Domingo, 19 De Janeiro De 2025
       
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Casos de coronavírus voltaram em disparar em Sergipe


Publicado em 27 de dezembro de 2020
Por Jornal Do Dia


 

"A pandemia volta a ex
plodir no Sergipe, su
perando a primeira onda em Aracaju e em outras cidades". O alerta partiu do neurocientista Miguel Nicolelis, que coordena o Comitê Científico de Combate ao Coronavírus no Nordeste (C4NE). Em sua mensagem nas redes sociais, ele apresentou gráficos que confirmam a tendência de alta apresentada nas projeções do boletim científico mais recente do C4NE. Produzidos pelo pesquisador Wesley Cota, da Universidade Federal de Viçosa (UFV-MG), a partir de dados do Ministério da Saúde, eles mostram que o número diário de casos novos da doença teve fortes altas nos últimos dias, principalmente em cidades como Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão, Propriá e Itabaiana. 
Apenas na capital sergipana, a média móvel de casos novos dos últimos sete dias atingiu seu nível mais alto em 20 de dezembro, quando ela fechou em 679,57. Neste mesmo dia, o total de novos pacientes infectados foi de 1.660. Ele só não foi pior do que a marca alcançada seis dias antes, em 14 de dezembro, quando o registro de novos casos foi de 1.700. Foram as maiores marcas já alcançadas desde o primeiro caso de coronavírus registrado em Aracaju, no dia 14 de março. 
Outra cidade com maior alta de casos da doença em dezembro foi Socorro, na Grande Aracaju. Foram 112 novos casos no dia 20 de dezembro, puxando a média móvel para 59,29 casos, maior alcançada desde os 58,14 casos do dia 16 de junho. Outra cidade da região metropolitana, São Cristóvão, teve no mesmo dia 48 novo casos e média móvel de 44, mas quebrou seu recorde diário de infectados em 14 de dezembro, com 161 casos. Propriá, no Baixo São Francisco, teve seu maior número de pacientes em 22 de julho, com 91 casos, número quase alcançado em 14 de dezembro, com 73 casos novos. Já a média móvel bateu, no dia 20, mais da metade da maior média alcançada, em 14 de julho, então de 21 casos. 
A preocupação voltou à tona por causa das festas de fim de ano, mas os próprios especialistas atribuem o repique de casos do coronavírus à campanha das eleições municipais de novembro, quando muitos candidatos e cabos eleitorais promoveram caminhadas e festas com aglomerações nas ruas. "Eleições e campanhas nunca deveriam ter ocorrido em 2020. Desatino completo realizar eleições no meio de uma pandemia fora de controle", escreveu o próprio Nicolelis, em resposta a um seguidor.
Essa movimentação é explicada pelo aumento da taxa de transmissão do vírus, a qual voltou a ficar em patamares maiores que os da primeira onda da pandemia. "Desde novembro, o número de casos diários vem crescendo e apontando para um provável começo de segunda onda. No diagrama de risco, o Estado segue uma trajetória acelerada em direção ao risco epidêmico alto, com taxa de crescimento alta e semelhante ao que ocorreu durante a primeira onda. O número de reprodução R(t) se encontra próximo a 1,4 utilizando três métodos distintos de estimativa, indicando forte crescimento da transmissão da doença. Tanto na Região Metropolitana de Aracaju como no interior do Estado há um expressivo crescimento de casos diários e estabilidade de óbitos diários. Nas últimas semanas, o número médio de leitos de UTI ocupados voltou a crescer", atesta o relatório do C4NE, indicando o crescimento no número de casos.   
Os dados devem ser postos em discussão na próxima reunião do Comitê Técnico-Científico de atividades especiais (CTCAE), do governo estadual, programada para o começo de janeiro. No entanto, já embasam uma campanha lançada nos últimos dias, orientando que as pessoas não aglomerem com outras durante as festas de fim de ano, principalmente em visitas a casas de parentes, e que elas mantenham as regras de uso de máscaras, distanciamento social e uso de álcool em gel. Os dados também foram citados em uma ação civil pública movida pelo Ministério Público, pedindo a proibição da autorização para eventos de até 100 ou 150 pessoas, conforme a última resolução do CTCAE. No entanto, a ação foi indeferida pelo juízo plantonista do Tribunal de Justiça.  

"A pandemia volta a ex plodir no Sergipe, su perando a primeira onda em Aracaju e em outras cidades". O alerta partiu do neurocientista Miguel Nicolelis, que coordena o Comitê Científico de Combate ao Coronavírus no Nordeste (C4NE). Em sua mensagem nas redes sociais, ele apresentou gráficos que confirmam a tendência de alta apresentada nas projeções do boletim científico mais recente do C4NE. Produzidos pelo pesquisador Wesley Cota, da Universidade Federal de Viçosa (UFV-MG), a partir de dados do Ministério da Saúde, eles mostram que o número diário de casos novos da doença teve fortes altas nos últimos dias, principalmente em cidades como Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão, Propriá e Itabaiana. 
Apenas na capital sergipana, a média móvel de casos novos dos últimos sete dias atingiu seu nível mais alto em 20 de dezembro, quando ela fechou em 679,57. Neste mesmo dia, o total de novos pacientes infectados foi de 1.660. Ele só não foi pior do que a marca alcançada seis dias antes, em 14 de dezembro, quando o registro de novos casos foi de 1.700. Foram as maiores marcas já alcançadas desde o primeiro caso de coronavírus registrado em Aracaju, no dia 14 de março. 
Outra cidade com maior alta de casos da doença em dezembro foi Socorro, na Grande Aracaju. Foram 112 novos casos no dia 20 de dezembro, puxando a média móvel para 59,29 casos, maior alcançada desde os 58,14 casos do dia 16 de junho. Outra cidade da região metropolitana, São Cristóvão, teve no mesmo dia 48 novo casos e média móvel de 44, mas quebrou seu recorde diário de infectados em 14 de dezembro, com 161 casos. Propriá, no Baixo São Francisco, teve seu maior número de pacientes em 22 de julho, com 91 casos, número quase alcançado em 14 de dezembro, com 73 casos novos. Já a média móvel bateu, no dia 20, mais da metade da maior média alcançada, em 14 de julho, então de 21 casos. 
A preocupação voltou à tona por causa das festas de fim de ano, mas os próprios especialistas atribuem o repique de casos do coronavírus à campanha das eleições municipais de novembro, quando muitos candidatos e cabos eleitorais promoveram caminhadas e festas com aglomerações nas ruas. "Eleições e campanhas nunca deveriam ter ocorrido em 2020. Desatino completo realizar eleições no meio de uma pandemia fora de controle", escreveu o próprio Nicolelis, em resposta a um seguidor.
Essa movimentação é explicada pelo aumento da taxa de transmissão do vírus, a qual voltou a ficar em patamares maiores que os da primeira onda da pandemia. "Desde novembro, o número de casos diários vem crescendo e apontando para um provável começo de segunda onda. No diagrama de risco, o Estado segue uma trajetória acelerada em direção ao risco epidêmico alto, com taxa de crescimento alta e semelhante ao que ocorreu durante a primeira onda. O número de reprodução R(t) se encontra próximo a 1,4 utilizando três métodos distintos de estimativa, indicando forte crescimento da transmissão da doença. Tanto na Região Metropolitana de Aracaju como no interior do Estado há um expressivo crescimento de casos diários e estabilidade de óbitos diários. Nas últimas semanas, o número médio de leitos de UTI ocupados voltou a crescer", atesta o relatório do C4NE, indicando o crescimento no número de casos.   
Os dados devem ser postos em discussão na próxima reunião do Comitê Técnico-Científico de atividades especiais (CTCAE), do governo estadual, programada para o começo de janeiro. No entanto, já embasam uma campanha lançada nos últimos dias, orientando que as pessoas não aglomerem com outras durante as festas de fim de ano, principalmente em visitas a casas de parentes, e que elas mantenham as regras de uso de máscaras, distanciamento social e uso de álcool em gel. Os dados também foram citados em uma ação civil pública movida pelo Ministério Público, pedindo a proibição da autorização para eventos de até 100 ou 150 pessoas, conforme a última resolução do CTCAE. No entanto, a ação foi indeferida pelo juízo plantonista do Tribunal de Justiça.  

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