Apesar dos apelos, até eventos familiares estão proibidos
Publicado em 07 de março de 2021
Por Jornal Do Dia
Milton Alves Júnior
Sem alvará exclusivo, concedido pelo Governo do Estado, todas as cerimônias festivas e/ou religiosas com ampla movimentação de pessoas em Sergipe permanece suspensa neste final de semana. Menos de 48 horas após o governador Belivaldo Chagas anunciar novas medidas restritivas para combater a infecção do novo coronavírus, um grupo formado por cerimonialistas buscou o chefe do Poder Executivo com a esperança de conquistar permissão para realizar eventos como casamentos e formaturas, os quais haviam sido agendados com antecedência para este sábado e domingo. Na tentativa de obter êxito no pleito, o grupo ofereceu acesso integral aos fiscais responsáveis por analisar o nível de aglomeração em todos os 75 municípios sergipanos.
Apesar do apelo, o Governo do Estado optou por manter as decisões presentes na resolução de nº 11/2021, as quais foram deliberadas na última reunião do Comitê Técnico-Científico e de Atividades Especiais (CTCAE), realizada na quinta-feira, 04, com a presença do governador e do prefeito de Aracaju Edvaldo Nogueira. De acordo com a Superintendência de Estado da Comunicação, as restrições publicadas na edição de ontem do Diário Oficial do Estado (DOE), se fizeram necessárias diante do aumento de casos, óbitos e ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs), em todos os hospitais das redes pública e particular. Atender ao pedido dos cerimonialistas, segundo o Estado, seria seguir na contramão daquilo que ficou definido pelos membros do CTCAE.
"Estamos vivendo um momento muito difícil da pandemia. A questão do setor de eventos, bares e restaurantes são atividades que naturalmente aglomeram e naturalmente as pessoas precisam ficar sem máscara. Como é por tempo determinado, são medidas curtas, e que serão avaliadas na próxima quinta-feira, ela evita por exemplo medidas mais drásticas. Por exemplo, se essas medidas não forem tomadas agora, eles alegam o prejuízo agora, o prejuízo pode ser muito maior mais na frente, se colapsar o sistema de saúde, essas atividades podem ser proibidas definitivamente e não é isso que ninguém quer. O que a gente quer é dar uma pausa agora, reorganizar, esperar os hospitais naturalmente melhorar as suas condições e depois liberar em seguida", declarou Givaldo Batista, superintendente de comunicação.
Contraponto – Na avaliação apresentada pela cerimonialista Karla Hauzenberg, para se adotar ume medida impositiva, é necessário que os governantes também convidasse os setores de serviços e produtos para ouvir a opinião das classes trabalhadoras. Com três festas programadas para este final de semana, Karla lamenta a necessidade de suspender o evento que, conforme enaltecido por ela, estava pronto para ocorrer com o máximo de respeito às normas de prevenção contra a covid-19. Entre essas medidas estavam a limitação de 50% no número de convidados para cada espaço reservado, a disponibilidade de álcool em gel 70%, máscaras novas e mesas com distanciamento social, além da fiscalização integral dos seguranças.