Quinta, 26 De Dezembro De 2024
       
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Chuvas provocam destruição e protestos em vários bairros


Publicado em 05 de novembro de 2013
Por Jornal Do Dia


Raios , trovões e chuvas fortes assustaram moradores durante a madrugada, provocando diversos estragos

Kátia Azevedo
katiaazevedo@jornaldodiase.com.br

A semana começou com fortes chuvas para os sergipanos. As águas invadiram casas, causaram destruição e motivaram protestos em vários pontos da capital. No interior, algumas cidades tiveram chuva de granizo. A previsão do Centro de Meteorologia é que o temporal continue com mais intensidade com trovoadas até amanhã, quarta-feira.

De acordo com informações do coordenador do Centro de Meteorologia da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Overland Amaral, choveu uma média de 250mml do litoral para o agreste. Até às 7h de ontem, já havia chovido 170mml, com ocorrências de chuvas de granizo em Macambira e Barra dos Coqueiros. Neste último caso, o evento registro durante a madrugada.  

A quantidade de chuvas surpreendeu as previsões  meteorológicas, que esperavam um volume de 70 mml a menos do que o prognosticado. Segundo o meteorologista Overland Amaral, coordenador do Centro de Meteorologia da Semarh, as chuvas fortes devem continuar por causa da presença de um sistema meteorológico conhecido como Vórtice Ciclônico de Altos Níveis atuando no Nordeste até amanhã com uma grande circulação de ventos em elevada altitude com formação de nuvens carregadas provocando as precipitações.

Em algumas cidades, as chuvas chegaram com fortes ventos e raios, causando prejuízos como a queda de telhas, árvores, inundações e alagamentos em vários pontos da capital. Ele citou que os eventos já vinham sendo monitorados indicando possibilidades de chuvas fortes com trovoadas e granizos e que as situações climáticas foram avisadas com antecedência para a Defesa Civil do Estado e municípios. Ainda sobre os altos índices pluviométricos, Overland destacou que foi muita chuva para pouco espaço de tempo, ao citar que a instabilidade climática registrada neste período é diferente em relação à mesma fase do ano passado, quando não teve probabilidade atmosférica e oceânica que provocou a mudança do tempo.    
"As atuais condições climáticas indicam que as chuvas fortes devem continuar em algumas localidades a exemplo do agreste central, Grande Aracaju e litoral, com grande concentração em Aracaju e região metropolitana, especificamente na Barra dos Coqueiros, inclusive com permanência de condições de ocorrências de chuvas de granizo. No alto sertão, o índice pluviométricos deve diminuir", informa Overland Amaral.

Além Aracaju e região metropolitana, as chuvas afetaram principalmente as cidades do agreste central do estado, atingindo Areia Branca, Campo do Brito, Carira, Frei Paulo, Itabaiana, Macambira, Malhador, Moita Bonita, Nossa Senhora Aparecida, Pedra Mole, Pinhão, Ribeirópolis, São Domingos e São Miguel do Aleixo.

Destruição – Em Aracaju, as chuvas provocaram destruição, suspensão de serviços e levaram moradores de vários bairros a interditarem vias em protesto às péssimas condições de saneamento básico e mais seguranças nas ruas quanto a problemas de alagamentos.

A Defesa Civil foi acionada para uma ocorrência da queda de um teto do Posto de Combustível São Paulo, localizado na Praça da Bandeira, durante a madrugada, e da agência central do Banco do Brasil, na Praça

General Valadão, que ficou inundada.
A estrutura caiu em cima de quatro veículos, um deles de um cliente que usava o espaço para guardar o carro. Com o impacto, duas bombas de abastecimento também ficaram destruídas. Apenas um vigilante trabalhava no momento e não sofreu ferimentos.

Outra ocorrência foi a queda de uma árvore no terreno do Instituto Lourival Fontes, na Avenida São João Batista, no Conjunto Castelo Branco, Bairro Ponto Novo, em Aracaju.

A árvore tinha mais de 47 anos e 12 metros de altura. A queda foi causada pelo vento e as fortes chuvas que atingiram Aracaju. No local, funciona uma escola e projetos sociais de jornada ampliada que precisaram ser suspensos deixando cerca de 185 crianças e adolescentes sem aula.

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