Sábado, 12 De Abril De 2025
       
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Com a alma lavada


Publicado em 23 de abril de 2020
Por Jornal Do Dia


Todos os caminhos estão abertos para Thiago Ruas

 

Rian Santos
riansantos@jornaldodiase.com.br
Gosto do rumo toma
do pelo cantor e 
compositor Thiago Ruas. ‘Receita do dia’ (2016), um disco de estreia,impressiona pela versatilidade,a leveza evidente, umadisposiçãosaudável para a comunicação. Ali, egresso da boa escola do reggae, ele fala sobretudodos próprios valores, como quem divulga uma carta de intenções. 
Num segundo álbum, tudo indica, os versos de Thiago devem tocar ainda mais fundo, atéos músculos. A impressão está ancorada nas canções divulgadas agora, em plena quarentena, amplificadas por contraste, em função do isolamento social.
‘Aquilo que cura’, parceria com o colega Mahuike, ganhou clipe.Há também ‘Paetê’, um single já pronto para chegar às plataformas de streaming, com a participação fundamental de Bruna Brandão.Nos dois casos, Thiagopoderia prescindir de todos os recursos -munheca e gogó sobressaem.
Segundo o dito cujo, todos os méritos da canção ‘Aquilo que cura’ devem ser creditados ao parceiroMahuike. A composição teria caídoem seu coloquase pronta. Ele colaborou com a voz e os versos do refrão. Talvez tenha sido assim mesmo, não há razão para duvidar. Convém notar, contudo, o encontro feliz entre a atmosfera silenciosa da música, sustentada porum violão acústico, depoisressaltada pelas imagens de intimidade caseira do clipe, e a voz dos próprios cantores. Aqui, a serenidade tem a força de um mantra, a emanação das almas lavadas, o semblante plácido da satisfação. 
‘Paetê’ tem outra pegada, quente, candente.A guitarra precisa de Lucas Rodrigues, o baixo bem marcado de Filipe Williams, mais os teclados e as programações de Léo Airplane inflamam tudo, com manha e um swing mezzocontido. O violão ficou, mais uma vez, sob a responsabilidade de Mahuike. É na modulação das vozes, entretanto, que a melodia se realiza, plena. 
Thiago explica o batismo da música. Paetê seria um jeito mais bonito de chamar aspoetas, além das rendas e dos babados, os panos de bunda conhecidos pelo senso comum. Consulto o dicionário e não encontro tal definição. Garanto ao leitor,no entanto, que isso não faz a menor diferença. Sem nome próprio, a beleza grita de todo jeito.

Rian Santos

Gosto do rumo toma do pelo cantor e  compositor Thiago Ruas. ‘Receita do dia’ (2016), um disco de estreia,impressiona pela versatilidade,a leveza evidente, umadisposiçãosaudável para a comunicação. Ali, egresso da boa escola do reggae, ele fala sobretudodos próprios valores, como quem divulga uma carta de intenções. 
Num segundo álbum, tudo indica, os versos de Thiago devem tocar ainda mais fundo, atéos músculos. A impressão está ancorada nas canções divulgadas agora, em plena quarentena, amplificadas por contraste, em função do isolamento social.
‘Aquilo que cura’, parceria com o colega Mahuike, ganhou clipe.Há também ‘Paetê’, um single já pronto para chegar às plataformas de streaming, com a participação fundamental de Bruna Brandão.Nos dois casos, Thiagopoderia prescindir de todos os recursos -munheca e gogó sobressaem.
Segundo o dito cujo, todos os méritos da canção ‘Aquilo que cura’ devem ser creditados ao parceiroMahuike. A composição teria caídoem seu coloquase pronta. Ele colaborou com a voz e os versos do refrão. Talvez tenha sido assim mesmo, não há razão para duvidar. Convém notar, contudo, o encontro feliz entre a atmosfera silenciosa da música, sustentada porum violão acústico, depoisressaltada pelas imagens de intimidade caseira do clipe, e a voz dos próprios cantores. Aqui, a serenidade tem a força de um mantra, a emanação das almas lavadas, o semblante plácido da satisfação. 
‘Paetê’ tem outra pegada, quente, candente.A guitarra precisa de Lucas Rodrigues, o baixo bem marcado de Filipe Williams, mais os teclados e as programações de Léo Airplane inflamam tudo, com manha e um swing mezzocontido. O violão ficou, mais uma vez, sob a responsabilidade de Mahuike. É na modulação das vozes, entretanto, que a melodia se realiza, plena. Thiago explica o batismo da música. Paetê seria um jeito mais bonito de chamar aspoetas, além das rendas e dos babados, os panos de bunda conhecidos pelo senso comum. Consulto o dicionário e não encontro tal definição. Garanto ao leitor,no entanto, que isso não faz a menor diferença. Sem nome próprio, a beleza grita de todo jeito.

 

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