O decreto estadual que
autorizava o funcio
namento de parte do comércio em Sergipe, flexibilizando o isolamento social, está praticamente revogado. O anúncio do recuo na decisão tomada na segunda-feira foi feito ontem, em coletiva de imprensa, pelo governador Belivaldo Chagas e pelo prefeito Edvaldo Nogueira. Os gestores levaram em conta os alertas feitos pelos técnicos e especialistas da área de Saúde, a partir de dados da Secretaria Estadual de Saúde que apontaram uma disparada no número de casos confirmados do coronavírus. Segundo os dados que foram enviados pela SES ao Ministério da Saúde, Sergipe fechou o balanço diário com 447 pacientes infectados, sendo 110 casos a mais que no boletim anterior.
Com esta decisão, fica proibido o funcionamento de imobiliárias, concessionárias de veículos, escritórios de arquitetura e de advocacia, lojas de tecidos e armarinhos, que já tinham sido liberados em decretos anteriores, nos dias 16 e 29 de abril. Também fica suspensa a retomada das atividades pelas lojas de cosméticos, perfumarias, relojoarias, móveis e eletrodomésticos, prevista para a próxima segunda-feira, 2 de maio, e também pelas papelarias, livrarias e lojas de climatizadores, prevista para o dia 4 de maio. As joalherias e relojoarias também tiveram a sua autorização de funcionamento revogada, em um decreto publicado ontem mesmo pelo Diário Oficial, após a constatação de que os casos de coronavírus na região de Itabaiana, que mais concentra esse tipo de atividade em Sergipe, saltoude seis para 14 casos em menos de quatro dias.
Belivaldo explicou que quando o Estado permitiu a abertura de alguns segmentos do comércio o fez a partir do princípio que os segmentos selecionados não gerariam aglomeração e exigindo o cumprimento das recomendações preventivas dos órgãos de Saúde. "Muitos deturparam esse entendimento e houve exagero. Então vamos revogar, como havíamos dito desde princípio que faríamos caso os nossos técnicos nos orientasse a isso, houvesse alguma alteração de rumo ou as pessoas não respeitassem os limites que impusemos", disse o governador.
O chefe do executivo estadual destacou, ainda, sua preocupação com o número crescente de casos no estado, embora Sergipe esteja se preparando para adequar a rede hospitalar para o atendimento dos contaminados. "Chegamos à conclusão que não está havendo, por parte de uma boa parcela da sociedade, a ainda compreensão da gravidade da Covid-19. Editamos decretos duros, com pouquíssima flexibilização. Nossa preocupação é com a capacidade da rede hospitalar pública e privada, a qual estamos trabalhando para ampliar. Nesse momento, temos 85 leitos de UTI e, até ontem, 15 estavam ocupados e 70 desocupados. Eram 223 leitos de enfermaria só para coronavírus e tínhamos cerca de 20 ocupados", pontuou.
O recuo na flexibilização do decreto foi alvo de uma ação judicial movida pelos ministérios públicos Federal, Estadual e do Trabalho, que apresentaram um pedido de julgamento da questão ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), em Recife (PE), alegando que o estado ainda não tem estrutura suficiente para atender a um aumento rápido dos casos da doença. A revogação também foi pedida pelo próprio Edvaldo e por prefeitos do interior, como a de Lagarto, Hilda Ribeiro. Em um comunicado, ela disse que vários municípios apresentaram crescimento nos casos de coronavírus através de transmissão comunitária, entre os próprios moradores, e que os hospitais de campanha poderão demorar a receber os pacientes, causando assim um colapso na rede de Saúde em Sergipe.
O prefeito da capital, por sua vez, disse que o decreto da última segunda-feira foi mal interpretado pela população, que passou a sair mais para as ruas. "As pessoas optaram por entender como um ‘liberou geral’. Como essa má interpretação coincidiu com o aumento de casos, vim pessoalmente conversar com o governador e solicitar a revogação do decreto. (…) A restrição da circulação das pessoas precisa ser estendida para que possamos ganhar mais tempo", destacou Edvaldo. Ao atender aos pedidos, Belivaldo incluiu um item no decreto para permitir que cada prefeito possa endurecer as medidas de isolamento social, acordo com a realidade de cada município.
O decreto estadual que autorizava o funcio namento de parte do comércio em Sergipe, flexibilizando o isolamento social, está praticamente revogado. O anúncio do recuo na decisão tomada na segunda-feira foi feito ontem, em coletiva de imprensa, pelo governador Belivaldo Chagas e pelo prefeito Edvaldo Nogueira. Os gestores levaram em conta os alertas feitos pelos técnicos e especialistas da área de Saúde, a partir de dados da Secretaria Estadual de Saúde que apontaram uma disparada no número de casos confirmados do coronavírus. Segundo os dados que foram enviados pela SES ao Ministério da Saúde, Sergipe fechou o balanço diário com 447 pacientes infectados, sendo 110 casos a mais que no boletim anterior.
Com esta decisão, fica proibido o funcionamento de imobiliárias, concessionárias de veículos, escritórios de arquitetura e de advocacia, lojas de tecidos e armarinhos, que já tinham sido liberados em decretos anteriores, nos dias 16 e 29 de abril. Também fica suspensa a retomada das atividades pelas lojas de cosméticos, perfumarias, relojoarias, móveis e eletrodomésticos, prevista para a próxima segunda-feira, 2 de maio, e também pelas papelarias, livrarias e lojas de climatizadores, prevista para o dia 4 de maio. As joalherias e relojoarias também tiveram a sua autorização de funcionamento revogada, em um decreto publicado ontem mesmo pelo Diário Oficial, após a constatação de que os casos de coronavírus na região de Itabaiana, que mais concentra esse tipo de atividade em Sergipe, saltoude seis para 14 casos em menos de quatro dias.
Belivaldo explicou que quando o Estado permitiu a abertura de alguns segmentos do comércio o fez a partir do princípio que os segmentos selecionados não gerariam aglomeração e exigindo o cumprimento das recomendações preventivas dos órgãos de Saúde. "Muitos deturparam esse entendimento e houve exagero. Então vamos revogar, como havíamos dito desde princípio que faríamos caso os nossos técnicos nos orientasse a isso, houvesse alguma alteração de rumo ou as pessoas não respeitassem os limites que impusemos", disse o governador.
O chefe do executivo estadual destacou, ainda, sua preocupação com o número crescente de casos no estado, embora Sergipe esteja se preparando para adequar a rede hospitalar para o atendimento dos contaminados. "Chegamos à conclusão que não está havendo, por parte de uma boa parcela da sociedade, a ainda compreensão da gravidade da Covid-19. Editamos decretos duros, com pouquíssima flexibilização. Nossa preocupação é com a capacidade da rede hospitalar pública e privada, a qual estamos trabalhando para ampliar. Nesse momento, temos 85 leitos de UTI e, até ontem, 15 estavam ocupados e 70 desocupados. Eram 223 leitos de enfermaria só para coronavírus e tínhamos cerca de 20 ocupados", pontuou.
O recuo na flexibilização do decreto foi alvo de uma ação judicial movida pelos ministérios públicos Federal, Estadual e do Trabalho, que apresentaram um pedido de julgamento da questão ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), em Recife (PE), alegando que o estado ainda não tem estrutura suficiente para atender a um aumento rápido dos casos da doença. A revogação também foi pedida pelo próprio Edvaldo e por prefeitos do interior, como a de Lagarto, Hilda Ribeiro. Em um comunicado, ela disse que vários municípios apresentaram crescimento nos casos de coronavírus através de transmissão comunitária, entre os próprios moradores, e que os hospitais de campanha poderão demorar a receber os pacientes, causando assim um colapso na rede de Saúde em Sergipe.
O prefeito da capital, por sua vez, disse que o decreto da última segunda-feira foi mal interpretado pela população, que passou a sair mais para as ruas. "As pessoas optaram por entender como um ‘liberou geral’. Como essa má interpretação coincidiu com o aumento de casos, vim pessoalmente conversar com o governador e solicitar a revogação do decreto. (…) A restrição da circulação das pessoas precisa ser estendida para que possamos ganhar mais tempo", destacou Edvaldo. Ao atender aos pedidos, Belivaldo incluiu um item no decreto para permitir que cada prefeito possa endurecer as medidas de isolamento social, acordo com a realidade de cada município.