O deputado federal Fábio Reis comemorou ontem o início da obra de duplicação da Adutora do Piauitinga, que começou na Rodovia Lourival Batista, sentido cidade de Salgado. É que ele lutou para garantir os recursos e execução da obra, que considera uma conq
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Caindo a máscara?
Publicado em 24 de setembro de 2019
Por Jornal Do Dia
Em 2018 o empresário Milton Andrade (Novo) e o delegado de polícia Alessandro Vieira (Cidadania) decidiram disputar uma eleição majoritária. Milton fez a opção de concorrer ao governo e Alessandro ao Senado.
Dos nove candidatos a governador Milton acabou em quinto lugar ao ter conquistado nas urnas 35.11 votos, o correspondente a 3,56% dos votos válidos. Já Alessandro foi bem sucedido, ao ser o senador mais votado com 474.449 votos, o equivalente a 25,95% dos votos válidos.
Os dois disputaram as eleições com a bandeira do novo e da renovação política. Na campanha eleitoral, Milton chegou a declarar como proposta de governo: "Acabaremos com a politicagem implantando uma gestão técnica, eficiente e afastando as nomeações do critério político".
Alessandro foi mais fundo no seu discurso de renovação, dizendo que era preciso acabar com a velha política. "Defendo uma renovação política dado que os nomes postos não estão à altura do desafio que Sergipe precisa para voltar aos trilhos e por isso coloco meu nome à disposição dos sergipanos como pré-candidato ao Senado", declarou na campanha eleitoral.
Quando o seu então partido, o Rede, decidiu não lançar candidatura própria e apoiar Valadares Filho (PSB) para o governo, lhe tirando a vaga de senador, que ficaria com Valadares (PSB) e Henri Clay (PPL), o delegado Alessandro esperneou. Gravou um vídeo dizendo que seria candidato independente e era preciso acabar com a velha política.
"Não cabe fazer discurso de novo e continuar com os velhos da política e volto a repetir, isso incomodou os velhos das políticas. Sou assim e não vou mudar. De um modo geral, todos sabem que Sergipe é governado por três ou quatro décadas. É preciso mudar", chegou a declarar em entrevista a imprensa.
Hoje como senador com nove meses de mandato, Alessandro está agindo bem diferente do seu discurso. Diz que é defensor da nova política, mas negocia cargos com o governo Bolsonaro. Especula-se que em troca de voto a favor da reforma da previdência. O cargo pleiteado seria o de superintendente da Codevasf em Sergipe e o nome indicado o de Milton Andrade.
Essas especulações parecem ser verdadeiras com a postagem ontem, nas redes sociais, de Milton falando que recebeu telefonemas de Brasília solicitando sua documentação para nomeação como superintendente da Codevasf e que conversou com o senador Alessandro e disse que não aceitou o cargo. Isso às vésperas da votação da reforma da Previdência no Senado.
Trocando em miúdos, Milton Andrade segue com sua coerência ao não aceitar a indicação política para assumir um importante cargo federal que é cobiçado por muitos políticos de Sergipe.
Já Alessandro Vieira…
A postagem 1
Postou o ex-candidato a governador, o empresário e advogado Milton Andrade (NOVO) ontem, no início da tarde, em seu twitter: "Recebi, sexta e ontem, ligações de Brasília solicitando documentos para proceder com minha nomeação para o cargo de Superintendente da Codevasf. Após conversa com o senador Alessandro Vieira, informei à Presidência Nacional do órgão que meu nome não está disponível para a ocupação do cargo".
A postagem 2
Prosseguiu Milton: "Sinto-me honrado pela lembrança em ocupar cargo tão relevante. Sigo com o mesmo empenho de sempre na geração de emprego e renda para o meu Estado, mas preservando a necessária independência para apoiar ou criticar políticas de governo conforme a sua qualidade e interesse público". Ele, inclusive, marcou o senador Alessandro na sua postagem no twitter.
Se explicando 1
Com a repercussão negativa ontem nas redes sociais sobre a sua indicação para a Codevasf, diante do que prega em discurso, o senador saiu com nota tentando explicar o inexplicável. Começou dizendo que em fevereiro, em reunião com o ministro Onyx, informou que não tinha interesse em indicações para cargos, mas cobrava nomes técnicos e honestos para o seu estado. E que a resposta dele foi que o melhor meio de garantir seria indicar um nome, o que fez indicando Milton Andrade para a Superintendência Regional da Codevasf. Disse ainda que na conversa deixou claro que a sua atuação seria de total independência.
Se explicando 2
Declarou Alessandro que surpreendentemente, no último final de semana, Milton foi procurado para consolidar a indicação de fevereiro, que demorou porque parte expressiva da bancada sergipana se mobilizou pela manutenção do superintendente em exercício (Cesar Mandarino). "Ao receber tal informação, orientei Milton Andrade a rejeitar a nomeação e comunicar esse fato publicamente. É evidente o objetivo de tentar desgastar aqueles que se portam com independência e persistem no combate à corrupção e à política mercantil, do toma-lá dá-cá. Vamos seguir com transparência e fazendo o bom combate. Ameaças e mentiras não vão mudar o nosso caminho", finaliza a nota.
Justificando
Em entrevista a imprensa, Milton Andrade afirmou ontem que não aceitou a superintendência regional da Codevasf não somente para não perder a independência política, mas, também, pela instabilidade política. Disse que o cargo é muito politizado e houve uma rejeição da bancada federal de Sergipe. "Não tava mais confortável para aceitar o cargo, já que foi algo conversado em fevereiro. Não estou atrás de cargos, quero colaborar com meu estado. Se não tem clima, não tenho interesse algum. É preciso um ambiente saudável e com estabilidade. O senador teve a mesma opinião que eu", declarou.
Desmoralização
Resta saber agora como vai se comportar agora a grande maioria da bancada federal de Sergipe, que tinha fechado entendimento para que o superintendente da Codevasf, César Mandarino, permanecesse no cargo como uma indicação da senadora Maria do Carmo Alves (DEM). Isso porque o governo Bolsonaro foi de encontro a bancada sergipana para atender ao pleito do senador Alessandro Vieira.
Canindé 1
O município de Canindé do São Francisco está em polvorosa desde a segunda-feira, 23, com a cassação do prefeito Ednaldo da Farmácia pela Câmara Municipal por 10 x 0 e a posse ontem de manhã do presidente da Câmara, Weldo Mariano (PRB), como prefeito interino. A população já quer saber quando será a eleição e quem deverá ser o novo prefeito.
Canindé 2
A coluna apurou junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SE) que a nova eleição em Canindé, se direta ou indireta, será decidida pelo juiz da comarca do município de acordo com a Lei Orgânica do Município. Se a lei prevê eleição indireta para escolha do novo prefeito no caso de impeachment serão os vereadores que vão escolher o próximo gestor até dezembro de 2020, em data a ser estabelecida pelo juiz. Já se a Lei Orgânica não prevê eleição indireta, caberá a justiça eleitoral estabelecer o calendário para a eleição direta com o eleitor indo as urnas eleger seu novo prefeito.
Nada democrático
De Canindé a coluna recebeu a informação de que a Lei Orgânica do Município prevê eleição indireta para escolha do novo prefeito em caso de impeachment. Com isso, serão os vereadores que vão escolher indiretamente o novo gestor do município. Vai ser um Deus nos acuda…
Nomes cogitados 1
Como não há ainda uma definição oficial de como será escolhido o novo prefeito de Canindé, vários nomes estão sendo citados no município como prováveis candidatos. São eles: o prefeito interino Weldo Mariano, que é do PRB do ex-prefeito do município e ex-deputado federal Heleno Silva; o nome do próprio Heleno Silva; do padre Edmilson; do policial Gregório; e do eterno candidato Marinho, que é vinculado ao presidente estadual do PSC, ex-deputado federal André Moura.
Nomes cogitados 2
Falam também no nome de Kaká Andrade (PSD), irmão do ex-prefeito Orlandinho Andrade, mas ele está impedido de disputar por não ter se desincompatibilizado do cargo de diretor presidente do ITPS. Kaká é pré-candidato a prefeito de Canindé em 2020.
Só para lembrar
Ednaldo da Farmácia, que foi eleito vice-prefeito em 2016, mas assumiu mandato de prefeito com a morte precoce de Orlandinho Andrade, sofreu impeachment por ter deixado de repassar às instituições financeiras os valores destinados ao pagamento de empréstimos consignados dos servidores; por não ter repassado de forma regular a contribuição patronal para o INSS; e por ter comprado medicamentos que foram pagos e não foram entregues ao município e que estão sendo investigados pelo Ministério Público Estadual (MPE).
Caça aos fantasmas
A nova prefeita eleita de Riachão do Dantas, Simone Andrade (PCdoB), iniciou ontem o recadastramento de todos os servidores municipais efetivos, contratados, cedidos, licenciados, readaptados e estagiários. O recadastramento vai até amanhã, no Ginásio de Esportes Marcelo Déda, das 8h às 12h e das 13h às 17h. O não recadastramento implicará na suspensão dos salários.
Adiado
O pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SE) decidiu ontem pelo adiamento do julgamento do processo contra a deputada estadual Diná Almeida (Podemos) e o esposo, o prefeito Diógenes Almeida (Tobias Barreto), por abuso de poder político e econômico, e uso indevido do meio de comunicação social nas eleições 2018. O autor da ação é Adilson de Jesus Santos e a interessada é a suplente de deputada estadual Gracinha Garcez (Podemos). O relator é o juiz Diogenes Barreto.
Veja essa …
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado foi instalado ontem com sete meses de atraso e quase metade dos titulares sob investigação. Seis dos 14 senadores indicados para o novo colegiado respondem a algum processo ou inquérito na Justiça. Eles são investigados por crimes como caixa dois, corrupção, lavagem de dinheiro, peculato e crime de responsabilidade.
Curtas
O senador Alessandro Vieira convida a população a participar hoje de uma grande manifestação em favor do Fim do Foro Privilegiado, do avanço dos pedidos de impeachment de ministros do Supremo e da CPI da Lava Toga, que acontece na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
"É muito importante a participação da sociedade, presencialmente e nas redes! Precisamos mostrar para o povo brasileiro e para os poderosos que estamos de olhos abertos e querendo mudar de verdade o Brasil. Participem!", diz Alessandro.
Do senador Rogério Carvalho sobre os preços absurdos cobrados pelas companhias aéreas: "Os mais pobres não podem mais viajar de avião. O aumento no preço das passagens aéreas está em todas as manchetes. Cadê os investimentos que diminuiriam o valor dos bilhetes, Bolsonaro?".
ONU destaca Aracaju como a capital brasileira que mais reduziu mortes no trânsito, a partir da implementação do Programa Vida no Trânsito (PVT) em todas as capitais e em mais 26 municípios. Entre 2010 e 2017, o país reduziu em 17,4% o número de mortes por acidentes de trânsito, e em Aracaju a redução foi de 55,8%.