BANCOS REDUZEM DINHEIRO EM CASH

Várias medidas serão tomadas para conter a onda de explosões em caixas eletrônicos de agências bancárias do interior do estado. Elas foram discutidas ontem à tarde, durante reunião entre dirigentes da Secretaria da Segurança Pública (SSP), da Polícia Federal e dos quatro bancos públicos que atuam em Sergipe (Banese, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste). Neste ano, a SSP registrou 15 casos de explosões a unidades financeiras, sendo 14 no interior e um na capital. Cinco dos registros aconteceram em pontos de atendimento bancário.
"Estamos aqui discutindo estratégias para que possamos frear esse tipo de evento que hoje infelizmente é uma realidade em muitas cidades brasileiras. Para se ter uma ideia, no estado da Paraíba só esse ano foram registrados mais de 100 explosões em instituições financeiras", destacou o secretário de Segurança Pública, João Eloy de Menezes.
Ele afirmou ainda que as investigações para apurar os casos estão em curso, coordenadas pelo Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope) com o apoio da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol) e Comando de Operações Especiais da Polícia Militar (COE). "Estamos trabalhando bastante para prender esses criminosos. Ações estão sendo realizadas diariamente para evitar novos crimes e esperamos dar uma resposta no tempo certo", lembrou Eloy.
Durante a reunião ficou acertado que a Polícia Federal, com o apoio da Polícia Civil, irá intensificar a fiscalização nas unidades das instituições bancárias com o intuito de cobrar a aplicação mínima de mecanismos de segurança como: alarmes, câmeras, sensores de segurança entre outros. Todos eles estão previstos na Lei Federal 7.102/83, que rege a segurança bancária. "A reunião foi muito importante para estreitar os laços com a SSP. A fiscalização já é feita pela Polícia Federal e agora será intensificada para que as agências cumpram com a Lei e possam funcionar. Vamos observar se existem os itens mínimos de segurança exigidos. O não cumprimento da lei prevê advertência, multa e até fechamento da unidade bancária", destacou o delegado da Polícia Federal, Juan Almeida.
Os representantes dos bancos prometeram também tomar medidas para melhorar a segurança, como o fechamento das portas de autoatendimento mais cedo e a diminuição de numerário nos caixas. Além disso, foi acordado que caso aconteça novos eventos a informação tem que ser passada rapidamente, através de telefones específicos para atender o caso do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp), pois, nos últimos casos, a polícia só foi acionada após uma média de 30 minutos.