em locais com nunca antes ter registrado esse tipo de ocupação", disse a bióloga. Questionada sobre a ação violenta que esses animais podem assumir ao se sentir ameaçados, Edjane completou dizendo: "o vídeo feito naquela passarela do Parque dos Cajueiros mostra isso nitidamente. Quando as pessoas se aproximavam da cobra, mais a jiboia se armava para dar o bote. Uma forma de se defender; por isso é importantíssimo acionar a Adema, por exemplo."
Plantão – Sobre o processo de notificação desses casos e pedidos de resgate, o Governo do Estado orienta que em qualquer circunstância, o qual o animal silvestre seja visto pelos populares, a recomendação imediata é de acionar a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), por meio do número (79) 98819-7558. (Milton Ales Júnior)

Biólogos da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Universidade Tiradentes (Unit), e de institutos de preservação aos animais reconhecem que a redução da atividade humana ao longo dos últimos 30 dias no estado de Sergipe tem contribuído diretamente para que animais silvestres sintam-se mais confortáveis para explorar em maior escala os ambientes urbanos. Essa mudança de cenário tem chamado a atenção, sobretudo, de moradores da capital sergipana, Aracaju. Paralelo às duas cobras jiboias que foram encontradas por pedestres nas imediações do Parque dos Cajueiros na semana passada, durante o final de semana outro animal da mesma espécie foi vista na rota de fuga, próximo ao Aeroporto Santa Maria.
Não muito distante desse ponto, um jacaré de papo amarelo foi encontrado percorrendo a calçada que dá acesso à reserva do Tecarmo, pertencente à Petrobrás. No interior, agentes da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) foram acionados para capturar um jacaré que atravessava ruas da Atalaia Nova, município da Barra dos Coqueiros; outro animal da mesma espécie foi capturado no município de Amparo do São Francisco, região Leste de Sergipe. De acordo com os especialistas, este cenário é chamado, em ecologia, de paisagem do medo. É ele que faz um animal mudar seu comportamento e evitar um local apenas por sentir o cheiro ou ouvir o som de um predador.
Ao JORNAL DO DIA, o biólogo Everton Paixão destacou que, a partir do momento em que esse fluxo de humanos e veículos é notoriamente reduzido, os animais passam a explorar mais a área urbana geralmente em busca de alimentos. Essa ação natural costuma ocorrer nos finais de tarde, a partir das 17h, ou durante a noite. O especialista enaltece que, caso o animal se sinta ameaçado, ele tem como defesa o próprio ataque. "Quando diminuímos nossa atividade, também diminui o som, o cheiro, e toda a confusão de movimento de pessoas e veículos. Ao se deparar com um animal dessa natureza, o ideal é acionar os profissionais da Adema a fim de evitar prováveis acidentes", disse.
Compartilhando com as informações apresentadas pelo colega de profissão, a bióloga Edjane Nascimento reforçou que alguns animais, mesmo presentes na categoria silvestres, ao longo dos anos passaram a se tornar mais tímidos diante do avanço populacional dos humanos. 
 "Ao observar um movimento maior de carros, buzinas, pedestres conversando, logo essa estatística de animais silvestres em locais atípicos será reduzida. A quarentena provocada pelo coronavírus mostrou uma mudança de postura por parte desses animais, não apenas em pontos como o Tecarmo, onde já vimos aparições semelhantes, mas também em locais com nunca antes ter registrado esse tipo de ocupação", disse a bióloga. Questionada sobre a ação violenta que esses animais podem assumir ao se sentir ameaçados, Edjane completou dizendo: "o vídeo feito naquela passarela do Parque dos Cajueiros mostra isso nitidamente. Quando as pessoas se aproximavam da cobra, mais a jiboia se armava para dar o bote. Uma forma de se defender; por isso é importantíssimo acionar a Adema, por exemplo."

Plantão –
Sobre o processo de notificação desses casos e pedidos de resgate, o Governo do Estado orienta que em qualquer circunstância, o qual o animal silvestre seja visto pelos populares, a recomendação imediata é de acionar a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), por meio do número (79) 98819-7558. (Milton Ales Júnior)

 

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