Cadastro Único e Bolsa Família X Empregos

No Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), através da Secretaria de Inclusão Socioeconômica, são desenvolvidas ações que resultam na inclusão social e econômica das famílias em situação de vulnerabilidade, sendo uma das vias, a inclusão no mercado de trabalho. Dessa forma, abordarei adiante alguns dados específicos do público alvo do MDS: pessoas inscritas no Cadastro Único e Beneficiários do Bolsa Família.

Os dados de emprego de acumulado janeiro a fevereiro de 2025, apontam que o mês de fevereiro de 2025 foi um mês de resultado positivo no saldo de empregos 431.995, resultado de 2.579.192 admissões e 2.147.197 desligamentos.

Saldo de empregos – o saldo no acumulado dos meses de janeiro e fevereiro de 2025 das pessoas inscritas no Cadastro Único foi de 384.707, equivalente a 67,0% do saldo de empregos do Caged. No saldo de empregos para as pessoas que estão no cadastro único neste primeiro bimestre de 2025, ocorreu um fenômeno importante, a participação das mulheres superou a dos homens, pois o saldo de mulheres empregadas oriundas do cadastro único no acumulado de janeiro e fevereiro de 2025 ficou em 50,9%, já a participação dos homens no saldo de emprego ficou 49,1%.  Admissões – A participação das pessoas inscritas no cadastro único nas admissões foi de 34,9%, (1.701.626 pessoas).

Desligamentos – A participação das pessoas inscritas no cadastro único nos desligamentos foi de 30,6%, (1.316.919 pessoas). A participação das mulheres oriundas do cadastro único nos desligamentos das mulheres foi de (40,8%) com 748.108 pessoas e a participação dos homens oriundos do cadastro único nos desligamentos dos homens foi de 2.641.173 pessoas (21,5%). Verifica-se, portanto, que a participação relativa das pessoas inscritas no Cadastro Único é maior nas admissões que nos desligamentos, o que resulta na ampliação do saldo de empregos deste público no Caged.

Sobre a questão de gênero, o público do Cadastro Único tem contribuído para o acesso das mulheres ao mercado de trabalho.  No saldo geral do Caged no acumulado de janeiro a fevereiro/2025, os homens representavam (54,7%), 314.301 pessoas e as mulheres com 260.179 pessoas (45,3%); já no Cadastro Único a participação relativa das mulheres no saldo de empregos é maior e ficou em 50,9%.

Análise Regional para o Cadastro Único – A Região que apresentou maior saldo de empregos dos inscritos no Cadastro Único foi a Região Sudeste com 170.057 pessoas. No Sudeste tem-se 66,2% do saldo de empregos oriundos de pessoas inscritas no Cadastro Único e este saldo representa 44,2% dos empregos do Cadastro único no Brasil.

Depois do Sudeste, a Região Sul é a 2ª em termos quantitativos de pessoas empregadas e que são oriundas do Cadastro Único (21,7%) do saldo de empregos de pessoas do Cadastro Único no Brasil.

A Região Nordeste, teve 16,0% dos saldos de empregos das pessoas oriundas do Cadastro Único no país, sendo a 3ª Região com maior saldo de pessoas oriundas do Cadastro Único e tem uma característica peculiar em relação às demais Regiões, o saldo do Cadastro Único é superior ao do saldo do CAGED porque as admissões têm forte predomínio de pessoas oriundas do Cadastro Único. A Região Centro-Oeste com 12,5% do saldo de empregos do Cadastro Único do Brasil, fica na 4ª posição e a Região Norte por suas características demográficas tem 5,6% do saldo de empregos do Cadastro Único no Brasil.

Os cinco estados com maior quantidade de saldo de empregos para pessoas inscritas no Cadastro Único são: 1º – São Paulo com 100.354 pessoas (857,7% do saldo de empregos no estado são de pessoas inscritas no Cadastro Único); 2º – Minas Gerais com 40.1249 pessoas (71,01% do saldo de empregos no estado são de pessoas inscritas no Cadastro Único); 3º – Rio Grande do Sul com 31.256 pessoas; 4º – Paraná com 29.015 pessoas (52,8%  do saldo de empregos no estado são de pessoas inscritas no Cadastro Único); e 5º – Bahia com 25.469 pessoas (92,4% do saldo de empregos no estado são de pessoas inscritas no Cadastro Único).

Bolsa Família – A mesma lógica do saldo de empregos no Cadastro Único ocorreu com o saldo de empregos do Bolsa Família, pois a Região que apresentou maior saldo de empregos de beneficiários do Bolsa Família foi o Sudeste com 118.725 pessoas. No Sudeste tem-se 46,2% do saldo de empregos com pessoas beneficiárias do Bolsa Família; seguida pela Região Nordeste com 58.144 pessoas e ultrapassando o saldo do CAGED; depois vem a Região Sul com 48.726 e 29,3% do saldo de empregos com pessoas beneficiárias do Bolsa Família; na 4ª posição o Centro-Oeste com 29.827 pessoas, representando 33,1% das pessoas empregadas e Norte com 18.232 pessoas e que representam 77,8% do saldo de empregos da referida Região.

Os cinco estados com maior quantidade de saldo de empregos para pessoas beneficiárias do Bolsa Família são: 1º – São Paulo com 67.973 pessoas (39,1% do saldo de empregos no estado são de pessoas beneficiárias do Bolsa Família); 2º – Minas Gerais com 29.197 pessoas (51,6% do saldo de empregos); 3º – Bahia  com 21.930 pessoas (79,6% do saldo de empregos no estado são de pessoas beneficiárias do Bolsa Família); 4º – Rio Grande do Sul com 18.220 pessoas (31,6%  do saldo de empregos no estado são de pessoas beneficiárias do Bolsa Família); e 5º – Paraná com 17.323 pessoas (31,5% do saldo de empregos no estado são de pessoas beneficiárias do Bolsa Família).

O público do cadastro único e o público do bolsa família têm conseguido maior inserção no mercado de trabalho de uma forma geral no Brasil, sendo prioritários por parte de muitas empresas que com ações articuladas com o MDS têm contribuído para a inclusão socioeconômica dos mais vulneráveis.