Caixa d'água rompe e hotel da orla é interditado

Peritos da Secretaria de  Estado da Segurança  Pública, ligados à Delegacia de Turismo (Detur), serão os responsáveis por investigar as causas do colapso de uma caixa d’água instalada na parte superior do Hotel Tropical, localizado na Orla de Atalaia, zona Sul de Aracaju. Com base em avaliações feitas pela Defesa Civil e Corpo de Bombeiros Militar, os especialistas irão estudar se porventura existem indícios de crime de responsabilidade praticados pelos gestores executivos do empreendimento. Com o desmoronamento registrado no início da manhã de ontem, dezenas de turistas e funcionários receberam a ordem de evacuar imediatamente as dependências internas do hotel. O local segue interditado por tempo indeterminado.
Minutos após certificar que o local não possuía ocupantes, a Defesa Civil isolou a área e apenas uma equipe do Instituto de Criminalística da Polícia Civil teve acesso ao local para dar início ao processo de inquérito, o qual dará embasamento ao Laudo de Manutenção Predial. Segundo informações apresentadas pelo major Sílvio Prado, coordenador da Defesa Civil de Aracaju, as avaliações iniciais mostram que a caixa d’Água pode ter desmoronado em virtude de a laje de cobertura do reservatório apresentar irregularidade estrutural por falta de manutenção adequada e constante. No momento do sinistro 30 apartamentos estavam ocupados; ninguém se feriu.
"Verificamos que uma laje acabou desabando em cima de outra e assim seguiu até encostar na última laje do prédio. Felizmente apesar do susto imenso relatado pelas testemunhas, ninguém se feriu. Assim que recebemos o chamado atuamos rapidamente com a proposta de manter a integridade física de todos", declarou. A avaliação feita pelo Militar foi compartilhado pelo engenheiro Roberto Oliveira, da Defesa Civil Estadual. Ele diz acreditar que o conjunto de corrosão em algumas estruturas da parte superior foi o responsável direto pelo colapso. O laudo indicando a responsabilidade dos fatos deve ser apresentado em até 30 dias, podendo ser prorrogado.
"O risco de novos desabamentos estava evidente e a partir dessa constatação percebemos a necessidade de inviabilizar o fluxo de pessoas, com exceção dos peritos preparados para esse tipo de missão. A correção realmente é perceptível, pode ter sido sim a causa do problema, mas apenas o laudo final identificará as causas", declarou o engenheiro que concluiu afirmando: "como o local apresenta vulnerabilidade, toda a área cercada desde o início da manhã segue interditada até segunda ordem. Seria precipitado dizer neste momento quando o local estará disponível para que se seja promovido os reparos necessários".
Apesar de ter sido procurada para falar sobre o assunto, a direção do empreendimento informou que não concederia entrevistas neste primeiro momento, já que estava preocupada apenas em colaborar com a atuação dos peritos. Sobre a atuação administrativa, o Hotel Tropical não falou a respeito da rotina de manutenções, e destacou apenas que todos os hóspedes foram transferidos para um hotel próximo ainda no final da manhã de ontem.