Sexta, 14 De Fevereiro De 2025
       
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Baixa cobertura da vacina contra pólio preocupa em Aracaju


Publicado em 30 de agosto de 2022
Por Jornal Do Dia Se


Foto: Marcelle Cristinne

A vacinação é a única forma de prevenção de doenças como a poliomielite, enfermidade que pode provocar graves sequelas, que foi erradicada do país em 1994, mas que corre o risco de retornar por conta dos baixos índices de adesão às campanhas de imunização nos últimos anos. Sendo assim, a Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), tem ampliado os esforços para aumentar o número de crianças vacinadas.
O município aderiu ao calendário nacional de vacinação ligado à poliomielite, ainda no início de agosto, tendo como público-alvo crianças abaixo de 5 anos, ofertando o imunizante de maneira ampla.
“A campanha teve início no dia 8 de agosto e vai até 9 de setembro, e precisamos atingir 95% de cobertura vacinal. Hoje, Aracaju conta com apenas 26,15%. Nosso público-alvo é de crianças entre um e menos de 5 anos. A vacina serve para prevenir a paralisia infantil. Ela está disponível em todas as 45 Unidades Básicas de Saúde e, também, nos shoppings”, explica a coordenadora de Imunização, Larissa Ribeiro.
Para garantir o acesso à vacinação, os pais ou responsáveis devem levar documento com foto, caderneta de vacina, documento da criança e comprovante de residência ao local selecionado.
Como a poliomielite é uma doença incapacitante e que pode matar, se faz urgente que as taxas de imunização voltem a crescer no país e, para isso, todo cidadão deve cooperar e o poder público criar condições para o sucesso desta iniciativa.
“A vacinação diminui a circulação do vírus entre a população, diminuindo, também, o risco de infecção e transmissão. O Brasil, assim como quase toda a América, está em alto risco de retorno da doença, pelo fato do vírus existir de maneira endêmica e em forma de surtos em outros continentes, da globalização e das baixíssimas coberturas vacinais”, ressalta a infectologista da SMS, Fabrízia Tavares.
Ainda de acordo com a especialista, é importante que a população tenha em mente que a campanha não se trata apenas de “números a serem alcançados”, mas, sim, da quantidade de pessoas protegidas ou não, sob o risco iminente de adoecerem e transmitirem o vírus para outros.
Além disso, como há uma geração de pais que nunca viu alguém com poliomielite, existe uma falsa sensação de segurança, que os faz pormenorizar os riscos. No entanto, a busca pela imunização contra a poliomielite deve ser uma prioridade, para que se garanta a segurança das crianças agora e no futuro.

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