Bombeiros investigam incêndio que deixou três feridos em Glória

Seguem recebendo acompanhamento especializado as três pessoas que inalaram amplo volume de fumaça provocada por um incêndio que destruiu parte de uma fábrica de móveis instaladas no município de Nossa Senhora da Glória, região do Alto Sertão Sergipano. Os três pacientes acolhidos inicialmente no Hospital Regional, são funcionários do polo produtivo. Com base em informações compartilhadas pelos representantes da fábrica, o setor de perícia do Corpo de Bombeiros Militar (CBM/SE), acredita que as chamas foram iniciadas na área de armazenamento do pó de serra. Ao chegar no local indicado, os agentes constataram que os focos do incêndio foram parcialmente controlados pelos próprios funcionários da fábrica.

A expectativa por parte dos profissionais envolvidos na investigação é que em até 30 dias úteis, um laudo indicando as causas das chamas seja apresentado aos proprietários do estabelecimento; caso a equipe técnica avalie necessário, este prazo pode ser estendido por mais um mês. A princípio, os estudos partem da perspectiva de falha operacional no sistema de energia, fato este, que poderia ter provocado curto circuito na rede e faíscas em um espaço de ampla vulnerabilidade. No decorrer destas investigações, os três funcionários hospitalizados – bem como os demais trabalhadores que flagraram o incêndio -, serão convidados a prestar depoimentos que contribuam com as análises.

Os problemas provocados pela inalação da fumaça de queimadas mais leves são dor e ardência na garganta, tosse seca, cansaço, falta de ar, dificuldade para respirar, dor de cabeça, rouquidão e lacrimejamento e vermelhidão nos olhos. A poluição das queimadas atinge as vias respiratórias, agravando os quadros de doenças prévias, como rinite, asma, bronquite e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Ela pode ainda causar problemas mais graves, como insuficiência respiratória e pneumonia, além de alergia. Os efeitos variam conforme a proximidade dos focos e o tempo de exposição. Podem ir de quadros alérgicos ao câncer, quando o indivíduo é exposto de forma contínua à fumaça.