Belivaldo prorroga decreto, mas libera nove setores

O governador Beli valdo Chagas  anunciou a prorrogação do decreto estadual de emergência contra o coronavírus, que passa a valer por mais uma semana, até o dia 24. No entanto, ao contrário que vinha sendo sinalizado anteriormente, o novo decreto flexibilizou algumas medidas relacionadas ao funcionamento de alguns setores do comércio em Sergipe. A atualização do decreto foi divulgada ontem à tarde e será publicada na edição de amanhã do Diário Oficial do Estado. A decisão segue a nova orientação de avaliar a situação epidemiológica do estado a cada semana, para avaliar o comportamento dos casos da doença e da transmissão comunitária do coronavírus. 
Em coletiva de imprensa, ele voltou a frisar que as decisões estão baseadas nos mais recentes dados técnicos e científicos. "Vamos avaliar a necessidade de ampliar ou não o decreto de semana a semana. Todas as quintas-feiras terei reunião com as equipes técnicas e científicas e as decisões serão tomadas com responsabilidade, com base nesses dados e critérios. Eu não estou fazendo nada disso porque estou achando bonito. Eu estou apenas seguindo o que os médicos e especialistas me dizem o que é pra fazer", reforçou o governador, reforçando o pedido para que o isolamento social seja respeitado pela maioria da população. "A recomendação geral, no momento, para quem pode, ainda é ficar em casa e manter o distanciamento social", apelou.
O novo decreto mantém o isolamento social e a proibição das atividades consideradas não-essenciais, mas abre exceção para hotéis, motéis e pousadas. Elas podem abrir e admitir hóspedes, mas devem proibir o funcionamento das áreas comuns de lazer, como restaurantes, bares e salas de auditório. O funcionamento destes locais passa a ser autorizado mediante rigorosas medidas de cuidados com colaboradores e clientes, de acordo com os protocolos de segurança recomendados pelas autoridades sanitárias e de saúde.
Outras oito categorias do comércio também poderão funcionar, seguindo os critérios de higiene e distanciamento social especificados no decreto: lojas de material de construção; imobiliárias; concessionárias de veículos; lojas de auto-peças; cartórios e tabelionatos; escritórios de arquitetura e engenharia; empresas de assistência técnica e óticas. Os estabelecimentos comerciais citados, no entanto, não poderão estar localizados em shoppings centers, galerias ou centros comerciais. 
Dentre os critérios a serem seguidos para o funcionamento destes locais destacam-se: a limitação de vagas do estacionamento para veículos, implantação de controle fiscalizatório; controle de acesso, limitação do número de clientes, disponibilização de produtos sanitizantes para o público em geral, como fornecimento de álcool a 70%, higienização de superfícies de contato e obrigatoriedade de fornecimento e uso de máscaras pelos clientes; dentre outros.
A proteção integral aos empregados também deve ser garantida, inclusive, com uso obrigatório de equipamento de proteção individual de acordo com a atividade laboral, e de máscaras. Fica recomendado, ainda, o uso de máscaras pela população em geral nos casos de circulação em áreas públicas e de uso comum. "Todos devem adotar medidas preventivas e evitar aglomerações. E fica determinado o uso de máscara para todos os que forem trabalhar nesses serviços que forem liberados. Recomendamos que toda a população use máscaras, como forma de proteção", frisou Belivaldo.
Já as universidades e faculdades, das redes de ensino pública e privada, permanecem suspensas até o dia 30 de abril de 2020, quando o governador anunciará, a partir das informações do período, se a reabertura será autorizada ou não. Ambas as redes já tinham decidido antecipar as férias escolares de junho para o período da quarentena.