Quarta, 15 De Janeiro De 2025
       
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Ciência, Tecnologia e Inovação em Sergipe


Publicado em 02 de julho de 2022
Por Jornal Do Dia Se


Os Indicadores Nacionais de ciência e tecnologia para o estado de Sergipe são os seguintes:
– percentual dos dispêndios em ciência e tecnologia (C&T) dos estados em relação às suas receitas totais (2019) – Para Sergipe ficou em 0,78% e a média do período 2000-2019 ficou em 0,59%. Neste quesito Sergipe ocupa a 16ª posição do país e a 5ª da Região Nordeste, os três estados brasileiros que mais investiram em ciência e tecnologia (C&T) foram São Paulo (3,86%), Paraná (2,10%) e Paraíba (1,70%);
– percentual dos dispêndios em pesquisa e desenvolvimento (P&D) dos estados em relação às suas receitas totais (2019) – Para Sergipe ficou em 0,18% e a média do período 2000-2019 ficou em 0,09%. Neste quesito Sergipe ocupa a 20ª posição do país e a 7ª posição da Região Nordeste, os três estados brasileiros que mais investiram em pesquisa e desenvolvimento (P&D) foram São Paulo (3,54%), Paraná (1,64%) e Rio de Janeiro (1,17%).
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (SEDETEC) é quem faz a gestão pública da Ciência e Tecnologia do estado de Sergipe, através de ações da própria Secretaria, especialmente através das deliberações que são definidas no Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia – CONCIT que tem entre as atribuições: assessorar a SEDETEC, na formulação da Política Estadual de Ciência e Tecnologia; apreciar e aprovar o Plano Estadual de Desenvolvimento Científico e Tecnológico; fixar diretrizes e orientar a elaboração dos planos de captação e de aplicação dos recursos do Fundo Estadual para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FUNTEC; promover a coordenação e articulação das programações e atividades de pesquisa, inovação tecnológica e empreendedorismo, dos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual, Direta e Indireta, e de medidas que visem à sua dinamização; incentivar a pesquisa, a inovação tecnológica e o empreendedorismo nos setores público e privado; acompanhar e avaliar o desempenho das atividades de pesquisa, inovação tecnológica e empreendedorismo, financiadas com recursos do Estado; julgar e decidir sobre assuntos encaminhados à sua apreciação; promover a realização de programas de apoio ao progresso da pesquisa, da inovação tecnológica e do empreendedorismo, no âmbito estadual e; apoiar a formação ou aperfeiçoamento de técnicos do Estado nos diversos campos da Ciência.
Os seguintes órgãos vinculados à SEDETEC fazem as ações diretas de desenvolvimento da ciência e tecnologia de Sergipe: Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe – FAPITEC/SE; Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS) e; Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec).
Dentre as ações recentes da FAPITEC-SE gostaria de destacar o Programa Centelha que, conforme divulgado pela fundação, recebeu nesta segunda edição 211 ideias inovadoras, com um total de 573 participantes, de 17 municípios do estado. Este é um programa promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e a Fundação CERTI. A boa notícia foi que nesta segunda edição do programa em Sergipe, a área de Tecnologia Social foi a recordista de proposituras, com 28,9% ou 61 propostas submetidas. Em seguida, ficou a área de TI e Telecom, com 47 ideias inscritas, o que corresponde a 22,3% das submissões totais recebidas.
Das ações recentes do Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS) que é um órgão delegado do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), cabe registrar a parceria com o Departamento Estadual de Infraestrutura Rodoviária de Sergipe (DER), que visa alinhar estratégias no sentido de agilizar as verificações metrológicas dos medidores de velocidade instalados na rodovia SE-230 (Rota do Sertão).
Das ações do Sergipe Parque Tecnológico, cabe destacar os esforços desenvolvidos para promover a aceleração de Startups no estado, bem como diversas outras iniciativas de desenvolvimento de empresas de tecnologia.
Além do Governo do Estado, cabe ressaltar as ações desenvolvidas pelas duas Universidades locais: a Universidade Federal de Sergipe (UFS) e a Universidade Tiradentes (UNIT).
A Universidade Federal de Sergipe (UFS) vem formando uma geração de novos cientistas com seus programas de mestrado e doutorado e realizando diversas pesquisas de interesse do estado de Sergipe, como é o caso da pesquisa que busca investigar a dinâmica costeira do estuário do Rio Sergipe. Conforme divulgado pela UFS, a erosão marinha em decorrência da destruição de manguezais e ocupação das margens do rio que carrega o nome do estado está sendo investigada por pesquisadores do Laboratório de Progeologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Eles estão desenvolvendo um estudo que visa atualizar o diagnóstico da situação da dinâmica costeira do estuário.
A Universidade Tiradentes (UNIT) também tem contribuído com a formação de novos cientistas com seus programas de mestrado e doutorado e com as ações do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), destacando que recentemente uma estudante de doutorado em Engenharia Química da Universidade de Campinas (UNICAMP), fez a conclusão de sua pesquisa sobre a utilização de solventes verdes para captura de CO2 a altas pressões para evitar a formação de hidratos na indústria de petróleo offshore nos laboratórios do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP).
A evolução dos indicadores de ciência, tecnologia e inovação em Sergipe é desafiante, e mesmo que o estado e outras instituições busquem ampliar os investimentos no segmento, ainda existe uma lacuna relevante a ser suprida pelo setor privado empresarial.
O futuro de Sergipe passa pela ciência, tecnologia e inovação que poderá auxiliar na evolução dos índices de competitividade estadual, propiciando maior atração de investimentos e neste sentido, ressalto o papel do crédito como instrumento de políticas de desenvolvimento que pode inserir efetivamente a ciência e tecnologia no setor empresarial sergipano.

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