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Nacional e San Lorenzo se enfrentam, hoje, em final inédita da Libertadores
Publicado em 06 de agosto de 2014
Por Jornal Do Dia
O Nacional do Paraguai e o San Lorenzo, da Argentina, fazem nesta quarta-feira 6, no estádio Defensores del Chaco de Assunção, o duelo de ida de uma final inédita na Copa Libertadores, a primeira em dez anos sem a presença de clubes brasileiros. Curiosamente, estas são as duas equipes que tiveram o pior desempenho entre as classificadas para as oitavas de final, com campanhas de altos e baixos na primeira fase.
O favorito é o time argentino, que tem como torcedor ilustre ninguém menos que o Papa Francisco e deixou três equipes do Brasil pelo caminho para chegar à decisão: o Botafogo na primeira fase, o Grêmio nas oitavas e o Cruzeiro nas quartas.
Desde que o sumo pontífice chegou ao Vaticano, ‘El Ciclón’ viveu uma série de milagres. No ano passado, estava à beira do rebaixamento, mas acabou dando a volta por cima e se sagrou campeão argentino em dezembro.
Nesta quarta-feira, o San Lorenzo tentará dar o primeiro passo, para acabar com um incômodo tabu: dos cinco ‘grandes’ do futebol argentino (os outros são Boca Juniors, River Plate, Independiente e Racing), é o único que ainda não conquistou a Libertadores. Três mudanças no San Lorenzo – Para sua primeira final continental, os ‘corvos’ serão comandados por Edgardo Bauza, um técnico que traz péssimas lembranças ao torcedor do Fluminense. Bauza levou os equatorianos da LDU ao título em 2008, com uma vitória dramática nos pênaltis sobre o tricolor carioca, em pleno Maracanã.
Na defesa, Júlio Buffarini é cotado para substituir Gonzalo Prósperi na lateral direita, enquanto o veterano Mauco Cetto deve ser substituído por Fabricio Fontanini na zaga. No ataque, Nicolás Blandi deve dar lugar a Mauro Matos.
O San Lorenzo tem um péssimo retrospecto em Assunção, com duas derrotas em duas partidas, diante do Cerro Porteño (3×1 em 2000) e do Libertad (2×0 em 2009).
Nacional faz jus ao nome – Já o técnico do Nacional, Gustavo Morínigo, não poderá contar com seu principal articulador de jogadas, o meia Marcos Riveros, que cumpre suspensão por acúmulo de cartões amarelos. Ele deve ser substituído pelo veterano Fredy Bareiro, que jogará sua segunda final seguida, após amargar o vice-campeonato com o Olímpia diante do Atlético Mineiro.
Com muito menos tradição do que o Olímpia, tricampeão da Libertadores, ou que o popular Cerro Porteño, o Nacional acabou ganhando o carinho de torcedores de outros clubes, que querem ver um time do país triunfar no cenário continental. Como o nome indica, virou o time da nação inteira.
O estádio tem capacidade para 40.000 pessoas, sendo que 32.000 ingressos são reservados à torcida local e 4.000 aos visitantes. Os outros 4.000 são destinados à imprensa e aos convidados.
A bola vai rolar as 20h15 locais (21h15 no horário de Brasília) e terá um trio de arbitragem colombiano, com o juiz colombiano auxiliado por Wilmar Navarro e Wilson Berrío. O jogo de volta está marcado para o dia 13 de agosto, no estádio Nuevo Gasómetro de Buenos Aires.
Quem levar a melhor, garante sua vaga para o Mundial de clubes, disputado de 7 a 20 de dezembro no Marrocos, com a possibilidade de enfrentar o grande Real Madrid na final.