A fiscalização para conter aglomerações é permanente no estado
Apesar da fiscalização, aglomeração é um problema no estado
Publicado em 20 de março de 2021
Por Jornal Do Dia
Milton Alves Júnior
Com todas as unidades de saúde no estado de Sergipe apresentando superlotação em enfermarias e unidades de terapia intensiva (UTIs), o Governo do Estado, em parceria com as prefeituras, tem multiplicado as restrições impostas pelos decretos de números: 40.615, 40.652, 40.738 e 40.758, com a expectativa de ampliar o índice de distanciamento social, promover a redução no número de novos casos, bem como o registro de óbitos provocados pela covid-19. Dados apresentados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) indicam que a primeira quinzena deste mês de março a menor unidade federativa do país passou a se deparar com o mais abrangente e mortal pico imposto pelo coronavírus e suas cepas em circulação.
Nas últimas duas semanas, justamente em virtude do aumento representativo de novas pessoas testando positivo para a covid-19, membros do Comitê Técnico-Científico e de Atividades Especiais estão orientando o governador Belivaldo Chagas, e o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, a adotar medidas mais rigorosas. Na resolução de nº 11/2021, datada em 04 de março, o poder Executivo Estadual determinou o fechamento de bares e restaurantes aos finais de semana; já na última terça-feira, dia 16, ficou definido a suspensão das atividades educacionais em todas as escolas, universidades e faculdades, das redes de ensino pública e privada até o dia 04 de abril; ainda essa semana houve a definição de toque de recolher das 20h às 05h, até a próxima segunda-feira, dia 22.
Apesar de o Estado e PMA imporem mudanças em vários setores – e isso inclui o próprio serviço público com a definição de rodízios e serviços na modalidade ‘home office’ -, ao longo das últimas semanas a população tem observado, e criticado, aglomerações que são de amplo conhecimento governamental, mas seguem ocorrendo sem que haja as mudanças imediatas as quais todas as cartilhas de boas práticas contra o coronavírus apresentam. Entre esses serviços, apontado pelos leitores do JORNAL DO DIA como o mais grave, está o serviço de transporte público. Sem dispor de frota extra para atender diariamente os mais de 220 mil usuários do sistema, veículos, terminais de integração e abrigos de ônibus seguem reunindo elevados grupos de passageiros que dependem do serviço.
De acordo com a Prefeitura de Aracaju, agentes da Guarda Municipal têm atuado em parceria com a Polícia Militar e funcionários dos bancos, a fim de minimizar as aglomerações. Ainda segundo a PMA, a mesma atitude tem sido adotada diariamente em pontos como: região dos mercados centrais, feiras livres, e mercados setoriais instalados em comunidades de expansivo índice de habitantes; entre essas localidades estão: Conjunto Augusto Franco, Orlando Dantas e bairro Bugio. Por parte da esfera estadual, as preocupações estão voltadas também para o transporte interurbano e terminais rodoviários Governador Luiz Garcia (Centro), e Governador José Rollemberg Leite (saída da cidade); há, ainda, um conjunto de medidas sendo adotado para organizar o fluxo de consumidores no Restaurante Popular Padre Pedro, na região central da capital sergipana.
Sobre esse assunto, em resposta ao JORNAL DO DIA, o Governo do Estado esclareceu que: "para assegurar regularidade e rigor no cumprimento das medidas de combate à pandemia no Restaurante Popular Padre Pedro, a Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (SEIAS) está buscando novas alternativas. O local tem se deparado com um aumento de procura de quase 25% desde o início da pandemia e, mesmo com a adoção da oferta através de quentinhas em 19 de março de 2020 para evitar a aglomeração dentro do restaurante, outras dificuldades vêm sendo enfrentadas, como a desobediência dos usuários às medidas preventivas de contágio que são passadas por funcionários e vigilantes na porta, assim como ao distanciamento demarcado e recorrentemente orientado na fila".