Quarta, 12 De Fevereiro De 2025
       
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Bahia e Botafogo na despedida do velho Batistão


Publicado em 09 de junho de 2013
Por Jornal Do Dia


Mais de 15 mil torcedores foram prestigiar o jogo entre Bahia e Botafogo, na despedida do Batistão

Dom José Vicente Távora, Arcebispo Metropolitano, proferiu a benção inaugural do Batistão

Uma despedida histórica. Verdade que os mais de 15 mil torcedores que compareceram ao estádio na noite da quarta-feira 5, não foram ali se despedir do velho Batistão. Foram prestigiar a um grande espetáculo de futebol, que coincidentemente marcou a despedida do Batistão. Foi uma despedida em alto estilo, com casa cheia, gols, muita emoção e o Bahia, quebrando a invencibilidade de 19 jogos do campeão carioca.

A partir da terça-feira 11, o estádio estará sob as ordens da construtora baiana MRM, vencedora da licitação.
Quem vibra com tudo isso é o secretário de esporte Mauricio Pimentel. Entusiasta do esporte e responsável pelos cuidados do Batistão, Pimentel diz que a obra começa mesmo na próxima semana, apesar dos pedidos de adiamento.
– Não temos mais como protelar. É para o bem do futebol sergipano. É um sacrifício que valerá muito a pena. Vamos ganhar um novo estádio, moderno e confortável. Quase tudo aqui será novo. A atual estrutura ficará só na lembrança do torcedor, disse Maurício Pimentel.

Um pouco de história – Fundado em 9 de julho de 1969, com o jogo da Seleção Brasileira x Seleção Sergipana, estádio Lourival Baptista passou por pequenas reformas, mas nunca igual à projetada para agora.

Na sua inauguração, o Batistão recebeu um público grandioso, oficialmente 45.058 pessoas, mas há quem afirme que tinha mais de 50 mil torcedores. Tinha gente até sobre as marquises. A Seleção Brasileira tinha como jogadores principais: Pelé, o sergipano Clodoaldo, Gérson o canhotinha de ouro, Paulo Borges, Paulo César Caju, Toninho Guerreiro, que marcou o primeiro gol no Estádio, Carlos Alberto Torres. Era uma época de ouro e logo depois a seleção Brasileira se tornaria tricampeã mundial em 1970 no México. O primeiro sergipano a marcar um gol no Batistão foi Clodoaldo, vestindo a camisa da Seleção Brasileira.

Jogos importantes – em 1970, o Batistão viveu grandes jogos. A Fonte Nova em Salvador entrou em reforma e o Bahia teve que disputar seus jogos pela Taça de Prata, competição nacional equivalente ao Campeonato Brasileiro no Estádio Estadual Lourival Baptista, o Batistão.

O Batistão foi cenário de jogos dos campeonatos Brasileiros de Futebol, onde os times do Sergipe, Confiança, Itabaiana e River Plate enfrentaram times da elite do futebol brasileiro e muitas vezes saíram vitoriosos como em 1977, quando o Confiança venceu o poderoso Fluminense de Rivelino, Cafuringa, Doval, Marinho Chagas, Rubens Gálaxe, pelo placar de 1×0, gol marcado pelo jogador Luiz Carlos Bossa Nova. O time do Confiança contava na época com jogadores como, o goleiro Zé Luiz, Tinteiro (ex-jogador do Flamengo), Fiscina, Cacau, Joãozinho da Mangueira, que depois jogou no Corinthians e chegou a ser convocado para a Seleção Brasileiro de Novos, conforme relato do professor Everaldo Marques de Sousa, da cidade de Estancia.

O torcedor sergipano não pode esquecer dos grandes jogos entre Sergipe e Confiança com casa cheia. O Batistão por mais de uma vez superou 20 mil torcedores. Era uma época de ouro do futebol sergipano nas memoráveis disputas entre o zagueiro Onça pelo Sergipe e o artilheiro Nunes, pelo Confiança.    

Palco de jogos internacionais – Mais recente, nas comemorações dos 50 anos da Petrobrás, o Batistão recebeu a visita de dois times de prestígio mundial, no dia 15 de novembro de 2003, o Clube de Regatas Flamengo do Rio de Janeiro e o Racing da Argentina, em jogo que terminou com a vitória do time carioca

pelo marcador de 2×1.
O Batistão também foi palco de um jogo internacional válido pela Taça Independência, no dia 13 de Junho de 1972, quando a Seleção da Colômbia derrotou a Seleção da CONCACAF pelo placar de 4×3. As seleções de Gana, Tchecoslováquia, Estados Unidos, também passaram pelo gramado do Batistão.

Do torcedor sergipano fica a lembranças desses grandes jogos, verdadeiros espetáculos que enchiam a nossa principal praça de esportes. Um detalhe importante: foi a partir do advento do Batistão, que surgiram os grandes estádios do futebol nas regiões Norte-Nordeste, sempre com os nomes no aumentativo, dando a noção de grandeza.

No rastro do nosso "Colosso da Praia" vieram o Trapichão, em Maceió, Almeidão e Amigão, na Paraíba, Castelão em Fortaleza, Mangueirão em Belém, Vivaldão em Manaus, entre outros.

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