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Borracheiro sofre nova condenação de 17 anos


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Publicado em 18 de fevereiro de 2022
Por Jornal Do Dia Se


Gabriel Damásio

O borracheiro Josenaldo dos Santos Silva, co nhecido como “Naldo Borracheiro”, foi condenado ontem pelo terceiro dos quatro assassinatos atribuídos a ele em 2019, no conjunto Marcos Freire, em Nossa Senhora do Socorro (Grande Aracaju). Em julgamento realizado no Fórum Desembargador Artur Oscar Oliveira Déda, centro do município, o réu foi considerado culpado pela morte de Denilson Manuel dos Santos, o ‘Batoré’, que teve seu corpo encontrado nos fundos da borracharia do acusado, em maio de 2019, três meses depois de seu desaparecimento. Naldo foi punido com 17 anos e dois meses de prisão em regime fechado, mais 53dias-multa, pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
‘Naldo’ já foi condenado em outros dois homicídios, de vítimas que tiveram seus corpos achados na mesma vala onde o corpo de ‘Batoré’ foi achado. O primeiro, de Maria Aparecida da Conceição, morta em 23 de março de 2019, rendeu ao acusado uma pena de 10 anos e 11 meses de prisão, proferida em julgamento ocorrido no último dia 10 de fevereiro, também no Fórum Artur Déda. Já o crime contra José Batista Sobrinho, assassinado em março de 2018, resultou em mais cinco anos e 10 meses de prisão, após julgamento realizado em novembro de 2021. Com a pena relativa ao caso de ‘Batoré’, o borracheiro passa a somar 33 anos e 11 meses de prisão.

No julgamento de ontem, os jurados consideraram que Naldo matou a vítima por motivo fútil, com meio cruel e sem lhe dar chances de defesa. Segundo a investigação da Polícia Civil, ‘Batoré’ era vizinho do borracheiro e foi visto pela última vez no local, em 17 de fevereiro de 2019. Na ocasião, a polícia apurou que o réu cometeu o crime depois de se sentir ameaçado por um suposto comentário feito por Denilson, com quem brigou após o desaparecimento de um celular. Ele acabou sendo chamado para passar na oficina de ‘Naldo’ e ali mesmo, de acordo com as investigações, acabou mortocom golpes de uma barra de ferro e teve seu corpo enterrado nos fundos da oficina, onde outros dois corpos foram encontrados.
A banca de defesa argumentou que Naldo confessou o crime em juízo e é portador de um transtorno mental, atestado em um laudo médico oficial. “O laudo concluiu que o acusado é portador de psicopatia (CID F 60.2 – Transtorno de Personalidade Dissocial), com alta periculosidade social, incorrigível e cuja reincidência é certa, apresentando plena capacidade de entendimento (intelectivo) e reduzida capacidade de determinação (volição), ressaltando, por fim, que não há tratamento ou cura, posto que não se trata de doença, e sim de uma personalidade anormal, podendo ter um acompanhamento psicológico”, diz o termo de audiência do julgamento.
Apesar disso, outros fatores levantados pela acusação pesaram na decisão do júri, incluindo o fato de o borracheiro ter planejado o crime com antecedência. “(…) haja vista a premeditação e frieza na prática delitiva, considerando que o acusado atraiu a vítima para a sua casa, visando ceifar a sua vida, já sendo costume desta beber e usar drogas com o réu, oportunidade em que este desferiu golpes com instrumentos contundentes na cabeça da vítima, o que se extrai da própria confissão do denunciado nesta sessão de julgamento”, afirma a sentença proferida pelo juiz Gaspar Feitosa de Gouveia Filho, da 2ª Vara Criminal de Socorro.

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