Recuperação vegetal em área embargada na caatinga, sertão sergipano, por um órgão do programa em 2018 (Equipe Flora)
Área desmatada surpreende com vegetação da caatinga nativa recomposta
Publicado em 04 de abril de 2025
Por Jornal Do Dia Se
A equipe Flora registrou um avanço positivo na 8ª Etapa da Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco em Sergipe (FPI/SE), na zona rural de Poço Redondo. Durante a inspeção, a equipe Flora constatou sinais claros de recuperação vegetal em uma área embargada por um órgão fiscalizador do programa em 2018, evidenciando os impactos das medidas adotadas para a preservação ambiental.
“Fomos verificar se havia o cumprimento do embargo feito pela FPI/SE, para fins de erradicação do plantio de palma na caatinga. Ou seja, verificamos se o produtor manteve a área isolada até que o processo judicial a que foi submetido fosse concluído. Percebemos hoje que o cidadão cumpriu o embargo por determinação da FPI/SE e que houve um processo de regeneração por conta do declínio da palma ocasionado pelo crescimento da vegetação da caatinga”, constatou o Analista Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) Marcelo Brandão, integrante da equipe Flora.
Segundo Brandão, a área está em recuperação, devido ao trabalho fiscalizador desenvolvido pelas equipes da FPI/SE, que consistiu na retomada do ambiente original de caatinga na área, mesmo tendo sido identificada ainda nesta edição a presença da palma, ainda que em menor proporção. Dada a retomada da fisionomia florestal, as mudanças percebidas no local foram, portanto, caracterizadas pela amenização do processo de desertificação.
“Mediante orientação do processo, a ideia é manejar essa palma para o bem-estar dos animais, como se fosse um sistema agroflorestal, um sistema de produção agrícola que combina o cultivo de árvores, arbustos e plantas agrícolas em um mesmo terreno. Dessa forma, há possibilidade de aderir a esse cenário um aspecto sustentável no semi-árido. Por outro lado, o processo que diz respeito a esse caso em específico requer uma ação obrigatória a ser desempenhada pelo produtor, no sentido de provocar a retirada completa da palma para que a vegetação da caatinga prevaleça”, explicou o técnico.