Quarta, 15 De Janeiro De 2025
       
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Centrais confirmam greve geral na segunda-feira


Publicado em 18 de fevereiro de 2018
Por Jornal Do Dia


Reunião na sede da CUT define pela manutenção da greve

Milton Alves Júnior

A partir das primeiras horas de amanhã, já durante a madrugada, centrais sindicais, movimentos estudantis, associações de trabalhadores, movimentos sociais e comunidades religiosas estarão nas ruas de Aracaju e dos demais 74 municípios sergipanos a fim de pressionar o Congresso Nacional a rejeitar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 287/16). Contrários a popular Reforma da Previdência, a classe trabalhadora estará reunida em mais uma rodada de greve geral a ser realizada em todos os estados brasileiros, mais a capital, Brasília. A perspectiva dos organizadores é que a pressão das ruas possa contribuir para que a contrarreforma não seja aprovada e, consequentemente, siga para apreciação no senado federal.
Segundo informações apresentadas pela direção regional da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), e Nova Central, até a manhã de ontem já haviam confirmado adesão ao movimento o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Sergipe (Sintese), SINDASSE (Assistentes Sociais), SINDINUTRISE (Nutricionistas), SINPSI (Psicólogos), SINDIJUS (Judiciário), GRUPO ATITUDE (Trabalhadores da Saúde), SINDIFISCO (Auditores), SINTRASE (Servidores), SINTER, SINTASA (Saúde), SINPOL (Policiais), SENGE (Engenheiros) e o Sindicato dos Enfermeiros. Os motoristas do transporte coletivo não confirmaram participação neste ato.
Conforme previsto na programação de lutas, após a realização de atos públicos individualizadas por cada cúpula sindical – que está previsto para a madrugada e manhã desta segunda-feira, 19, a partir das 14h, será promovido um Ato Público Unificado dos Servidores do Estado, no Palácio dos Despachos, a fim de pressionar o governador Jackson Barreto de Lima a seguir contrário a reforma previdenciária juntamente com o respectivo grupo político, bem como exigir que o Estado regularize o pagamento salarial e dos demais benefícios concedidos por direito aos aposentados e servidores públicos estaduais ativos. Os manifestantes também pedirão o fim dos parcelamentos salariais.
De acordo com a direção do Sintese, ficou deliberado entre os docentes filiados que a greve geral deflagrada atingirá diretamente todas as instituições de ensino hoje administradas pelo governo estadual; as unidades nacionais, a exemplo do Instituto Federal de Sergipe (IFS) e da Universidade Federal de Sergipe (UFS), em todos os campi, também prometem sentir o efeito da greve liderada pela categoria. Para o presidente da CUT/SE, Rubens Marques, é imprescindível que os sergipanos, sobretudo os deputados federais, não se curvem às manobras políticas realizadas pelo Governo Michel Temer, e reforcem o desejo de rejeitar a proposta do Governo Federal.
"Observem há quanto tempo os trabalhadores estão nas ruas pedindo que os nossos representantes legais ouçam os desejos do povo e não votem a favor desse desejo absurdo do presidente ilegítimo. Um gestor que trabalhou para derrubar a ex-presidente, e assumir o mandato Federal para tirar direitos históricos. Essa reivindicação do povo sergipano e brasileiro serve tanto para os deputados federais, como também aos senadores", declarou. A votação desta PEC foi agendada ainda no final do ano passado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).  Para as próximas 24 horas a expectativa é que além do presidente Temer, o deputado federal André Moura, líder do governo no congresso, também se torne alvo das críticas.
Ao todo são 65 mudanças as quais, entre elas, inclui a que homens e mulheres só poderão se aposentar após completarem 65 anos de idade. A regra atual diferencia o requisito da idade, sendo 60 anos para mulheres e 65 anos para homens, sendo possível aposentar-se caso a soma da idade e o tempo de contribuição totalize 85 pontos para mulheres e 95 pontos para homens. "Lamentamos ainda que essa ambição pela mudança na previdência tenha oportunizado a criação de um verdadeiro balcão de negócios. Existem ‘atrativos’ que o Governo Temer tem ofertado aos parlamentares, e por isso ressaltamos a necessidade de todos eles não se debruçarem dessas chantagens e não traiam o pedido do povo", pontuou o sindicalista.

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