Casos de dengue voltam a aumentar no estado

Em meio às preocupações envolvendo o planeta em torno do novo coronavírus, o mosquito Aedes aegypti, velho conhecido da população brasileira por assumir o papel de protagonista na transmissão da dengue, segue fazendo novas vítimas. Um dado atualizado, apresentado oficialmente na manhã de ontem pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), mostra que entre os dias 29 de dezembro de 2019 a 21 de março deste ano foram contabilizados 459 casos suspeitos de dengue, sendo 73 confirmados, 209 descartados e 177 em investigação. O que gera alarme para esse cenário são os indicativos percentuais se comparado com o mesmo período de 2018 e primeiro trimestre de 2019.
De acordo com o Governo de Sergipe a evolução alcança a casa dos 93,67%. Subiram também os casos envolvendo a chikungunya e a zika – de igual modo transmitidas pelo mesmo mosquito da dengue. Em números, a SES informou que foram notificados neste mesmo período, 48 casos suspeitos de chikungunya, sendo 18 confirmações, 13 descartados e 17 em contínua investigação; já em relação à zika, foram seis casos foram notificados. Até o final da tarde de ontem não havia nenhuma confirmação. Em termos percentuais a chikungunya evoluiu 9,3%, e a zika apresentou uma redução de 63,1%. Entre os municípios com o maior índice confirmado da dengue estão as cidades de: Nossa Senhora do Socorro possui  24 casos, Lagarto 14 casos e Aracaju com 13.
Para a agente de combate às endemias, Paulla Pimentel, a população em seu contexto unificado tem buscado se proteger com rigorosidade contra o COVID-19, e deixado parcialmente de lado as atenções para o combate ao Aedes aegypti. O agravamento desses casos ocorre justamente no momento em que o novo coronavírus começou a ser registrado na cidade chinesa de Wuhan. Na segunda quinzena do ano passado a imprensa chinesa começava a apresentar os primeiros casos do novo vírus que, até o momento já matou mais de 25 mil pessoas pelo mundo; ao menos 160 óbitos já foram registrados no Brasil. EM período de quarentena, a agente chama a atenção para os cuidados apontados por ela como: ‘básicos’.

Detalhamento – Ainda segundo os levantamentos técnicos produzidos pela SES, dos casos confirmados de dengue, os grupos mais acometidos foram adultos de 20 a 39 anos (39,73%), seguido do grupo de crianças e adolescentes entre 5 e 14 anos (32,88%). Quanto ao sexo, o feminino representa 56,1% e o masculino 43,8%. Os casos confirmados foram classificados como dengue e 10,9%, como dengue com sinais de alarme. Não houve registro de dengue grave nem óbito nesse período. (Milton Alves Júnior)