Brasil grande
Publicado em 03 de junho de 2020
Por Jornal Do Dia
O Ministério do Meio Ambiente anunciou on- tem o repasse de R$ 11 milhões para municíi pios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rondônia e Mato Grosso do Sul. A medida faz parte do programa Lixão Zero e deve financiar projetos que visem melhoria da gestão dos resíduos, a implementação de coleta seletiva de secos e orgânicos, redução dos resíduos enviados para aterros e o aumento dos índices de reciclagem.
Infelizmente, a gestão de resíduos sólidos não é problema exclusivo do sul do Brasil. Aqui mesmo em Sergipe, por exemplo, há ainda muito a ser feito a fim de dar um destino adequado ao lixo. País a dentro, não é diferente.
Depois de 20 anos de tramitação legislativa, o Brasil aprovou, em agosto de 2010, a lei 12.305 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e estabeleceu, entre as metas imediatas mais urgentes, a extinção dos lixões até o final de 2014. As dificuldades inerentes à natureza colossal do desafio impediram a realização de tal propósito.
Sergipe foi o quinto entre todos os estados brasileiros a concluir a redação do Plano Estadual de Resíduos Sólidos, o primeiro a elaborá-lo com recursos do Ministério do Meio Ambiente. A partir de então, com a criação de quatro Consórcios Públicos Intermunicipais de Saneamento Básico, esperava-se que os prefeitos colocassem mãos à obra, dando efeito prático à política de resíduos sólidos em seus respectivos municípios. Até o momento, no entanto, pouca coisa saiu do papel.
O Brasil é grande. O investimento realizado pelo Ministério do Meio Ambiente é acertado. Precisa, no entanto, abranger o País inteiro.