Aumentam as denúncias de casos de importunação sexual em Sergipe

Levantamento da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) mostra que de janeiro a junho deste ano foram registrados, oficialmente, 209 casos de importunação sexual em Sergipe. Os números apontam ainda um aumento considerável de registros oficiais se comparado ao mesmo período de 2022, quando ocorreram 122 notificações deste tipo de crime.
São dados que reforçam a importância das campanhas de conscientização promovidas pelo Governo do Estado relacionadas ao tema. “A gente percebe que os números aumentaram muito por conta das nossas campanhas como ‘Se Avexe Não’, agora no período das festividades juninas, e da campanha ‘Não é Não’, da Secretaria de Política para Mulheres e de outros órgãos que atuam na defesa do direito da mulher”, ressalta a delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, Renata Aboim.
A delegada reforça o que é considerado importunação sexual, bem como prevê a Lei para quem comete este tipo de crime. “A importunação sexual é caracterizada quando alguma pessoa pratica um ato libidinoso contra outra sem a sua anuência. Então, [é caracterizado] se essa pessoa se aproxima e faz uma abordagem inconveniente, pegando na pessoa, passando a mão, se masturbando”, ressalta.
“A pena para esse crime é relativamente alta, de um a cinco anos de reclusão. Então, cabe a prisão em flagrante e não é possível arbitrar fiança no âmbito da delegacia. Se a pessoa for conduzida à delegacia e o delegado entender que houve o crime, vai ser registrada a prisão em flagrante”, complementa.
Segundo a secretária Danielle Garcia, a divulgação da campanha ‘Não é Não! Oxe!’ seguirá permanente no estado. “Desde que iniciamos a campanha estamos distribuindo materiais, como adesivos, bottons e tatuagens temporárias com o ‘Não é Não! Oxe!’ e também fazendo publicações de conteúdos sobre a campanha nos canais digitais oficiais da SPM e do Governo do Estado”, afirma.
“Esses novos dados divulgados pela SSP demonstram mais uma vez que a população confia no trabalho da polícia e demais órgãos que atuam na rede de proteção à mulher e estão denunciando a prática deste tipo de crime. Por isso, seguiremos firmes com o trabalho de conscientização da sociedade”, finaliza a secretária Danielle Garcia.