Segunda, 06 De Janeiro De 2025
       
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Auxiliadora dos Cristãos


Publicado em 28 de maio de 2020
Por Jornal Do Dia


 

* Dom Edvaldo Gonçalves Amaral, SDB
Ainda vivendo as alegrias da festa de ‘Nossa Senhora Auxiliadora’, este ano celebrada no dia 25 último (pois no domingo, 24/05, celebrou-se a solenidade da Ascensão do Senhor), convém tecer algumas considerações sobre este título atribuído à Virgem Maria – Auxiliadora dos Cristãos -, sobre o qual, na história da Igreja, podemos distinguir três momentos originários. São eles: a criação do título, a instituição da festa e a propagação da devoção em âmbito mundial.
A origem do título vamos encontrar em 1571, quando da ameaça da invasão da Europa pelos turcos. O Papa São Pio V, o Santo Pontífice que viveu o agitado período do pós-Concílio de Trento, convocou os príncipes cristãos para organizarem uma armada, que enfrentasse o invasor turco e debelasse o perigo muçulmano. Sua confiança maior, porém, era na proteção da Virgem Santa e, por isso, solicitara de toda a cristandade a invocação de Maria mediante a oração do santo Terço. A 7 de outubro daquele ano, deu-se a sangrenta batalha naval perto do golfo de Lepanto, tendo como comandante da esquadra cristã, Dom João d’Áustria, auxiliado por vários outros príncipes da Europa cristã. A vitória foi esmagadora. Em memória desse fato, a Igreja celebra a festa do Rosário no dia 7 de outubro com a invocação de Nossa Senhora das Vitórias. Mas o Papa determinou que nas ladainhas de Nossa Senhora fosse acrescentado o título, até então, desconhecido, de Auxiliadora dos Cristãos. Três séculos depois, o Papa Pio VII fora levado prisioneiro por Napoleão para o castelo de Fontainebleau, na França. Invocando Maria, o Santo Pontífice obteve sua libertação, quando Napoleão foi vencido pelos ingleses e exilado. No dia 24 de maio de 1814, entrava Pio VII em Roma, sendo recebido triunfalmente na Basílica vaticana. Em memória a essa proteção da Virgem, que ele tanto invocara no exílio, o Papa instituiu a festa de Maria Auxiliadora dos cristãos no dia 24 de maio, em memória do faustoso acontecimento. Mas o título de Auxiliadora dos cristãos só teve divulgação mundial dessa denominação pelo seu grande devoto: São João Bosco. Ela foi a Senhora de seus sonhos. E seu grande sonho foi erigir-lhe um templo no bairro de Valdocco, periferia de Turim. Vencendo a relutância da administração municipal em aprovar um título muito "papista", a esperteza de Dom Bosco omitiu o nome e solicitou a aprovação apenas "para construir uma igreja em honra de Nossa Senhora".
Assim, em 1862, iniciou a construção da Basílica de Maria Auxiliadora, da qual Maria lhe dissera em sonhos: "Esta é a minha Casa, daqui sairá a minha glória".
Com a soleníssima festa da consagração da Basílica em 9 de junho de 1868, começaram a difundir-se no mundo a glória e a devoção à Auxiliadora, por obra dos filhos de Dom Bosco, e Maria Auxiliadora é hoje conhecida como a "Virgem de Dom Bosco". 
* Dom Edvaldo Gonçalves Amaral, SDB é Arcebispo Emérito de Maceió (foi Bispo Auxiliar de Aracaju – 1975 a 1980)
dedvaldo@salesianorecife.com.br

* Dom Edvaldo Gonçalves Amaral, SDB

Ainda vivendo as alegrias da festa de ‘Nossa Senhora Auxiliadora’, este ano celebrada no dia 25 último (pois no domingo, 24/05, celebrou-se a solenidade da Ascensão do Senhor), convém tecer algumas considerações sobre este título atribuído à Virgem Maria – Auxiliadora dos Cristãos -, sobre o qual, na história da Igreja, podemos distinguir três momentos originários. São eles: a criação do título, a instituição da festa e a propagação da devoção em âmbito mundial.
A origem do título vamos encontrar em 1571, quando da ameaça da invasão da Europa pelos turcos. O Papa São Pio V, o Santo Pontífice que viveu o agitado período do pós-Concílio de Trento, convocou os príncipes cristãos para organizarem uma armada, que enfrentasse o invasor turco e debelasse o perigo muçulmano. Sua confiança maior, porém, era na proteção da Virgem Santa e, por isso, solicitara de toda a cristandade a invocação de Maria mediante a oração do santo Terço. A 7 de outubro daquele ano, deu-se a sangrenta batalha naval perto do golfo de Lepanto, tendo como comandante da esquadra cristã, Dom João d’Áustria, auxiliado por vários outros príncipes da Europa cristã. A vitória foi esmagadora. Em memória desse fato, a Igreja celebra a festa do Rosário no dia 7 de outubro com a invocação de Nossa Senhora das Vitórias. Mas o Papa determinou que nas ladainhas de Nossa Senhora fosse acrescentado o título, até então, desconhecido, de Auxiliadora dos Cristãos. Três séculos depois, o Papa Pio VII fora levado prisioneiro por Napoleão para o castelo de Fontainebleau, na França. Invocando Maria, o Santo Pontífice obteve sua libertação, quando Napoleão foi vencido pelos ingleses e exilado. No dia 24 de maio de 1814, entrava Pio VII em Roma, sendo recebido triunfalmente na Basílica vaticana. Em memória a essa proteção da Virgem, que ele tanto invocara no exílio, o Papa instituiu a festa de Maria Auxiliadora dos cristãos no dia 24 de maio, em memória do faustoso acontecimento. Mas o título de Auxiliadora dos cristãos só teve divulgação mundial dessa denominação pelo seu grande devoto: São João Bosco. Ela foi a Senhora de seus sonhos. E seu grande sonho foi erigir-lhe um templo no bairro de Valdocco, periferia de Turim. Vencendo a relutância da administração municipal em aprovar um título muito "papista", a esperteza de Dom Bosco omitiu o nome e solicitou a aprovação apenas "para construir uma igreja em honra de Nossa Senhora".
Assim, em 1862, iniciou a construção da Basílica de Maria Auxiliadora, da qual Maria lhe dissera em sonhos: "Esta é a minha Casa, daqui sairá a minha glória".
Com a soleníssima festa da consagração da Basílica em 9 de junho de 1868, começaram a difundir-se no mundo a glória e a devoção à Auxiliadora, por obra dos filhos de Dom Bosco, e Maria Auxiliadora é hoje conhecida como a "Virgem de Dom Bosco". 

* Dom Edvaldo Gonçalves Amaral, SDB é Arcebispo Emérito de Maceió (foi Bispo Auxiliar de Aracaju – 1975 a 1980)dedvaldo@salesianorecife.com.br

 

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