A seleção brasileira enfrentará o Japão este sábado, no estádio nacional Mané Garrincha, em Brasília, no jogo de abertura da Copa das Confederações e quer passar uma boa impressão, para ganhar confiança para o restante da competição. Esta será a primeira partida oficial entre seleções, organizada em um dos 12 estádios que receberão o Mundial de 2014.
A um ano da maior competição de futebol do planeta, a Copa das Confederações serve de ensaio geral, tanto para o Comitê Organizador Local quanto para a equipe comandada pelo técnico Luiz Felipe Scolari. A seleção vem embalada após a vitória por 3 a 0 sobre a França do último domingo em Porto Alegre, a primeira sobre um adversário de peso desde 2009.
O Brasil nunca perdeu para o Japão jogando com a seleção principal. Foram sete vitórias e dois empates, ambos justamente em confrontos válidos pela Copa das Confederações. Em 2001, ficou no 0 a 0, resultado que eliminou os comandados do técnico Emerson Leão na primeira fase.
Em 2005, a seleção brasileira apenas empatou em 2 a 2 com os japoneses, mas mesmo assim avançou às semifinais e acabou conquistando o título ao golear a Argentina por 4 a 1 na final. No entanto, o Japão já derrotou o Brasil na estreia de uma competição importante. Nos Jogos Olímpicos de Atlanta-1996, a seleção nipônica venceu por 1 a 0.
Pé direito – Para estrear na Copa das Confederações com o pé direito, a seleção pode se inspirar no último confronto entre as duas equipes. Em outubro do ano passado, goleou o Japão por 4 a 0 em um amistoso disputado em Wroclaw, na Polônia, em uma de suas melhores exibições sob o comando de Mano Menezes.
"O Brasil tem uma equipe muito forte e temos que impedir que repita o que fez na Polônia. Vamos fazer de tudo para causar uma impressão melhor desta vez, porque tem muito mais em jogo", explicou o volante Yasuhito Endo.
Em coletiva de imprensa realizada na quinta-feira, o jovem craque Neymar devolveu os elogios e deixou claro que encara o jogo com cautela.
"É uma grande seleção, que vem evoluindo muito. Honda e Kagawa são dois grandes craques. Todo mundo deve ficar esperto e vamos ver o que o professor Felipão vai nos passar", afirmou o camisa 10 da seleção, referindo-se a Keisuke Honda, do CSKA, e a Shinji Kagawa, do Manchester United.
Para a partida deste sábado, Felipão deve optar por uma escalação parecida com a que começou o jogo contra a França no último domingo.
Na primeira parte da movimentação do treino de ontem, Felipão passou jogadas ofensivas para o time titular. A atividade principal começava com os zagueiros e terminava em cruzamentos dos laterais para a área. Coube ao atacante Fred realizar a maior parte das finalizações. No gol estava o reserva Diego Cavalieri, enquanto Julio César e Jefferson ficaram no outro lado do campo.
No momento em que o treinador passava as instruções à equipe, o sistema de irrigação do gramado foi ligado, pegando todos de surpresa. Os jogadores, que ficaram molhados, brincaram com a situação.
Já sem a "chuva" inesperada, Scolari modificou o esquema tático e alguns jogadores. David Luiz passou a atuar à frente de Thiago Silva e Dante. Em seguida, Fernando passou a exercer essa função, com todos os demais reservas em campo.
No final, ainda sobrou tempo para treinos de finalizações e cobranças de falta. David Luiz, Neymar, Lucas e Hulk foram os mais requisitados nas bolas paradas e tiveram um aproveitamenteo apenas regular
O Brasil deve iniciar a partida com Júlio César no gol, Marcelo e Daniel Alves nas laterais. A dupla de zaga será formada por David Luiz e Thiago Silva, enquanto Luiz Gustavo e Paulinho serão os volantes. Oscar fará a articulação das jogadas e Hulk, Neymar e Fred formarão o trio de ataque. Durante os treinos desta semana, Felipão testou diversas vezes uma formação com David Luiz atuando como volante.