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BOLSONARO CUMPRIU SEU PAPEL E AGORA NÃO SABEM O QUE FAZER COM ELE?


Publicado em 18 de julho de 2024
Por Jornal Do Dia Se


* Rômulo Rodrigues

A elite brasileira errou feio em atropelar o período democrático que o Brasil vivenciava desde 2003, com crescimento sustentável, inclusão social e prevalência do Estado Democrático de Direito, por um grotesco golpe de estado, sem um estadista para comandá-lo.
Embora estivesse lucrando mais que em qualquer outro período histórico, optou pela quebra da normalidade em nome da ganância e da usura e usou da tática da violência para se apoderar da chave do tesouro e do cofre do Banco Central, deixando muito claro que o que lhe interessa é somente o dinheiro, muito dinheiro; todo o dinheiro!
Só que, ficou latente que a podre elite não conseguiu ao longo de décadas de conspiração contra a democracia, nem no meio civil, nem no meio militar, formar alguém, homem ou mulher, que consiga enxergar e aceitar que a etapa da escravidão ficou muito para trás.
No melhor momento em que o país se fortalecia, com robustez em todos os parâmetros de desenvolvimento econômico e social, ao longo de toda história republicana, deram um golpe de estado derrubando uma mulher honesta e qualificada, muito por ser mulher, entregando a direção do país a um crápula, sem nenhuma condição de manter os níveis de civilidade, desenvolvimento e autonomia.
Foi então que mostraram suas competências em destruir tudo que fora erguido e conquistado e recorreram a um velho ditado popular pernambucano, botaram-no na presidência dizendo: “Olha aí Bolsonaro; se só tem tu, vai tu mesmo”.
E é isso que ele fez e está fazendo e dizendo, se vocês queriam a mais pura bagunça, ela está aí; agora arranjem lugares para minha rica família viver em paz.
Todos vocês sabiam que sempre fui um delinquente, um militar medíocre que fui eleito 7 vezes deputado federal pelas milícias do Rio de Janeiro, de quem nunca foi cobrado responsabilidade alguma, que meu conceito de família é trocar de mulher a qualquer momento, casar com corrimão de escada e ensinar aos filhos que o que vale na vida é se dar bem.
Não é do desconhecimento de ninguém que com nossa presença o palácio residencial da presidência da República foi muito aviltado e na nossa saída, esvaziamos a lâmina da água para a coleta de moedas que resultou em morte das carpas que foram presentes de uma nação amiga, o que reforça nosso conceito de honestidade.
Já o de pátria, é o que está sendo mostrado, consideramos tudo que foi doado como presente ao país como da família e vendemos para incorporar os valores ao nosso patrimônio.
Nosso conceito de liberdade é igual ao de vocês da elite que deram um golpe híbrido, me botaram na presidência onde quebrei o país, deixei morrer 700 mil pessoas, mandei 30 milhões de volta ao mapa da fome, roubamos e traficamos tudo que foi possível em joias, deixando militares das forças armadas contrabandearem cocaína, se exibindo sem pudor algum e agora a justiça comunista quer condenar como crimes.
Pois é, liberdade é para quem pode, e meus filhos podem comprar imóveis com dinheiro vivo, praticar rachadinhas e fazer quantas travessuras quiserem, porque são filhos de quem cumpria missão designada por vocês chefes do partido midiático e do sagrado mercado.
Agora, estão querendo me crucificar, escondendo os escombros do que provocaram jogando toda culpa para cima de mim e dos meus meninos?
Vejam, não tenho culpa se o candidato Donald Trump, lá nos EUA, faz as coisas de maneira torta, só para chamar a atenção.
Tenha jeito de fakeada ou de balaiada um fato tem que ser levado em conta; o atentado contra o galego, pela sua relevância mostrou enorme diferença com as coisas da província; no pico da gravidade nas exposições midiáticas, em nenhum momento se viu, ouviu ou leu alguma manifestação de alguém da cúpula militar das forças armadas de lá.
E o motivo parece óbvio, aqueles sujeitos com os peitos todos cheios de condecorações representam estamentos militares que produzem e participam de guerras contra inimigos externos e para não parecerem tão maus, em alguns países, como o Brasil, mandam seus subordinados praticarem a guerra interna ou, melhor dizendo, elegerem como seu inimigo, o próprio povo.

* Rômulo Rodrigues, sindicalista aposentado, é militante político

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