Quarta, 15 De Janeiro De 2025
       
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Cada candidato com a sua bengala


Publicado em 04 de outubro de 2020
Por Jornal Do Dia


Pintura do artista sergipano François Hoald

Nestas eleições, não há medalhões 
na disputa pela Prefeitura de Ara
caju. Os principais candidatos exibem apoios consistentes, mas acabou a época em que grandes lideranças participavam diretamente do pleito. As três maiores forças políticas da capital, todas ex-prefeitos, não estão mais na ativa: Marcelo Déda, campeão de votos em sucessivas eleições, morreu em 2013; João Alves Filho manchou a sua memória com a desastrada administração na capital entre 2013 e 2016, talvez já em função dos problemas de saúde que enfrenta hoje; Jackson Barreto perdeu a eleição para o Senado em 2018 e o desgaste natural pela idade impõem limites a sua atuação.
A morte de Déda, no entanto, não impede que o PT e outros candidatos no campo progressista usem o seu nome como exemplos de administração, postura e trato com a coisa pública. Márcio Macêdo também se cerca do ex-presidente Lula, que deverá ter participação ativa na campanha. Semana passada, Lula já esteve em Recife onde comandou um grande ato em favor de Marília Arraes. O ex-presidente é uma liderança forte em todo o Nordeste e em Aracaju não é diferente. A questão principal é saber se a memória de Déda e a força de Lula serão suficientes para alavancar uma candidatura que, ao menos até agora, não vem demonstrando muita consistência.
A delegada Danielle Garcia, do Cidadania, não tem a proteção dos três caciques locais, mas é a favorita do senador Delegado Alessandro Vieira, eleito pela onda policialesca de 2018 puxada pelo presidente Jair Bolsonaro. E é o próprio presidente o seu principal cabo eleitoral, mesmo com as divergências assumidas pelo senador em relação ao governo federal a partir da demissão do ex-juiz Sérgio Moro do Ministério da Justiça, e com a apresentação de outros candidatos que exigem a marca de ‘bolsonaristas’. Danielle participou da equipe de Moro e hoje não gosta de ver o seu nome relacionado com o ex-juiz da Lava Jato. Prefere a ligação com Bolsonaro, mais popular no Nordeste em função das seis parcelas de R$ 600 do auxílio emergencial, pagas em função da pandemia da covid-19.
Outra delegada, Georlize Teles (DEM), se sustenta usando o nome de João Alves. Ela integrou a sua equipe tanto no governo do estado quanto na malfadada gestão na Prefeitura de Aracaju. Sem a presença do ex-governador em seu palanque, no entanto, será um apelo difícil, mesmo que a senadora Maria do Carmo Alves venha a fazer isso.
O prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), que disputa a reeleição, já foi eleito com a força de Marcelo Déda em 2008 e com a proteção de Jackson em 2016. Hoje mantém em seu palanque o próprio JB, o governador Belivaldo Chagas, vereadores, deputados federais, deputados estaduais e lideranças expressivas dos 10 partidos que integram a sua coligação. Este ano, no entanto, seu principal patrono é a gestão que executa no comando da Prefeitura de Aracaju.
Edvaldo Nogueira reassumiu a PMA em 2017 numa situação extremamente crítica, como ele mesmo faz questão de declarar. "2017 foi o ano da reconstrução. Encontramos a cidade numa situação muito difícil, com uma dívida de R$ 540 milhões de curto prazo, serviços paralisados, salários atrasados, enfim, um quadro bastante desolador. Mas, com foco, planejamento, criatividade e determinação, fomos enfrentando os problemas, sendo transparente com a sociedade e buscando parcerias. Revogamos o aumento extorsivo do IPTU, pagamos 15 folhas salariais, num investimento de mais de R$ 1 bilhão, retomamos obras, escolas e postos de saúde estão funcionando, a Assistência Social tem apresentado seus resultados".
Com Edvaldo todos os serviços municipais foram normalizados, a exemplo da coleta de lixo, escolas, creches e postos de saúde, os servidores recebem em dia, mesmo reclamando da falta de reajuste, e a cidade se transformou num verdadeiro canteiro de obras. A expansão da zona norte de Aracaju chegou a fronteira de Nossa Senhora do Socorro, exigindo uma série de intervenções públicas. A obra mais visível foi a duplicação da Avenida Euclides Figueiredo, ligando os dois municípios, já concluída.
A administração Edvaldo Nogueira está concluindo um conjunto de obras no valor de R$ 810 milhões, volume nunca visto na capital, e foi responsável por um fôlego ao setor da construção civil num momento em que obras privadas estavam proibidas em função da pandemia. Ao contrário do que ocorre atualmente com prestadores de serviços e fornecedores do governo do estado, quem tem contrato com a Prefeitura de Aracaju recebe em dia.
A região do Santa Maria – a antiga Terra Dura – se transformou numa verdadeira cidade, com grandes avenidas, escolas, conjuntos habitacionais, postos de saúde e até um novo bairro, o Inácio Barbosa, criado na gestão anterior de Edvaldo.
As candidaturas estão postas e as muletas ainda são necessárias. Mesmo para quem tem o que mostrar.

Nestas eleições, não há medalhões  na disputa pela Prefeitura de Ara caju. Os principais candidatos exibem apoios consistentes, mas acabou a época em que grandes lideranças participavam diretamente do pleito. As três maiores forças políticas da capital, todas ex-prefeitos, não estão mais na ativa: Marcelo Déda, campeão de votos em sucessivas eleições, morreu em 2013; João Alves Filho manchou a sua memória com a desastrada administração na capital entre 2013 e 2016, talvez já em função dos problemas de saúde que enfrenta hoje; Jackson Barreto perdeu a eleição para o Senado em 2018 e o desgaste natural pela idade impõem limites a sua atuação.
A morte de Déda, no entanto, não impede que o PT e outros candidatos no campo progressista usem o seu nome como exemplos de administração, postura e trato com a coisa pública. Márcio Macêdo também se cerca do ex-presidente Lula, que deverá ter participação ativa na campanha. Semana passada, Lula já esteve em Recife onde comandou um grande ato em favor de Marília Arraes. O ex-presidente é uma liderança forte em todo o Nordeste e em Aracaju não é diferente. A questão principal é saber se a memória de Déda e a força de Lula serão suficientes para alavancar uma candidatura que, ao menos até agora, não vem demonstrando muita consistência.
A delegada Danielle Garcia, do Cidadania, não tem a proteção dos três caciques locais, mas é a favorita do senador Delegado Alessandro Vieira, eleito pela onda policialesca de 2018 puxada pelo presidente Jair Bolsonaro. E é o próprio presidente o seu principal cabo eleitoral, mesmo com as divergências assumidas pelo senador em relação ao governo federal a partir da demissão do ex-juiz Sérgio Moro do Ministério da Justiça, e com a apresentação de outros candidatos que exigem a marca de ‘bolsonaristas’. Danielle participou da equipe de Moro e hoje não gosta de ver o seu nome relacionado com o ex-juiz da Lava Jato. Prefere a ligação com Bolsonaro, mais popular no Nordeste em função das seis parcelas de R$ 600 do auxílio emergencial, pagas em função da pandemia da covid-19.
Outra delegada, Georlize Teles (DEM), se sustenta usando o nome de João Alves. Ela integrou a sua equipe tanto no governo do estado quanto na malfadada gestão na Prefeitura de Aracaju. Sem a presença do ex-governador em seu palanque, no entanto, será um apelo difícil, mesmo que a senadora Maria do Carmo Alves venha a fazer isso.
O prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), que disputa a reeleição, já foi eleito com a força de Marcelo Déda em 2008 e com a proteção de Jackson em 2016. Hoje mantém em seu palanque o próprio JB, o governador Belivaldo Chagas, vereadores, deputados federais, deputados estaduais e lideranças expressivas dos 10 partidos que integram a sua coligação. Este ano, no entanto, seu principal patrono é a gestão que executa no comando da Prefeitura de Aracaju.
Edvaldo Nogueira reassumiu a PMA em 2017 numa situação extremamente crítica, como ele mesmo faz questão de declarar. "2017 foi o ano da reconstrução. Encontramos a cidade numa situação muito difícil, com uma dívida de R$ 540 milhões de curto prazo, serviços paralisados, salários atrasados, enfim, um quadro bastante desolador. Mas, com foco, planejamento, criatividade e determinação, fomos enfrentando os problemas, sendo transparente com a sociedade e buscando parcerias. Revogamos o aumento extorsivo do IPTU, pagamos 15 folhas salariais, num investimento de mais de R$ 1 bilhão, retomamos obras, escolas e postos de saúde estão funcionando, a Assistência Social tem apresentado seus resultados".
Com Edvaldo todos os serviços municipais foram normalizados, a exemplo da coleta de lixo, escolas, creches e postos de saúde, os servidores recebem em dia, mesmo reclamando da falta de reajuste, e a cidade se transformou num verdadeiro canteiro de obras. A expansão da zona norte de Aracaju chegou a fronteira de Nossa Senhora do Socorro, exigindo uma série de intervenções públicas. A obra mais visível foi a duplicação da Avenida Euclides Figueiredo, ligando os dois municípios, já concluída.
A administração Edvaldo Nogueira está concluindo um conjunto de obras no valor de R$ 810 milhões, volume nunca visto na capital, e foi responsável por um fôlego ao setor da construção civil num momento em que obras privadas estavam proibidas em função da pandemia. Ao contrário do que ocorre atualmente com prestadores de serviços e fornecedores do governo do estado, quem tem contrato com a Prefeitura de Aracaju recebe em dia.
A região do Santa Maria – a antiga Terra Dura – se transformou numa verdadeira cidade, com grandes avenidas, escolas, conjuntos habitacionais, postos de saúde e até um novo bairro, o Inácio Barbosa, criado na gestão anterior de Edvaldo.
As candidaturas estão postas e as muletas ainda são necessárias. Mesmo para quem tem o que mostrar.

Avança Sergipe

 Depois de um adiamento inicial, o governo do Estado lançou na quinta-feira (1) o programa "Avança Sergipe", que promete injetar R$ 1,2 bilhão na economia sergipana e recuperar os prejuízos causados pela pandemia. O valor está dividido em investimentos de R$ 808 milhões na Aceleração de Investimentos Públicos; R$ 298 milhões no Estímulo de Setores Econômicos mais afetados; R$ 55 milhões na Proteção à população vulnerável; R$ 44 milhões em Plataformas Digitais/EAD Educação e R$ 14 milhões na Modernização de Gestão da Saúde e Telemedicina.

Segundo o governador Belivaldo Chagas, o programa terá dois setores como focos principais de investimentos. O primeiro será o de Construção Civil, que poderá receber R$ 500 milhões através de crédito às empresas para financiar a construção de novas unidades; feirão imobiliário para comercializar as unidades já disponíveis e crédito imobiliário para pessoa física, financiando a aquisição de imóveis com a melhor taxa de juros do mercado. O outro será o Programa de Recuperação de Rodovias (Pró-Rodovias), que prevê a reestruturação de 441,5 quilômetros da malha rodoviária estadual, em um investimento de R$ 330 milhões na primeira etapa do programa.

O economista Luiz Moura, coordenador estadual Dieese, alerta que programa do governo terá um impacto muito reduzido na alavancagem da economia, porque representa apenas 2% do PIB local. Sobre a linha de crédito anunciada através do Banese, lembra que isso já foi feito no início da pandemia, sem muito êxito. "Os empresários sergipanos estão endividados, muitos deles com problemas na Receita Federal e com problemas de cadastro. O governo acaba criando um dilema para o Banco do Estado: se você emprestar sem muito critério pode afetar a saúde financeira do banco; se você exigir as garantias do mercado financeiro muitos empresários não terão acesso a esse dinheiro", ressaltou.

Protocolo a [não] ser cumprido

O Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE/SE) publicou no início da semana a Portaria Conjunta 20/2020, que determina que juízes eleitorais e membros apliquem as regras do Protocolo Sanitário de Regulação para as Atividades Eleitorais, produzido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). O Protocolo Sanitário regula atividades político-eleitorais, em ambientes públicos e privados, por candidatos, partidos e coligações, referentes às eleições municipais de 2020, que implicam em atos presenciais e possuem risco sanitário.

Dentre as principais medidas, estão a recomendação da preferência por atos, reuniões e atividades políticas de maneira virtual ou drive-in, ou, quando não haver a possibilidade da modalidade, que seja respeitado o distanciamento de dois metros, bem como o uso de máscaras e proteções de barreiras, bem como a disponibilização de álcool a 70% para higienização dos participantes, colaboradores e candidatos de partidos políticos. A publicação também trata sobre o trabalho destes profissionais durante o dia das eleições.

Quem observa fotos e vídeos dos candidatos em campanha sabe que as normas não passam mesmo de mero protocolo.

Candidatos em excesso

O fim das coligações para as eleições proporcionais, aprovado pelo Congresso Nacional em 2017, que será aplicada pela primeira vez nas eleições deste ano, é a responsável pelo aumento. A mudança na regra fez com que um candidato que queira disputar como vereador, só possa participar do pleito na chapa única do partido ao qual ele é filiado. Antes, uma chapa tinha candidatos de partidos distintos.

Para aumentar as chances de voto e conseguir cadeiras nas Câmaras Municipais, as legendas lançaram mais candidatos. É que em uma eleição proporcional, como é para vereador, as vagas são do partido e não do candidato. Na prática, ao votar para um nome para esse cargo, o eleitor na verdade está escolhendo um integrante daquela legenda. O cálculo de quem vai ocupar a cadeira é feito em cima do quociente eleitoral. Com base nesse cálculo é que cada partido saberá quantos votos serão necessários para conquistar uma vaga.

Este ano, a Justiça Eleitoral de Sergipe recebeu 6.878 registros. Em 2016, foram apresentadas 5.887 candidaturas, o que representa um aumento de 16,6%comparativamente. De acordo com o relatório gerado pelo sistema DivulgaCandContas, 253 candidatos concorrerão às 75 vagas de prefeito e outros 253 para as respectivas vice-prefeituras. Já para a vereança, 6.372 candidatos colocaram seu nome à disposição dos eleitores para disputar uma uma das 768 cadeiras nas Câmaras Municipais de Sergipe.

Emprego quase garantido

Candidato a prefeito de Aracaju pelo PT, o ex-deputado federal Márcio Macêdo pode se dar bem mesmo que seja derrotado em novembro. Primeiro suplente da coligação que elegeu Belivaldo Chagas em 2018, Márcio voltará a ser deputado caso os deputados Fábio Reis (MDB) seja eleito prefeito de Lagarto, ou Fábio Henrique (PDT) prefeito de Nossa Senhora do Socorro.

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