Quarta, 15 De Janeiro De 2025
       
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Brasil na Presidência dos BRICS em 2025


Publicado em 11 de janeiro de 2025
Por Jornal Do Dia Se


Conforme informado pela Presidência da República do Brasil, o nosso país está assumindo em 2025, o foro de cooperação política e econômica do Sul Global, que na visão do governo, irá reforçar o compromisso por uma governança global mais sustentável e inclusiva, estímulo à cooperação econômica e por financiamento contra as mudanças do clima.
A informação oficial do Governo refere-se ao fato do Brasil em 2025, mais uma vez, a quarta, assumir a presidência do BRICS, que é um grupo de países de mercado emergente em relação ao seu desenvolvimento econômico. Importante registrar que este grupo de países não forma um bloco econômico, como é o caso da União Europeia e Mercosul, é um grupo de aliança política para fortalecimento geopolítico dos seus integrantes.
O grupo iniciou com a sigla BRIC, representando as letras iniciais dos fundadores, Brasil, Rússia, Índia e China, sendo o S acrescido depois com a admissão da África do Sul (em inglês: South África). Registre-se que em 1 de janeiro de 2024 também entraram no BRICS, Egito, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Etiópia e Irã.
O governo brasileiro informa que sob o lema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global por uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”, a presidência brasileira vai atuar em dois eixos principais: Cooperação do Sul Global e a Reforma da Governança Global.
As cinco agendas prioritárias definidas pelo Brasil são:
1) facilitação do comércio e investimentos entre os países do agrupamento, por meio do desenvolvimento de meios de pagamento;
2) promoção da governança inclusiva e responsável da Inteligência Artificial para o desenvolvimento;
3) aprimoramento das estruturas de financiamento para enfrentar as mudanças climáticas, em diálogo com a COP 30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025);
4) estímulo aos projetos de cooperação entre países do Sul Global, com foco em saúde pública; e
5) fortalecimento institucional do BRICS.
Na divulgação do Governo Brasileiro, consta que como país anfitrião, o Brasil é responsável por organizar e coordenar as reuniões dos grupos de trabalho que compõem o agrupamento e reúnem representantes dos países membros para debater as prioridades da presidência de turno. Para isso, há mais de 100 reuniões previstas para acontecer entre fevereiro e julho, em Brasília. Já a Cúpula do BRICS, espaço de deliberação entre chefes de Estado e Governo, está programada inicialmente para julho, no Rio de Janeiro. A duração do mandato brasileiro é de um ano e se encerra em 31 de dezembro de 2025.
Cabe registrar que no ano passado (2024), a Presidência dos BRICS estava sob a Rússia que instituiu como lema “Fortalecer o multilateralismo para um desenvolvimento global equitativo e segurança”.
Um fator que é importante que pode atrair os olhares de muitos países aqui no Brasil em 2025, em face da Presidência do país no BRICS é o fortalecimento das ações deste grupo que atrai cada vez mais apoiantes com ideias semelhantes. Questões relativas à igualdade soberana, respeito pela escolha do próprio caminho de desenvolvimento, consideração mútua de interesses, abertura, consenso, desejo de forma uma ordem mundial multipolar e um modelo justo do sistema financeiro e comercial global, busca de soluções coletivas aos maiores problemas da atualidade, fizeram parte das tratativas do BRICS em 2024 e que deverá se prolongar em 2025.
O BRICS já implementou algo relevante para os seus integrantes e que tem sido importante no financiamento de ações desenvolvimentistas, que foi a criação de um banco, o Novo Banco de Desenvolvimento – NDB (em inglês: New Development Bank), criado em 2015, portanto completando 10 anos criação em 2025, o Novo Banco de Desenvolvimento é um banco multilateral de desenvolvimento que visa mobilizar recursos para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países do BRICS e em outras economias (mercados emergentes e países em desenvolvimento.
Atualmente o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) tem como Presidente – Dilma Rousseff (ex-presidente do Brasil) que é a chefe da equipe operacional do Banco e conduz, sob a direção dos Diretores, os negócios ordinários do Banco.
Citando uma das últimas operações realizadas com o Brasil, o NBD aprovou em 23 de outubro de 2024, um projeto de modernização da infraestrutura de distribuição de energia elétrica, com a Companhia Paulista de Força e Luz que sob concessão de longo prazo, fornece serviços de distribuição de energia em 234 municípios no Estado de São Paulo, cobrindo uma área de mais de 90 mil km2 e uma população de cerca de 10,3 milhões. O Projeto financiado pelo NDB servirá para a implementação de um projeto que ajudará a Companhia a expandir e atualizar a infraestrutura de distribuição de energia, obter ganhos de eficiência e fornecer acesso à eletricidade para residências atualmente não atendidas, registre-se que o projeto deve aumentar a conectividade para mais de 370.000 residências contribuindo assim para a meta de fornecer acesso universal à eletricidade no Brasil. O financiamento do NDB foi de R$ 1.041 milhões, mas o projeto também consta com outras fontes que totalizam R$ 5.098 milhões. Isto é só um exemplo do ganho da existência do BRICS e da estruturação de mais um banco para fomentar a economia dos seus membros.
Que a Presidência do BRICS sob o comando do Brasil em 2025, seja capaz de contribuir para melhorar a situação econômica global, reduzindo desigualdades entre as nações e evidenciando o poder transformador da união e da solidariedade entre os povos.

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